Jumanji: Um tributo ao gênero Sessão da Tarde

Rafael Barreto
Água de Salsicha
Published in
3 min readFeb 1, 2018

Em 1996, estreou mundialmente um filme destinado a se tornar um clássico de sessão da tarde. Estrelado pelo saudoso astro Robin Williams, Jumanji arrastou multidões ao cinema com um coquetel de ação, comédia e suspense ao contar a história de dois irmãos que descobrem um jogo capaz de transformar o mundo real em um gigante tabuleiro.

22 anos se passaram e o filme ficou um tanto quanto datado. O público de Jumanji já é crescido e, com a repentina morte de Robin Williams, o momento pareceu o ideal para revisitar o argumento do jogo selvagem que aprisiona seus jogadores. No início de janeiro estreou o novo Jumanji sem a proposta de refilmar o original, mas de modernizá-lo e assim conquistar novas plateias.

O filme conta a história de quatro jovens que, ao encontrarem uma velha fita de video-game, são sugados para dentro do console e só poderão retornar para a vida real se zerarem o jogo.

Uma das melhores coisas do filme é que não é uma refilmagem do original e sim uma ideia bem sucedida de repaginá-lo, explorando as possibilidades da realidade virtual, inexistente em 1996. A ação e a aventura ficam por conta da trama do jogo, enquanto a comédia — talvez o principal gênero do longa — achou um espaço confortável na antítese entre as personalidades dos adolescentes e as características de seus respectivos avatares.

Além de boas sequências de ação e um roteiro conciso, Jumanji se destaca pelo elenco escolhido a dedo, garantindo ao longa o viés cômico que ele exige. Dwayne Johnson, Karen Gillan, Kevin Hart e Jack Black funcionam muito bem em grupo mas cada um tem seu tempo de tela e espaço para brilhar individualmente.

Porém, o grande mérito do filme foi ter respeitado o Jumanji original, preservando sua essência, seu espírito e a sua tonalidade, prestando sua homenagem ao eterno Robin Williams e criando um novo clássico de sessão da tarde diversão para toda a família. Que venham mais refilmagens conscientes que não deturpam e blasfemam suas versões originais. Em tempos de crise criativa em Hollywood, é melhor que aprendam esse truque logo.

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