Top 50 Álbuns Nacionais (50–41)
Fiquem calmos, já saiu a primeira parte da nossa lista! Sem mais delongas, vamos agora a lista dos maiores discos da história da música brasileira:
50. Mamonas Assassinas — Mamonas Assassinas
Talvez não possa ser considerado o maior álbum por sua complexidade instrumental. Porém, o único disco de uma das bandas mais amadas no Brasil é um símbolo de um movimento. Movimento esse que ironiza a seriedade da sociedade e que ao mesmo tempo desconstrói músicas mundialmente conhecidas desde Beatles até The Clash. Um álbum simples mas com muita história e muito impacto.
49. Pitty — Anacrônico
Uma mulher baiana que resolveu cantar rock, esse fato por si só já é merecedor do nosso reconhecimento. Anacrônico não teve um sucesso tão explosivo quanto Admirável Chip Novo, porém ele mostra uma evolução musical bem interessante da banda. O som é bem mais agressivo e agrada muito fãs de um som mais pesado.
48. Sepultura — Roots
Falando em som pesado, Sepultura não podia ficar de fora da nossa lista! Roots é na verdade uma grande homenagem ao nosso Brasil. O álbum tem forte influência indígena e inclusive algumas músicas foram gravadas numa aldeia Xavante, além de falar sobre capoeira, favelas e Jiu-Jitsu. A banda já era reconhecida internacionalmente, porém a partir desse momento que ela passa a ser reconhecida como uma banda de metal brasileira.
47. Scalene — Éter
Provavelmente o álbum mais recente da nossa lista. Scalene é um dos maiores representantes do cenário independente brasileiro e, junto com outras bandas, vem retomando o espaço do Rock no nosso país. A banda atingiu certo sucesso após participar do programa Superstar da Globo. Logo após sair do programa, Éter foi lançado, um disco com letras criativas e um Rock moderno de primeira qualidade. O álbum tem tudo para ser considerado um clássico no futuro.
46. Zeca Pagodinho — Acústivo MTV
Lançado em 2003, em sua inédita parceria com a MTV, um dos maiores sambistas de todos os tempos, Zeca Pagodinho reúne em um show histórico seus grandes sucessos de sua longa trajetória no mundo do samba. Sua presença nesta lista homenageia uma grande quantidade de artistas do ritmo mais brasileiro já criado. Neste álbum, Zeca fecha a apresentação com “Deixa a Vida Me Levar” hino que embalou a campanha da seleção brasileira no pentacampeonato.
45. Raimundos — Só No Forevis
Álbum de maior vendagem da história da banda Raimundos, que eternizou o punk rock na cultura nacional. Esses candangos adoravam fazer letras chicletes e de muito deboche e informalidade. Merecem e muito esse suado lugar na lista. É um álbum simbólico que contém 3 grandes hits da banda: “Mulher de Fases” ; “Me Lambe” e “ A Mais Pedida “. Foi também o álbum que encerrou a participação do front-man Rodolfo. Um álbum muito importante para o Rock nacional!
44. O Rappa — Lado B Lado A
Lançado em 1999, Lado B Lado A é um marco na história de O Rappa. Sendo o terceiro álbum da banda, foi a consagração de uma trajetória única e recente, pois O Rappa foi fundado em 1993. Neste álbum, o grupo conseguiu intensificar o cunho social de suas obras, levando o público à reflexão. Uma das músicas mais famosas estreou em Lado B Lado A, “Minha Alma”, uma letra que até hoje (17 anos depois) ainda é muito atual.
43. Emicida — Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa
Um dos melhores álbuns dessa década, “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa…” é um álbum essencial não somente para a música brasileira mas para a sociedade como um todo. Mesmo que outros discos e músicos já tenham abordado a temática da desigualdade social principalmente racial, o disco de 2015 é uma homenagem direta a cultura negra brasileira com suas peculiaridades próprias. Se durante o lançamento da música “Formation” da cantora Beyoncé o mundo percebeu existir um universo negro feito somente para negros, o álbum do rapper brasileiro Emicida transmite isso do início ao fim. Isso pode ser visto pelos diferentes ritmos e pela própria linguagem que engrandece as raízes africanas, chegando a ser incompreensível para os pouco familiarizados. Dessa forma, Emicida estabelece uma forma de diálogo com a sociedade negra, uma convocação para o orgulho e fortalecimento racial.
42. Paralamas do Sucesso — Selvagem?
Terceiro álbum de estúdio dos Paralamas Do Sucesso. Essa banda não tinha como ficar de fora. Talvez a maior banda carioca no cenário do pop rock e da MPB, os Paralamas conquistaram sucesso e reconhecimento no Brasil através de letras únicas, ritmos miscigenados e parcerias inesquecíveis, sem falar na qualidade musical inegável de seus integrantes, principalmente através de Hebert Vianna. Em Selvagem? temos músicas marcantes e um conceito engajado de álbum, além de participação de Gilberto Gil. Destaque para “A Novidade” ; “ Melô do Marinheiro” ; “ Selvagem” ; “ A Dama e o Vagabundo”.
41. Marcelo D2 — À Procura da Batida Perfeita
Mesmo tendo iniciado sua carreira solo em 1998 com o disco “Eu Tiro é Onda”, o segundo álbum de D2 é aquele que marca sua ruptura definitiva com o Planet Hemp. Trazendo como título o intuito do músico em sua nova fase, “A Procura da Batida Perfeita” é seu grande passo para essa nova musicalidade, uma mistura de hip hop, rap e samba. Além disso, o álbum traz abertamente a temática da marginalidade, incluindo a delinquência e o uso de drogas. Apesar de ser muitas vezes rejeitado por parte da elite brasileira, esse disco de 2003 é um grande ícone da música brasileira por essência em toda suas cores, ritmos e miscigenação.
Seu favorito ficou de fora? Fica tranquilo que ainda tem mais 40 vindo por aí, amanhã no mesmo horário (19:30) estaremos lançando a segunda parte da lista!
