Ícones afro-brasileiros
Bom dia, bom dia! Como vão? Hoje tenho uma pergunta que vocês com certeza sabem responder: quais são os ícones da cultura brasileira, de maneira geral? Não precisam dizer muitos, apenas dois ou três…
De fato há muitos. Imagino que vocês conheçam Oscar Niemeyer, Clarice Lispector, Mauricio de Souza e Xuxa, por exemplo. Além deles, conhecem outros? Mais especificamente, conhecem ícones afro-brasileiros? Afro-brasileiros que tenham tido importância significativa em algum movimento cultural ou episódio histórico? Vou deixá-los pensar um pouco.
Bem, hoje falaremos sobre dois desses ícones, que são sobretudo de importância histórica. Um é homem, responsável por lutas por direitos, a outra é mulher e foi muito rica. Será que vocês já sabem de quem falo?
Falaremos de Zumbi dos Palmares e de Xica da Silva! Vocês já haviam ouvido falar neles? Comecemos pelo primeiro, então e, em seguida, a segunda.
Líder quilombola e herói brasileiro, Zumbi dos Palmares é conhecido pela luta contra a escravidão. Também conhecido por não estabelecer acordo algum com a Coroa Portuguesa. Foi líder quilombola aos 25 anos e morreu em 20 de novembro de 1695. Comemoramos todo dia 20 de novembro o Dia da Consciência Negra no Brasil.
É importante pois organizou diversas revoltas e movimentos pela liberdade dos negros no país. Nasceu livre, mas cresceu como escravo junto de um padre. Fugiu para o Quilombo dos Palmares aos 15 anos de idade. O Quilombo dos Palmares teve mais de vinte mil habitantes!
Bela e vingativa, Xica da Silva foi uma escrava que mudou completamente de vida através de uma relação com João Fernandes de Oliveira, um desembargador extremamente rico que controlava a região do Tijuco, atual Diamantina, em Minas Gerais. Ele controlava economicamente a região, enquanto ela, Xica, controlava-o. Ela o convenceu a lhe dar uma carta de alforria, documento com o qual ganhava-se liberdade. Quando ganhou liberdade, deixou o desembargador e juntou-se ao grande controlador de diamantes da época, tornando-se Xica Que Manda. Ficou conhecida por se vestir coberta de diamantes por toda parte.
Não há registros gráficos de Xica da Silva, mas podemos ver sua representação através de duas adaptações: o filme (1976) e a telenovela (1997). Diferentemente de Zumbi, ela não era a favor da liberdade…
Zumbi e Xica são muito diferentes: um liderava movimentos contra a escravidão, a outra almejava se tornar poderosa. O fato é que os dois são importantes nomes da história dos afro-brasileiros, porque são nomes de grande destaque. Sua importância é tão grande que temos hoje em dia o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, um memorial de resistência à escravidão, em Alagoas, a Universidade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, e as produções audio-visuais que celebram Xica da Silva. Vale lembrar do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, em memória de Zumbi.
Espero que tenham gostado e que tenham conhecido um pouco desses nomes, que podem ser vistos como controversos, mas que são de forte marca no país.
Até!
