Estamos morrendo e não sabemos o que está nos matando.
Imagina a seguinte cena: um adulto como você, mas com muitas, mas muitas doenças. Todas atuando ao mesmo tempo. Resfriado, cólera, meningite, dengue, doença de chagas e leptospirose e por aí vai…
Sem dúvidas, essa montanha de patologias produziria na pessoa em questão incontáveis sintomas e outros males. Seriam tantos, que é bem provável (e compreensível) que o sujeito passe tratar somente dos efeitos e sintomas das doenças. Afinal, são muitas delas, uma atrás da outra e que geram efeitos tão graves que não lhe sobraria tempo para um cuidado mais consciente e profundo. Mesmo que essa pessoa vivesse por 500 anos. Será que tratando apenas os efeitos e sintomas ela se curaria em algum momento?
A resposta é não. Pois se não agirmos na causa nunca traremos respostas e resultados concretos.
Por que escrevi isso? Olhe a sua volta, assista ou acesse qualquer noticiário. Fome, miséria, racismo, guerras, desmatamento, extinção de espécies e outos males seriam o que senão sintomas? Sinais de uma humanidade já tão doente. Os trabalhos humanitários (ONGs, fundações etc..) são para mim verdadeiros exemplos de altruísmo, mas que infelizmente, acabam sendo como o exemplo acima, uma ação direta nos sintomas e efeitos.
Pense por um segundo, a fome existe pela incapacidade do homem produzir alimento o suficiente para todos que vivem no planeta? Ou por outros fatores?
O questionamento que deixo é: quem nesse exato momento está atuando na causa? E na sua vida, quantas vezes você realmente procura entender suas ações e pensamentos para agir com consciência na causa?
Como disse Miguel de Cervantes uma vez: “Elimine a causa e o efeito cessa.”
E caso venha a sua mente algum pensamento conformista como: “mas o mundo sempre foi assim”. Lembre de Dom Quixote, personagem do próprio Cervantes que não aceitava em ver o mundo como ele estava, mas sim em como ele deveria ser.