Ewillyn Lopes
2018/2
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3 min readDec 2, 2018

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Tensão entre os meios tradicionais e as plataformas:Industria X tecnologia

A atividade econômica capitalista, vem aumentando o número de investimentos tanto em pesquisas quanto na sua produtividade. As empresas buscam para reduzir os custos de mão de obra mas procuram uma forma em que o lucro gerado possa ser o maior possível

Após a inserção de novas tecnologias nos modos de produção, a atividade industrial pôde ser classificada conforme três meios tecnológicos: indústrias tradicionais; indústrias modernas; indústrias de tecnologia de ponta.

Em maio de 2014 surgiu uma nova plataforma no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, o Uber, um aplicativo de motoristas que oferece serviço semelhante ao dos tradicionais taxis. Ao cobrar menos que uma empresa com frota de táxi tradicional, surgiu uma preocupação imediata aos taxistas, o Uber despertou preocupação e críticas da indústria de táxis ao redor do mundo. Segundo reportagem feita pelo G1 em 1 de março que conta um pouco mais da famosa disputa entre os motoristas de aplicativo, -É comum que o trabalho de taxista seja regulamentado por algum órgão do governo, com licenças que podem custar caro. Existe um mercado informal de aluguel de licenças que movimenta atualmente um grande número de dinheiro-.

Com o surgimento desse aplicativo e outros como o Cabfy, 99pop e outros, os meios de transporte mais antigos que dependiam de motoristas tiveram que se adequar aos novos tempos e buscar fidelizar os antigos e os novos clientes.

Pedro Antunes de Nascimento, (43) e taxistas desde os 33 no ponto de Táxis do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, conta que no início foi bem difícil ver sua clientela diminuir e muitos dos seus colegas ficarem sem serviço por conta de não se adequarem as novas plataformas. “Foi complicado, o táxi é um o meu único meio de trabalho, eu e os outros taxistas aqui, não sabíamos o que fazer, tive medo de deixar meus filhos passarem fome, mas aos poucos me adequei”. Nascimento conta que optou por não trabalhar nos novos aplicativos. “Eu sempre trabalhei com meu táxi, eu perdi alguns clientes mas conheci outros, alguns clientes dizem que até preferem andar comigo”

Segundo o site da empresa Uber, o aplicativo conta com a presença em mais de 600 cidades do mundo e mais de 100 no Brasil, proporcionando mais de 500 mil empregos 2018 e esse número vem crescendo cada vez mais, foram 4 bilhões de viagens no mundo em 2017.

As indústrias precisam avançar tanto nos princípios econômicos, assim como na tecnologia, com o avanço da tecnologia elas ganham porque tudo cresce, mas perdem ao necessitar de melhorias a cada instante, a partir do momento que a mudança ocorre mais rápido, tudo perde a graça mais depressa ainda, até mesmo os funcionários buscam inovação em outros lugares. Essa troca de empregos faz o Brasil apresentar alto índice de rotatividade. De acordo com pesquisa global da Robert Half realizada com 1.775 diretores de RH de 13 nacionalidades, o Brasil é o campeão mundial em rotatividade de funcionários. No país, o número de colaboradores aumentou em 82% desde 2010, mais que o dobro da média mundial, que foi de 38%.

O mercado de trabalho mudou, e automaticamente o novo profissional também: É necessário estar em constante transformação, estamos em um momento de transição em que é fundamental para o trabalhador buscar um novo modelo de carreira, novas especializações, novas ideias, que o prepare para o futuro.

O diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis e professor Eloi Dalla Vecchia, (62), conta que os alunos precisam sair da faculdade prontos para o mundo lá fora, a cada momento surge uma tecnologia nova e não sabemos o que está por vir , embora as mudanças sejam aceitas com maior facilidade, o cérebro humano precisa compreender e cada nova geração é responsável por isso “A faculdade precisa preparar cada um, preparar suas ideias, e deixá-los prontos para não ter medo de arriscar, mas sempre com consciência e muito estudo, o jovem e seu cérebro de hoje são suas únicas maquinas tanto economicamente quanto moralmente” comenta.

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Ewillyn Lopes
2018/2
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Estagiária na Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Porto Alegre.Estudante de Jornalismo. Atriz e apaixonada pela vida.