Como estar bem acompanhada viajando sozinha

Lizandra Bays Dos Santos
4Amigas
Published in
4 min readFeb 17, 2018

Quando embarquei para Paris, em 2014, eu ainda não sabia direito como iria ser minha experiência com uma agência de viagens para solteiros. Mas no voo já comecei a ter indícios de que essa viagem seria diferente. Eu fui convidada pela equipe de bordo para trocar de lugar duas vezes para ceder meu lugar para que casais pudessem se sentarem juntos. Era um grupo de Porto Alegre que estava indo para a Europa e eles ficaram o trajeto todo me agradecendo. Eu acabei sentando ao lado de um outro casal que não eram namorados, apenas amigos, e conversei um pouco eles. Naquela confusão de tanta troca de lugares, eles também elogiaram a minha disposição em trocar de lugar e em viajar sozinha, e me desejaram muitos bons votos para que o resto da minha viagem fosse muito boa.

Viajar sozinha é uma experiência e tanto. Eu, pessoalmente adoro.

Estar só me permite um estado de percepção de mim mesma que é difícil conseguir no dia a dia. Viajando, fora de casa, longe das coisas e das pessoas que você conhece, você é obrigada a ficar ainda mais focada. Você acaba prestando atenção na companhia que você faz para você mesma.

Sem contar a liberdade de poder escolher o que você quiser, tem todo o aprendizado obtido por ter que se virar, falar outra língua, gerenciar o medo e assumir as mancadas (se você decidiu sozinha, não pode botar em ninguém a culpa pelos erros). É como uma meditação.

Mas viajar sozinha tem custo! De um modo geral, se gasta mais com hospedagem e alimentação quando não se tem alguém para dividir essas despesas. Mas há uma opção para quem quer continuar com sua liberdade de viajar sozinho e não gastar tanto: uma agência de turismo single, como a Keep Company. A proposta é “viagem para solteiros”, mas não é a melhor ideia se você está precisando desencalhar. Eu diria que é uma opção meio termo para você viajar não tão sozinha, e nem pagar tão caro.

Na minha experiência, eu encontrei pessoas com os mesmos objetivos que eu tinha, que eram viajar sozinha e ter a chance de dividir as despesas. Mas, de fato, foi bem além disso, pois conheci um grupo de pessoas independentes, desencanadas e com várias afinidades. Tivemos encontros incríveis e fiz amizades verdadeiras que mantenho até hoje.

Em um grupo como esse, na minha opinião, você tem a vantagem de ter mais facilidade de acertar a dose entre ficar sozinha e ficar acompanhada, pois todos ali saíram de casa sozinhos e não vão lhe cobrar que você faça algo que você não quer ou que você acompanhe o grupo.

Convenhamos, ter uma galera junto para ficar quase 1 hora na fila da Tour Eiffel faz a diferença, e essa experiência foi quase mais divertida que a própria chegada no topo da torre.

Entre os encontros eu destaco a Dani, que é uma das donas dessa publicação e foi minha colega de quarto. Os agrupamentos nos quartos são propostos com todo cuidado pela equipe da Keep, considerando o perfil das pessoas. E por falar na equipe da Keep, uma figura que merece destaque é o Edu Guia. É o diretor da empresa, um profissional super empreendedor, que pesquisa e testa antecipadamente os destinos e hospedagens antes de levar seus clientes, e uma pessoa melhor ainda. O cara fica o tempo todo junto com o grupo, resolve as broncas, faz negócios e ainda se diverte pra caramba.

Outro trabalho cuidadoso da equipe Keep é a seleção de guias locais. Dessa viagem eu destaco o Umberto, de Paris, que é um cara filho de Portugueses e que se dá ao luxo de trabalhar só para turistas brasileiros (porque são mais legais! ;-)) e a Lili, de Brugges, que é uma atriz brasileira que vive na Bélgica, trabalha com turismo e é uma pessoa com uma energia incrível.

Muitos foram os encontros que tivemos nessa viagem que passou por Paris, Brugges e Amsterdam, mas eu não poderia deixar de lembrar dos “agregados”, que não eram do grupo e acabaram se enturmando. A primeira foi uma moça super jovem do Rio de Janeiro chamada Isabela que estava viajando sozinha (sozinha mesmo) e que nós conhecemos naquele vai-e-vem da fila da Tour Eiffel. Naqueles encontros e desencontros da fila percebemos que ela estava dando risadas do nosso grupo, então começamos a conversar e acabamos ficando o tempo todo com ela, e ela até veio jantar no nosso hotel no dia seguinte.

Outra pessoa que valeu a pena conhecer foi o Hugo, o primo da Dani que mora na Irlanda. Ele veio passar uns dias com ela em Amsterdam e foi uma super companhia na festa do rei. Mas sobre a festa do rei é outra história. ;-)

A ideia de contar essa história foi, não só de relembrar alguns dos encontros incríveis dessa viagem, mas também, registrar que nem sempre você pode estar disposta a planejar tudo e encarar o mundo só com a sua companhia. Nem sempre seus amigos, familiares ou companheiros de viagem estão disponíveis quando você está. Nesses casos, um grupo de turismo single é uma opção fora da caixa, e a Keep Company oferece um serviço de qualidade e confiança.

--

--