4 coisas que aprendi com a World Maker Faire: maior feira maker do MUNDO!

Gabriella Sant'Anna
4LAB
Published in
4 min readSep 26, 2018

No último final de semana tive a oportunidade de participar da World Maker Faire, a maior feira maker do mundo, em Nova York.

E preciso dizer…fiquei impressionada. Nesse artigo irei contar 4 coisas que aprendi participando do evento pela primeira vez.

Mapa de todas as atrações da feira

1. Ocupar espaços e popularizar a ciência e tecnologia

O evento aconteceu no New York Hall of Science (NYSCI) um museu localizado no Queens em NY que tem como missão popularizar a Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) de maneira divertida e prazerosa utilizando o método “design-make-play”.

Dessa forma, imagine só que não existia um local melhor em Nova York para receber o evento. Mas o que me impressionou não foi o fato do museu abrir as portas para Maker Faire mas sim como ele se integrou com a feira de forma a fazer com que todas as suas instalações também fossem utilizadas para promover uma experiência imersiva para os participantes.

Não era possível em alguns momentos distinguir o que era Maker Faire, do que é NYSCI. E isso é espetacular.

A Maker Faire em NY recebe em média mais de 90 mil pessoas. Imagine que todas as pessoas além de estarem participando de uma feira experiencial e mão na massa também tiveram a oportunidade de estar em contato com tudo que o museu oferece e vivenciar cada parte em um ambiente extremamente colaborativo e experiencial.

Espaço do NYSCI ocupado pelos participantes da World Maker Faire

2. Despertar nas crianças a curiosidade pelas STEM e permitir que elas aprendam fazendo

Acredito que as crianças são o maior público da Maker Faire. Elas estão em todos os lugares participando de tudo quanto é tipo de atividade.

E isso é incrível! Só é possível querermos estudar ou trabalhar em algo se tivermos referência. E a Maker Faire faz isso pelas crianças, ela permite que meninos e meninas vivam ciência, tecnologia, artes, matemática e engenharia de uma maneira divertida e prática, sem medo ou preconceito com essas áreas.

Diversas experiências para gerar e ao mesmo tempo potencializar a curiosidade das crianças são conduzidas. Shows de química, batalha de robôs, música com robôs, kart com carros construídos pelos participantes, carros detonados são só alguns dos exemplos do que vi por lá.

Mas o principal, todas as atividades permitem que os participantes aprendam fazendo. Experimentando. Acertando e errando. Não existe certo ou errado na Maker Faire. Existe apenas: fazer.

Os workshops são conduzidos com algumas instruções, existem facilitadores auxiliando. Mas o protagonismo é sempre do participante, que toma as decisões de como fazer, o que fazer, de que forma e ai temos um resultado fantástico de criatividade.

Essa imersão é fundamental para despertar a curiosidade e começar a formar desde cedo o interesse pelas áreas de ciência e tecnologia não só de crianças mas de pais e professores que participam também de todas as atividades.

3. Fortalecimento do Movimento Maker

A Maker Faire apesar de ter um apelo enorme com as crianças e famílias vai muito além. Ela tem como proposta integrar os players do movimento maker com isso nós temos ao mesmo tempo ações de educação maker mas também:

  1. Exposição de máquinas de fabricação digital;
  2. Exposição de startups de hardware;
  3. Palestras e Workshops que vão desde educação maker, fabricação digital até como lidar com cash flow em startups de hardware;
  4. Grandes empresas interagindo com todo o ecossistema maker e ofertando conteúdo;
  5. Makers de todas as áreas ofertando e participando de diversos conteúdos;

E muito e muito mais, que não consigo nem explicar em palavras.

Toda essa integração. A presença de diferentes atores do movimento maker e principalmente a oferta de conteúdo de qualidade para todos os públicos faz com que a Maker Faire fortaleça o movimento maker e cresça com ele.

4. Branding

Por fim, como não poderia deixar de ser. A presença da marca é muito forte em todo o evento. A organização usa e abusa da ativação de marca em brindes, camisetas, bonecas, itens para educação maker etc.

Em todos os locais que se olha a marca da Maker Faire está aplicada. Isso não só ajuda o próprio evento a arrecadar fundos como também possibilita que nas mídias sociais a presença seja forte e também fora delas quando o evento acaba e as pessoas utilizam no seu dia a dia os itens ganhos ou comprados durante a feira.

A Maker Faire entende que fortalecer a marca dela é bom para os negócios e promoção da feira e também para o próprio movimento maker.

--

--

Gabriella Sant'Anna
4LAB
Editor for

Tech-Girl, acredita no movimento maker, em tecnologias de alto impacto e que empreendedorismo é uma habilidade para a vida. Seguimos juntos na missão!