#4TheWin — Divisão Sudeste da NBA 18–19

Gêra Lobo
4theWin
Published in
7 min readOct 16, 2018

A NBA está, finalmente, de volta! Com ela, chega também o 4TheWin, novo projeto que será inaugurado com seis guias separados sobre cada divisão da maior liga de basquete do mundo, mostrando o contexto e os destaques de cada equipe.

Aqui, o assunto é a Divisão Sudeste, que faz parte da Conferência Leste e conta com Atlanta Hawks, Charlotte Hornets, Miami Heat, Orlando Magic e Washington Wizards.

Atlanta Hawks

Passando por um processo e longo de rebuild, o Atlanta Hawks e sua torcida terão de ter paciência durante esse momento que a franquia passa. Mesmo trazendo caras experientes e rodados como Jeremy Lin, Kent Bazemore e o inacabável Vince Carter, o Hawks tem sua base formada na juventude, focando em jogadores como John Collins, Justin Anderson e, principalmente, o calouro Trae Young, que, sem sombra de dúvidas, deve ser o principal nome para carregar a franquia de volta aos seus bom dias. Por outro lado, perdeu seu melhor jogador em Dennis Schroder, que foi trocado para o Oklahoma City Thunder.

Como dito, o torcedor necessita de paciência. É bem improvável que Atlanta brigue por algo maior nessa temporada, mas isso não deveria ser um problema. Sua principal missão é desenvolver todos os seus talentos, dando bons minutos de quadra e tendo assistência desses jogadores mais experientes, que ajudarão no processo de adaptação da garotada. Além disso, a equipe também conta com um jovem treinador em Lloyd Pierce, que vai para sua primeira temporada como técnico principal na carreira, após ser assistente em times como Cleveland Cavaliers, Golden State Warriors e, por último, assistente de Brett Brown no Philadelphia 76ers.

Destaques:

  • Trae Young (armador): vindo de uma temporada mágica no seu primeiro e único ano no basquete universitário, muita expectativa vem à tona quando falamos de Trae Young. Sem medo de errar e com várias armas para utilizar no ataque, o calouro tem potencial e, mesmo com muitas coisas a melhorar no seu jogo, é o futuro do Atlanta Hawks.
  • John Collins (ala-pivô): logo em seu primeiro ano na liga, John Collins mostrou que será bem útil no futuro dos Hawks, tendo tudo para evoluir. Muito atlético e intenso, o ala-pivô é uma excelente arma a ser utilizada no garrafão de Atlanta e deverá mostrar uma boa evolução na temporada que está por vir.
  • Jeremy Lin (armador): por fim, Jeremy Lin, que perdeu a temporada 2017/18 inteira por contusão, é uma certa incógnita, mas pode trazer bons pontos para a jovem equipe de Lloyd Pierce no sentido de organização ofensiva e velocidade.

Charlotte Hornets

Falar do Charlotte Hornets é, na maioria das vezes, muito difícil por ser um time bem imprevisível. Tem até que um bom elenco, com peças interessantes nas duas unidades, mas sempre faltam algumas coisas para chegar nos Playoffs, o que torna a equipe uma incógnita total.

Para a atual temporada, algumas aquisições importantes foram feitas, como o experiente e vencedor armador Tony Parker e o calouro Miles Bridges. Além deles, a equipe tem um novo e jovem treinador em James Borrego, que foi assistente de Gregg Popovich no San Antonio Spurs por três temporadas e provavelmente aprendeu muito com um dos melhores técnicos da história do basquete. Bom, com um bom elenco e um técnico novo, que tem ideias interessantes para se colocar no papel, os Hornets podem chegar aos Playoffs, mas tudo depende de organização e regularidade.

Destaques:

  • Kemba Walker (armador): um dos melhores armadores do Leste, Kemba Walker segue sendo o grande destaque da equipe, sendo um scorer excelente. Seus pontos serão importantes para ajudar o time na briga por uma vaga nos Playoffs.
  • Nicolas Batum (ala-armador/ala): o francês sempre foi conhecido por ser um cara muito produtivo e que atua bem nos dois lados da quadra. Titular absoluto do time, continuará sendo um dos destaques por sua produtividade e importância.
  • Michael Kidd-Gilchrist (ala): mais uma temporada e mais questões chegam para MKG. Talento, principalmente defensivamente, o ala tem, e muito, mas a necessidade de ficar longe das lesões fala mais alto. Nas últimas duas temporadas, ele tem conseguido se manter mais saudável que o esperado e a expectativa é que se mantenha assim, pois será importante demais.

Miami Heat

O Miami Heat é conhecido por ser uma franquia extremamente competitiva, mesmo com pouco, e organizada. Isso parte muito pelo presidente do time, Pat Riley, que leva essa filosofia vencedora desde os tempos de jogador. Para a temporada 2018/19, o Heat não trouxe grandes nomes, mas também não perdeu nenhum dos seus pilares, como Josh Richardson e Goran Dragic, por exemplo.

Com um técnico como Erik Spoelstra, um dos melhores da liga, o Heat é sim um time para brigar por boas posições em busca dos Playoffs. Além de Spo saber tirar o melhor de elenco um bem modesto, Miami também renovou com Dwyane Wade, que anunciou que essa será sua última temporada como jogador. Logo, a expectativa é ver um time novo e com muito gás, querendo dar uma resposta ao maior ídolo da franquia, tentando levar o Heat a coisas grandes.

Destaques:

  • Josh Richardson (ala-armador): quase trocado pelo Heat para o Minnesota Timberwolves, em troca que iria envolver Jimmy Butler, o camisa #0 é, sem sombra de dúvidas, o melhor jogador do time por ser incrivelmente regular e produtivo tanto na defesa, como no ataque.
  • Goran Dragic (armador): sempre produtivo desde que chegou a Flórida, o esloveno segue sendo, provavelmente, a maior arma ofensiva do time. Sua agressividade em atacar a cesta e seus movimentos são muito importantes para o Heat.
  • Hassan Whiteside (pivô): se conseguir se manter na linha, Hassan Whiteside, por mais que seja limitado em aspectos mais psicológicos do jogo, é um cara que pode ajudar muito com seu “sensor” de rebote e força dentro do garrafão.
  • Bam Adebayo (pivô): mais um dos pilares desse meio rebuild do Heat é o jovem pivô Bam Adebayo. Importantíssimo defensivamente, além de ter uma energia incrível para pegar rebotes, Bam tem tudo para ser o futuro pivô titular da equipe. Muito se falava já nessa temporada, caso o time conseguisse trocar Whiteside, mas não aconteceu. Mesmo assim, ele tem tudo para se destacar ainda mais na atual temporada.

Orlando Magic

Acho que a torcida do Orlando Magic terá de se contentar com mais uma temporada de tank. Regularmente sendo um dos piores times da NBA desde a saída de Dwight Howard, a equipe da Flórida deverá viver, mais uma vez, uma temporada bem complicada, o que é bom para seu rebuild, mas não para a torcida, que terá de aguentar mais uma temporada bem irregular.

Mesmo assim, o Magic não vem fazendo Drafts ruins. Na seleção deste ano, a equipe trouxe o excelente pivô Mohamed Bamba, que tem um potencial altíssimo a ser explorado. Porém, o grande problema é que a equipe vem focando tanto em jogadores grandes, de garrafão, que acabam esquecendo do jogo de perímetro bem deprimente. A expectativa é de mais uma temporada bem complicada.

Destaques:

  • Aaron Gordon (ala/ala-pivô): grande pilar dessa reformulação do Magic, Aaron Gordon chega para mais uma temporada com o objetivo de evoluir ainda mais seu jogo e se tornar um dos grandes da liga. Melhorando a cada ano, o atlético camisa #00 é o grande destaque de Orlando.
  • Mohamed Bamba (pivô): escolha de primeira rodada do Magic no último Draft, o gigante de 20 anos se destaca pela envergadura incrível e poder defensivo. Ele tem tudo para ser o titular do time, no máximo, já na próxima temporada.
  • Jonathan Isaac (ala-pivô): mesmo sofrendo muito contusões na sua temporada de calouro, Jonathan Isaac chega com boa expectativa para sua segunda temporada e é mais um que participa do processo de rebuild do Magic.

Washington Wizards

Nunca pode menosprezar uma equipe como o Washington Wizards. Com John Wall saudável, a equipe da capital tem tudo para fazer muito barulho no Leste. Além dele, um dos melhores armadores da liga, jogadores como Bradley Beal, Otto Porter Jr. e o recém-contratado Dwight Howard serão bem importantes na temporada da equipe de Scott Brooks.

A expectativa é que o Wizards brigue até a quinta posição do Leste, tendo em vista o bom poder de fogo que trará à tona na temporada. Mas a grande questão, como já dita, é deixar seus melhores jogadores saudáveis, principalmente Wall e Howard, que tem um histórico de contusões. Caso consiga, Wizards com certeza pegará Playoffs sem muitos problemas.

Destaques:

  • John Wall (armador): o melhor jogador do time e um dos melhores armadores da NBA. O camisa #2 tem um talento incrível e, caso fique longe do DM, conseguirá levar o Wizards ao máximo que conseguir na temporada.
  • Bradley Beal (ala-armador): um dos melhores da sua posição na liga, Beal tem todos os quesitos necessários para se ter sucesso na NBA. Muito bom pontuador e organizador ofensivo, ele e Wall formam uma dupla de backcourt incrível e que continuará dando muito trabalho na temporada.
  • Dwight Howard (pivô): mesmo com 32 anos, Howard vem de uma temporada bem sólida pelos Hornets, acumulando quase 17 pontos de média e 12.2 rebotes por jogo. O mais importante? Longe das contusões e jogando 81 de 82 partidas na temporada passada. Sua força, aliada ao poder de rebotes e defesa serão bem úteis em Washington.
  • Otto Porter Jr. (ala): quem pode chamar bastante a atenção na temporada é Otto Porter Jr. Evoluindo muito bem a cada temporada que passa, o ala tem se mostrado cada vez mais à vontade sob o comando de Scott Brooks e isso é importante. Olho nele.

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Gêra Lobo
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Apenas mais um buscando seu espaço. Pensamentos profundos sobre esportes, principalmente futebol e basquete, e cultura pop também. Twitter: @gerinhalobo_