Vida longa ao Rei Gojira.

De tempos em tempos o mercado estadunidense aposta no monstro japonês para arrecadar alguma bilheteria e a nova sequencia de filmes parece estar agradando a fãs do gênero.

Jey Canavezes
9quadros
3 min readJun 7, 2019

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Godzilla é para mim, e para muitos, aquela personagem que faz parte do mundo, mas não sei de onde veio ou quando chegou. Obviamente quando me aprofundei na cultura japonesa eu conheci mais sobre a origem da criatura.

Godzilla é a personificação do medo das armas nucleares. Criado por uma explosão nuclear, seu imenso tamanho, força, terror e destruição evocam a fúria das bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki.

O filme de 2014, o primeiro dessa nova fase de reboot, foi bem recebido pelo público e garantiu uma sequência. Essa sequência, por sua vez, já está contribuindo para a venda do filme de 2020 onde Godzilla enfrentará outro monstro clássico do cinema, o King Kong.

Eu nunca entendi bem essa treta, mas é… 2020 vai ser um ano bem louco.

Sobre Godzilla — O Rei dos Monstros, não tem um enredo muito impressionante, é coerente com a proposta do filme e definitivamente nada além do esperado para um filme do gênero. Como sempre Godzilla revesa entre herói e vilão em seus filmes, nesse ele é retratado como “herói” por conveniência.

Os efeitos especiais estavam muito bons, apesar de particularmente ter sentido um pequeno desconforto com os raios do Godzilla em algumas cenas, mas nada que atrapalhe de forma geral.

Os humanos do filme são bem esquecíveis e pouco marcantes, nada se destaca entre eles e em grande parte do tempo, só ocupam espaço de tela porque não poderíamos ver duas criaturas irracionais lutando por mais de 1h. Bom, eu poderia, mas mamãe já dizia que eu não sou todo mundo então…

Eu realmente não entendo muito o “hype” de estar refazendo constantemente filmes como Godzilla, King Kong ou Jurassic Park, pois num quadro geral os filmes não mudam em nada, só acrescentam mais tecnologia, já que ele está se passando nos dias atuais. Logo, não acredito que aja nesse qualquer tipo de novidade em relação a historia do monstro japonês.

Vale ver o filme? Vale pelo monstros e parafraseando o nosso anti-herói desbocado Deadpoll “Rola uma puta luta de computação gráfica”. Os momentos que mais me empolgaram ou surpreenderam foram as interações com os “Titãs”, como são chamados nos filmes, pra mim é filme bem morninho.

Choque do Trovão x Fogo Azul

Um pouco de Spoiler para não perder o costume

O plot twist desse filme foi descobrirmos que a Dr. Emma Russell não estava sendo obrigada a acordar os “Titãs” contra a sua vontade, mas sim porque acreditava que as criaturas iriam revitalizar a Terra. Ela compara a humanidade com uma doença e os Titãs como a febre que vem para combate-la, sendo assim as mortes causadas pelas criaturas eram por um bem maior, salvar a Terra.

Não que tenha nada de errado com esse tema, alias nada é mais atual, ele foi super bem executado, eu só achei que não teve uma carga emocional muito boa. É como algo que você já espera e quando acontece não te causa nem um arrepio. O filme vai entregando esse momento de um jeito tão sem graça que decepciona.

Infelizmente não foi dessa vez que o Godzilla arrematou uma fã. Fica para a próxima.

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Jey Canavezes
9quadros

90% das resenhas são feitas no hype pós-leitura. Os outros 10% eu não tenho ideia do que eu tô falando.