Transformação digital na prática: cinco passos para começar

4all
5 min readOct 1, 2018

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Ao contrário do que se pensa, transformação digital na prática não é apenas sobre tecnologia, mas sobre como mudar um mindset e desenvolver uma nova cultura para resolver questões tradicionais. Não é transformar a sua empresa em uma startup. Aliás, startups também podem ser transformadas. Na prática, transformação digital é sobre colocar o consumidor no centro da estratégia da empresa, de ponta a ponta, sendo ele o impulsionador e o protagonista da mudança. Trata-se, também, de manter uma organização pronta e ágil a ponto de conseguir acompanhar as novas tecnologias e os impactos que elas causam.

O momento é propício à transformação. O acesso à tecnologia, tanto da parte dos negócios quanto da parte do consumidor, é crescente e sem volta. As soluções estão cada vez mais baratas e simples, novas empresas são criadas a todo o momento e só não se adapta quem não quer.

Eu quero transformar o meu negócio. Por onde começar?

Segundo o Gartner, 66% dos líderes querem se transformar, mas apenas 11% estão realmente oferecendo negócios digitais. Outra pesquisa do mesmo instituto dá conta de que 57% das organizações ainda não encontraram um ponto de partida para a transformação de negócios digitais. Para determinar se sua organização já está transformada, faça perguntas como “mudamos a maneira como ganhamos dinheiro?”; ou “mudamos a maneira como geramos valor? Se a resposta for “Não” para qualquer uma delas, ainda há trabalho a fazer.

Organizamos cinco passos para ajudar o seu negócio a iniciar essa mudança.

1. Conheça o seu consumidor

O cliente precisa estar no centro de qualquer estratégia. É por ele que uma empresa deve viver e agir. Você conhece o seu cliente? Como ele consome? Quais são suas preferências de compra? Que dia é o aniversário dele? Quais são seus interesses para além da sua empresa?

Para responder a essas perguntas e conhecer o consumidor em profundidade, use os dados que você tem em casa de maneira inteligente. Assim você conseguirá enxergar suas necessidades e prover a ele uma experiência personalizada e escalável.

O consumidor mudou. Quer menos ter e mais ser. Não quer perder tempo e quer enxergar valor nas marcas com que se relaciona. Também quer uma experiência personalizada, independente do canal. A divisão on e off está em xeque, pois somos phigital omnishoppers. Pense no seu dia a dia. Se você precisa comprar algo, provavelmente irá recorrer ao canal que estiver mais à mão no momento. Se está no shopping, resolve ali mesmo. Se está diante do computador, pesquisa e talvez compre via internet ou aplicativo. Se é um bem de consumo com valor mais elevado, pesquisa online, testa na loja e compra onde encontra o melhor preço, o melhor atendimento ou as melhores condições de pagamento. Escolhe, enfim, o que é melhor para si, dentro da sua lista de escolhas, não importa o canal.

Do ponto de vista das empresas, a convergência dos canais precisa estar sempre mirando naquilo que nos é mais caro: o cliente. O relacionamento com o cliente precisa levar em conta a complexidade desse comportamento, que mesmo sendo multicanal, é um único indivíduo. Nosso produto precisa estar disponível para ele onde quer que seja, da maneira que ele preferir. É preciso ter pontos de contato alinhados no discurso e na prática. Precisamos facilitar a vida do cliente, isso também é transformação digital. Os canais são diferentes, a marca é a mesma, o consumidor é o mesmo.

Fonte da imagem: Pexels

2. Conecte as pontas

Depois de mapear comportamentos, conhecer o consumidor e consolidar os pontos de contato, tente conectar tudo isso para visualizar quais etapas podem ser transformadas digitalmente de modo a solucionar alguma questão ou tornar a jornada do consumidor mais agradável.

A transformação começa quando a organização aproveita o aspecto conectado para ganhar dinheiro de novas maneiras, por exemplo, quando as empresas usam dados gerados para criar novos serviços geradores de receita ou tornar os dados mais disponíveis e transparentes em todas as suas cadeias de valor.

3. Construa seu time que o time constrói o negócio

José Renato Hopf, CEO da 4all e fundador da Getnet, costuma dizer que é preciso ter uma equipe de empreendedores: “É um grande erro ter uma empresa de um homem só. Não tem nada de grande e relevante no mundo que a gente consiga realizar sozinho”.

Uma empresa que quer ser transformada digitalmente não precisa de chefe. Piscina de bolinhas e pufes são legais, mas o time quer autonomia. A mudança começa de dentro para fora numa cultura de colaboração e convergência de valores.

4. Tenha uma cultura ágil

Empresas que crescem rapidamente têm uma coisa em comum: a mentalidade ágil. Ser ágil é diferente de ser rápido, embora sejam conceitos que andem juntos. Uma cultura ágil permite que os processos tenham agilidade para mudar e se reconstruir sempre que necessário. Essas empresas vivem, também, uma cultura de inovação.

Olhando para a trajetória de companhias como a Amazon e a Starbucks, é possível identificar claramente que inovar é como respirar para elas.

Mas não precisa ser uma organização internacional para buscar renovações. O jeito ágil não dá espaço para departamentos. Todos fazem em prol de um objetivo comum. Isso traz inquietude de um jeito saudável para qualquer empresa, independente de seu tamanho.Criar novos produtos, otimizar processos, descobrir novas maneiras de se comunicar com o cliente. Tudo isso pode se traduzir em inovação e não necessariamente está vinculado a porte.

5. Encontre um parceiro estratégico

A visão de empresa com fornecedores é antiquada e ineficiente. Para a transformação digital acontecer, é preciso ter parceiros estratégicos com visão de stakeholders. Um parceiro estratégico soma esforços pelos melhores resultados, trabalha junto para redesenhar as melhores soluções e compreende o seu negócio e o seu cliente. Um parceiro estratégico entende a jornada do consumidor e ajuda a empresa a crescer com velocidade.

Em resumo

Transformação digital na prática não precisa ser complexo. Basta organização e vontade. Passa por conhecer profundamente o cliente e potencial consumidor, conectar as pontas, preparar a equipe, desenvolver uma cultura ágil e de inovação e achar os parceiros certos. E então, sua empresa está pronta para dar um presente ao seu futuro?

Para ler mais

Gartner: Choose your digital transformation start point

ItPro: What is digital transformation

Gartner: Leading through digital disruption

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