Economia Compartilhada, consumo colaborativo e o que você tem a ver com isso
A gentileza entre estranhos pode virar negócio
O consumo sustentável, no qual pessoas interagem com pessoas, se ajudam mutuamente, todos saem felizes e a economia não para de girar. Parece fim de filme da Sessão da Tarde versão business, mas é uma realidade possível e muito, muito próxima.
Você já deve ter ouvido falar em economia compartilhada, certo? Se ainda não ouviu, não faz mal. Com este texto você vai entender o que a junção dessas duas palavras representa, vai ficar por dentro das iniciativas que estão movimentando o mundo e vai, finalmente, descobrir como você pode aproveitá-la da melhor maneira.
Apesar de não ser um conceito novo, economia compartilhada é um modelo econômico bastante atual, que tem alavancado startups e beneficiado pessoas no mundo todo. O consumo colaborativo é a base deste modelo no qual a experiência é mais importante do que a posse. W00t? A gente explica.
Como isso funciona?
A palavra-chave deste modelo é confiança. A economia compartilhada estreita a relação entre desconhecidos, tanto no âmbito comercial quanto no âmbito pessoal. O fornecedor e o consumidor são indivíduos que se conectam, nem que seja por alguns instantes. Pode parecer meio confuso no início, mas é essa confusão que dá o tempero da coisa.
A relação começa na internet e se estende para o offline. Por isso, as negociações são baseadas em reputação e rede de recomendações. Comentários, depoimentos e estrelas nos sites e aplicativos indicam o grau de confiança daquele cliente ou fornecedor.
Mas o mais interessante desse modelo é que ninguém sai perdendo. Troca de conhecimento, atendimento humanizado e parceria é o mínimo que você pode encontrar.
E eu com isso?
Você pode viajar e se hospedar na casa de alguém que ainda não conhece em vez de pagar diárias de hotel. Você pode ser “dono” de uma Ferrari por alguns dias e ficar livre do IPVA. Você pode se deliciar com uma refeição completa na casa da dona Maria em vez de ir no mesmo restaurante de sempre. Você pode consumir produtos e serviços na medida certa da sua necessidade e você pode se surpreender com isso. Se quiser, você pode, ainda, ser a pessoa que vai usar a tecnologia para tornar tudo isso possível. Ué, por que não?
Iniciativas como Airbnb estão aí para mostrar que a economia compartilhada é rentável e beneficia todas as partes envolvidas na negociação. O hóspede, que economiza alguns por cento em diárias de hotel. O dono do quarto (ou da casa, ou do apartamento, ou do castelo), que ganha uma graninha extra. E o mediador da negociação, que pode faturar bilhões disponibilizando um serviço de qualidade com uma plataforma super bacana, que agrada fornecedores e consumidores.
Se você ficou curioso para entender melhor sobre como startups como Airbnb e Uber atingiram tamanho suce$$o, vai ficar feliz em saber que já publicamos um texto sobre isso. Mas se você está curioso para saber sobre as iniciativas baseadas na economia compartilhada que já existem no mundo, é só continuar lendo este texto.
5 formas de aproveitar a economia compartilhada
Poderíamos listar mais de 20 iniciativas que praticam a economia compartilhada para te mostrar, mas optamos por selecionar só a nata da nata, que é pra você terminar de ler este texto antes do Natal. E, claro, para que conclua a leitura disposto a experimentar pelo menos uma dessas formas.
Airbnb
É um dos serviços mais conhecidos hoje em dia. Funciona mais ou menos assim: você coloca a sua casa (ou parte dela) para que um hóspede aluguel, cobra o que acha justo pela diária e ganha, além de um dinheirinho extra, muitas amizades e várias histórias para contar. Para quem quer consumir este serviço, basta definir o destino, estipular o período de hospedagem E selecionar a quantidade de hóspedes. Depois, é só escolher o futon, o quarto, a casa, o barco, o castelo ou o iglu para se hospedar. A iniciativa nasceu em San Francisco, Califórnia, mas já ganhou o mundo. O Rio de Janeiro, por exemplo, é a terceira cidade no ranking mundial do Airbnb.
Fleety
O Fleety é uma iniciativa brasileira que tem um serviço parecido com o Airbnb, só que para aluguel de carro. Você coloca o seu carro para alugar e ganha uma grana com isso. Ou, aluga o carro de alguém e ajuda a melhorar o trânsito, diminuindo a quantidade de carros na rua.
Coworking
Um espaço de trabalho compartilhado, geralmente frequentado por autônomos, freelancers e startups. São ambientes inspiradores propícios ao networking, que fogem do modelo tradicional de escritório.
Eat With
Neste site, pessoas comuns oferecem refeições completas em suas casas para desconhecidos que queiram compartilhar dois dedos de prosa. É bom para você, que adora cozinhar e receber gente em casa. E para você, que adora conhecer gente nova e comer uma comidinha diferente. O serviço foi criado na gringa, mas conta com opções brasileiras.
Cabe na Mala
Você não precisa mais incomodar o seu amigo ou parente com encomendas toda vez que ele está indo passar férias nos EUA. O Cabe Na Mala conecta pessoas que estão indo para fora do país com quem precisa de um produto importado. Não é genial?
Dicas de leitura
Se você curtiu o assunto e quer saber mais, não deixe de ler:
- Essa matéria completíssima e super bem feita, publicada pela UOL Tab. Reserve meia hora do seu dia para ela e você não se arrependerá;
- O nosso texto sobre inovação social, tema relacionado à economia compartilhada, porém focado na resolução de problemas sociais pela inovação;
- Este artigo que explica tudo (e mais um pouco) sobre o modelo de negócio de startups de sucesso como Airbnb, Uber e Youtube.
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