Redes sociais se tornam lugar de ódio e transtornos psicológicos

Ariel Leão Gracelli
2 min readOct 4, 2017

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Autor: Kennedy Cupertino — kennedycuper@gmail.com

Ódio nas redes sociais

O ódio que é exposto com liberdade nas redes sociais está muito além dos crimes virtuais. Este tipo de atitude pode causar transtornos psicológicos e exclusão não só no meio virtual, mas também no mundo real. As redes sociais estão carregadas de comentários de ódio de todos os tipos. A sensação de anonimato é o principal motivo do aumento no número de casos.

A publicação pode se transformar em um ataque para quem está do outro lado da tela. Várias pessoas postam o que acham que é o certo, sem a intenção de debater, mas apenas de expor e diminuir o outro. Em alguns casos, esta exposição pode levar à uma profunda depressão. Os transtornos psicológicos por trás desse tipo de comentário podem afetar tanto o oprimido, quanto o opressor.

A violência virtual leva o indivíduo a se sentir inadequado e inaceitável no mundo virtual. Alguns casos podem ser enquadrados como crimes virtuais. Cada pessoa pode reagir de forma diferente. O opressor também pode ser vítima, assim como o oprimido. Por viver em um ambiente que não oferece a oportunidade de expor opiniões, ele acaba usando as redes sociais para descarregar as ideias. “O indivíduo transporta para as redes sociais o ódio que ele trás de outros lugares. A internet acaba se tornando um lugares de transferência de ódio, como fosse um bode expiatório”, destaca o psicólogo Ronaldo Pazini.

Rede social com mais ódio

Cyntya Calmon, formada em tecnologia em petróleo e gás, tem dezesseis redes sociais. Segundo a tecnóloga o twitter é a rede social que ela encontra o maior número de mensagens de ódio. “No Twitter a gente não pode expor uma opinião que já recebe uma mensagem de ódio. Acho que as pessoas deveriam cuidar mais das próprias vidas”, destacou Cyntya.

A estudante de Ciências Contábeis, Chris Lima, que já sofreu com ataques de ódio nas redes sociais, acredita que esse tipo de comentário deve ser feito pessoalmente ou de forma privada. “Acho desnecessário (mensagens de ódio). Se quiser questionar ou falar alguma coisa pra alguém vai no privado ou diz pessoalmente”, destaca a estudante.

A falta de reconhecimento e a exclusão são alguns dos motivos pelo qual os internautas deixam as redes sociais. O psicólogo Ronaldo Pazini Marangoni relata ainda a importância dos vínculos reais para superar algum tipo de exclusão ou ódio virtual. “Se a pessoa se sente excluída nas redes sociais, ela deve buscar apoio nos grupos sociais reais, como família e amigos”.

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Ariel Leão Gracelli

Estudante de Jornalismo, Analista de Mídias Sociais e Ciclista Urbano. Notícias para informar e dar vozes no dia a dia. Contato: arielleao@gmail.com