Transição defensiva: o que é, suas intenções e o seu atual sinônimo
De uns anos pra cá, a expressão “os times de tal técnico se caracteriza pelas transições”. Oras mas o que seriam essas transições? Elas são as fases de jogo transição ofensiva e transição defensiva. Nessas últimas semanas, a transição ofensiva foi dissecada e mostrada as suas maneiras (curta e longa) e temporizações (rápida e lenta) e, agora, chegou o momento de finalmente termos a completa compreensão do que a expressão inicial quis dizer com essa publicação com a“tradução” do que seria a transição defensiva.
Ao ver uma situação como a de cima, algumas pessoas têm a mesma conclusão que escrevi abaixo da imagem. Outras, porém, veem como um momento antes da organização defensiva em que o volante está atrapalhando o ataque adversário para que o seu time tenha tempo para se recompor defensivamente. Pois é, a contextualização e a compreensão do todo são essenciais para se analisar algo taticamente.
Uma das partes da intenção da transição defensiva é o segundo pensamento acima (o um momento antes da organização defensiva em que o volante está atrapalhando o ataque adversário para que o seu time tenha tempo para se recompuser defensivamente), enquanto que a outra é recuperar a bola. Ao recuperar a bola, a equipe que estava começando a se defender passa a começar a atacar. Mas, afinal, o que seria a transição defensiva?
A transição defensiva é a fase de jogo entre a ação ofensiva e a defensiva. Ela se caracteriza após a perda da bola em ação ofensiva, e os segundos em que o time que está sem a bola demora em se reorganizar defensivamente.
Nota do autor: para ficar ainda mais claro quando e como se caracteriza as fases de ação ofensiva e ação defensiva, clique nestes links para visualizar os resumos (link da ação ofensiva e e da defensiva).
Como as intenções da transição defensiva são desarmar o adversário e/ou retardar o contra-ataque adversário, há algumas maneiras para fazê-las e quase todas elas já foram “traduzidas” por aqui. Para desarmar o adversário, a pressão no adversário é fundamental. Além disso, para aumentar as chances de desarme, o pressing é utilizado (sobre pressão no adversário e pressing, veja aqui).
Como há pressão no adversário com a bola, pode-se acontecer o desarme ou, simplesmente, atrasar o contra-ataque adversário. Nesse último caso, enquanto há algum ou alguns jogadores não desarmando o adversário, outros jogadores estão retornando para que o posicionamento defensivo da equipe apareça.
Para facilitar aumentar ainda mais a possibilidade de compreensão, veja este vídeo sobre transição defensiva de Leandro Calixto Zago, profissional do futebol que já trabalhou no Desportivo Brasil, na Ferroviária, no Corinthians, no Guarani, no Palmeiras e, atualmente, está na Ponte Preta:
Além de todas essas situações e caracterização, a transição defensiva passou a ser conhecida nas análises de futebol como o momento da “troca de ação de jogo”. Esse termo não é completamente adequado, já que há trocas de ação de jogo toda vez que sai de uma fase de jogo e vai para outra (como por exemplo, quando o time está se defendendo e retoma a bola. Aqui começou a transição ofensiva após uma troca de ação de jogo), mas é como a transição defensiva está conhecida atualmente.
E quando não tem nenhum dos aspectos defensivos da transição defensiva acontecendo? Oras, não é muito difícil de imaginar. Sem nenhum aspecto da transição defensiva acontece, o time adversário avança, realiza o contra-ataque e pode acabar finalizando.
Para facilitar a compreensão do que é transição defensiva e os seus aspectos táticos, o quadro abaixo resumirá o tema:
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