150 motivos para ajudar: Instituto Fênix no combate à fome em Juiz de Fora
Por Camille Oliveira e Gustavo Barreto
“É muito gratificante para a gente saber que tá contribuindo um pouco, saber que tá amenizando um pouco essa fome. Não estamos salvando o mundo, mas estamos fazendo a diferença no dia daquelas pessoas que sofrem com insegurança alimentar”. A frase é da coordenadora e fundadora do Instituto de Desenvolvimento Social Fênix, Vanessa Farnezi. A reportagem do Facom News Digital conversou com Vanessa e vivenciou de perto a rotina da preparação e distribuição de 150 marmitas na praça Agassis, no bairro Mariano Procópio em Juiz de Fora.
O projeto social
Em um país em que mais de 8,6 milhões de pessoas não têm o que comer, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a gastronomia entra em cena como uma poderosa ferramenta de mudança social. O Instituto de Desenvolvimento Social Fênix foi criado na pandemia de Covid-19, quando havia muitos pedidos por cestas básicas pela cidade de Juiz de Fora. Diante dessa realidade, Vanessa Farnezi teve a ideia de distribuir refeições prontas para facilitar a alimentação daqueles que não têm estrutura básica para fazer sua própria comida.
O Instituto conta com a ajuda de dezesseis apoiadores que doam dinheiro para o aluguel da casa em que as comidas são preparadas. O projeto já teve um lugar próprio onde conseguia fazer e distribuir as refeições, entretanto, perdeu o espaço devido a um acidente de ônibus na Avenida Brasil que afetou a estrutura do lugar que teve a concessão suspensa.
O cardápio é feito com base nas doações que são arrecadadas e, em quatro dias da semana, os voluntários do Projeto Fênix distribuem as marmitas, água, suco e sobremesa na praça Agassis onde atendem pessoas que estão em situação de rua e vulnerabilidade social. Segundo Vanessa, atualmente, mais famílias, mulheres e crianças buscam o serviço, que é feito com “muito carinho e cuidado”, elogio repetido diversas vezes durante a apuração da Facom News Digital. A mesma comida produzida para a doação, é servida para os voluntários assim que terminam o serviço. Tudo é feito “com muita delicadeza” e preparam tudo “remetendo à comida de mãe”, pontua Vanessa, reforçando que o afeto envolvido nas refeições tem um grande valor simbólico.
O instituto começou com 23 voluntários e, atualmente, conta com 53, divididos em dias da semana. Os voluntários também ajudam na distribuição das marmitas. Esse momento é muito importante, porque é “a hora da escuta e do acolhimento”, o momento que os voluntários criam vínculos com as pessoas em vulnerabilidade e ficam cientes da realidade de cada um que está no local, acrescenta Vanessa.
Além disso, o Instituto de Desenvolvimento Social Fênix conseguiu uma parceria com os estudantes de medicina da faculdade Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC). A cada semana, três pessoas diferentes atendem e dão orientações para qualquer cidadão que esteja precisando dos serviços. A Facom News Digital conversou com Alice Machado, Camila Santana e Jonas Alves, que nos informaram que os serviços mais procurados são a medição de pressão arterial e o auxílio para interpretar receitas médicas. “Como ainda somos alunos, ajudamos no possível, principalmente orientando, conversando e dando a assistência adequada para cada situação”, comenta Camila.
Seja o próximo a fazer a diferença
O trabalho do Instituto de Desenvolvimento Social Fênix continua precisando de doações e apoio voluntário diariamente. Para fazer parte desse movimento, entre em contato pelo telefone (32) 99120–1430 ou pelo Instagram @institutofenixjf e seja o próximo voluntário a fazer a diferença na vida de alguém.
