Debate: Cidadania Ativa — GDG DevFest WARM-UP

GDGLisbon
5 min readNov 2, 2019

Note: As a warmup to the event, we are organizing a free and open debate, about Active Citizenship.This event will be held in Portuguese.

tl;dr: No fim do dia 6 de Dezembro, véspera do Devfest, iremos ter um debate com o tema Cidadania Ativa. Mais informações no final do artigo.

6 de Dezembro
19 horas
Reitoria da Universidade NOVA de Lisboa

No mundo globalizado, fortemente marcado pela desigualdade de direitos, de informação e de conhecimento, o voluntariado e é a primeira linha de defesa contra a fragmentação social.

Falar de voluntariado, é o mesmo que falar em exercício de cidadania, de solidariedade e em realização pessoal (Dohme, 1998).

É uma expressão do envolvimento do individuo na sua comunidade, uma forma de dedicação a uma necessidade local ou global, seja esta social, politica, ambiental, cultural ou educativa. Hoje, talvez mais do que nunca, ser um cidadão ativo é uma necessidade e não um ato de caridade.

Este papel está presente na associação ambiental ZERO, que denuncia regularmente a falta de transparência em processos governamentais (por exemplo, do aeroporto de Montijo, viabilizado pela APA - Agência Portuguesa do Ambiente e sem estudo de soluções alternativas), sendo um motor de acção para o cumprimento da lei através da denúncia e da sensibilização.

Por sua vez a VOST.pt teve um papel fundamental na divulgação de informação util durante as Greve dos motoristas de matérias perigosas, onde voluntários dedicaram o seu tempo e conhecimento para criar uma plataforma gratuita com o intuito de informar a população sobre o local mais próximo da rede de emergência e sobre o estado dos postos de combustível. Como em qualquer projeto aberto, não faltaram as comunicações propositadamente falsas e as tentativas de prejudicar a plataforma, o que levou a uma pressão junto das empresas gestoras de postos para divulgarem a própria informação na VOST.

A tentativa de desprestigiar o objeto de certo voluntariado ou acção coletiva — seja sobre a forma informal ou em associativismo, em prol de outro considerado prioritário, sempre existiu, vindo de quem não compreende ou de quem não faz. Não haverá um voluntário de qualquer projeto que não tenha ouvido “o que é que ganhas com isso?”.

Para uma sociedade antagónica onde o onde o interesse pessoal e privado ainda prevalece, onde o aproveitamento politico dos problemas e causas esmaga outras tão ou mais importantes, o conceito de cidadania é vulgarmente esquecido ou prejudicado, sendo por vezes considerado uma característica secundária dispensável. Mas não o é.

A acção da Politica Para Todos , uma comunidade apartidária e independente com o objetivo de promover a participação ativa dos cidadãos nos processos eleitorais em Portugal, descobriu uma falha no processo eleitoral das legislativas — a poucas semanas das eleições, e com o voto nos estabelecimento prisionais (23 a 26 de Setembro) a poucos dias, a lista com os nomes dos candidatos de cada partido não estava disponível, como habitualmente no site da Comissão Nacional de Eleições nem em qualquer outro lugar. O mesmo apenas foi corrigido dia 21 de Setembro.

Numa era digital, o voluntariado digital é cada vez mais uma necessidade, merecedora de igual reconhecimento. Não retira lugar ao ativismo local, à importância da intervenção directa nas populações e ao combate à info-exclusão. Associações locais como a RATO-ADCC desenvolve um conjunto de projetos que visam promover a inclusão social, o combate à exclusão de informação e o empoderamento de pessoas e atores sociais, independentemente da geração e das condições socio-económicas. Como este, existem outras dezenas de projetos que sobrevivem graças à dedicação de quem neles acredita.

Haverá sempre necessidade de causas independentes, desde que exista dedicação, cidadãos ativos, forma de obter recursos de acordo com as necessidades e essencialmente, resiliência. Mas o que motiva o cidadão ativo? Devemos priorizar o certos tipos de voluntariado face a outros? Há um real interesse por parte das entidades governamentais em promover a contribuição do cidadão? Como promover a cidadania ativa e responsável?

Para responder a estas e a outras questões, no fim do dia 6 de Dezembro, véspera do Devfest’19 Lisboa, iremos ter um debate com o tema Cidadania Ativa, moderado por Pedro Pinto (Pplware).

Pedro Pinto — Pplware (moderação) / Luis Pires — Diretor do Programa Cidadãos Ativ@s, Fundação Calouste Gulbenkian
Nuno Carvalho — Co-fundador da Rato ADCC / Nuno Carneiro — Politica para Todos . / João Pina — Fogos.pt/VOSTPT

Nuno Carvalho (Co-fundador da RATO-ADCC)

Nuno Carvalho é um dos fundadores da Rato — ADCC (Associação para a Divulgação Cultural e Científica), uma organização dedicada à promoção da inclusão social através da utilização das TIC. O seu trabalho está ligado à intervenção desta associação em diferentes domínios nomeadamente inclusão social, diálogo intercultural e intergeracional.

Nuno Carneiro (Cordenador do Politica para todos)

Nuno é apaixonado por democracia e transparência, o que o levou a iniciar a comunidade Política Para Todos no verão de 2019 com um projeto para criar uma página com todas as informações relevantes para as eleições nacionais portuguesas. Como data scientist, Nuno trabalhou em diversas industrias como e-commerce, serviços financeiros e atendimento ao cliente.

João Pina (Fogos.pt, Fundador da VOSTPT)

Criador de projetos como o fogos.pt ou o suprimidos.pt foi também cofundador da VOST.pt; Hackivista digital sempre atento a temas como a segurança e a privacidade.

Luis Madureira Pires ( Diretor do Programa Cidadãos Ativ@s, Fundação Calouste Gulbenkian)

Licenciado em Ciências Económicas pela Universidade Livre de Bruxelas (Bélgica), integrou a partir de 1979 a equipa de negociações de adesão de Portugal à Comunidade Europeia. Entre 1986 e 1995 desempenha os cargos de Subdiretor e Diretor Geral do Desenvolvimento Regional (Ministério do Planeamento), sendo responsável pela gestão do FEDER e do Fundo de Coesão e pela coordenação da aplicação dos fundos estruturais comunitários em Portugal.
No início de 1995 opta pelo sector privado, desenvolvendo desde então atividade de consultoria na área do planeamento e desenvolvimento regionais e dos fundos
estruturais da UE, tanto em Portugal como em oito países da Europa de Leste. Foi
consultor da Administração portuguesa, da Comissão Europeia, do Banco Mundial e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Entre 2013 e 2016 geriu na Fundação Calouste Gulbenkian o Programa Cidadania Ativa, financiado pelos EEA Grants, estando atualmente a gerir o Programa Cidadãos Ativ@s 2018–24 que lhe deu continuidade, também dirigido ao fortalecimento da Sociedade Civil.

Este evento é gratuito e aberto a todos, não sendo necessário bilhete.

6 de Dezembro
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