Confira 3 lições profissionais que o Vegeta pode nos ensinar

Luciano Rocha
4 min readOct 1, 2018

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O príncipe dos sayajins é cruel, arrogante e impulsivo — e tem excelentes lições para nós

Quem já assistiu — e ainda assiste — o clássico Dragon Ball Z certamente se lembra de Vegeta, o orgulhoso príncipe da raça guerreira dos sayajins. Alguns, como este que vos escreve, podem até colocá-lo no rol de seus personagens favoritos do anime.

Vegeta é um dos grandes exemplos do chamado anti-herói, o sujeito que transita entre a maldade e a preocupação velada com o bem. O fato de estar em um anime junto com Goku, um personagem com um grau excessivo de bondade, dava ainda mais destaque ao seu realismo.

Na maioria dos casos, Vegeta parecia mais humano do que o próprio Goku. A rivalidade com o protagonista, a sua obsessão por sempre ser o mais forte, bem como suas atitudes impulsivas nas batalhas, faziam dele um ser, digamos, normal. Ao contrário de Goku, Vegeta cometia erros que todos nós já cometemos, e vamos cometer, o que gerou uma empatia responsável, em grande parte, pelo sucesso do personagem.

E para além do campo pessoal, os erros de Vegeta tem muito a ensinar em termos profissionais. Status, poder, orgulho e trabalhar em prol de um objetivo em comum são algumas das lições que o comportamento do sayajin pode trazer para a nossa vida profissional.

No texto de hoje veremos três episódios distintos de Dragon Ball Z que envolvem Vegeta, qual foi a reação do príncipe dos sayajins a cada um deles e quais lições podemos absorver disso.

Status não garante sucesso

O título de Vegeta não lhe deu a capacidade de destruir a Terra

A primeira aparição de Vegeta em Dragon Ball Z foi bastante ousada: ele tinha como objetivo conquistar o planeta Terra e obter a imortalidade através das esferas do dragão.

Ao chegar no planeta ao lado de seu comparsa Nappa, Vegeta descobriu da pior maneira que mesmo com todo o seu poder e status nobre, ele não foi páreo para a união de Goku e seus amigos — sim, meus caros! Goku não venceu a primeira luta com Vegeta sozinho. O grupo de “seres inferiores” expulsou o sayajin da Terra e salvou o planeta.

Assim como o título de príncipe não deu a vitória a Vegeta, na vida real o status não garante sucesso eterno. Mesmo os grandes profissionais e empresas podem chegar à ruína caso tentem se manter apenas com a fama. A gigante locadora Blockbuster e o empresário Eike Batista são as maiores provas de que status deve ser uma consequência de resultados e trabalho duro, os quais precisam ser mantidos e renovados constantemente.

Nunca confie em atalhos

Vegeta planejou uma trapaça contra Freeza — e acabou morto

Na primeira parte do anime, uma das grandes obsessões de Vegeta — além de derrotar Goku — era derrotar o grande vilão, Freeza. O motivo? Freeza foi o responsável pela destruição do planeta Vegeta, o lar dos sayajins.

Para conseguir esse objetivo, Vegeta tentou dois atalhos. O primeiro deles foi obter a imortalidade, plano frustrado pelos guerreiros Z. O segundo foi já durante a luta com Freeza, no qual ele pediu para ser golpeado para que pudesse se transformar no Super Sayajin, guerreiro lendário temido por Freeza, sem precisar lutar.

O segundo plano também fracassou, e quando Freeza atingiu sua forma final, Vegeta não foi apenas derrotado. Freeza o humilhou ao ponto de fazê-lo chorar e implorar a Goku, seu grande rival, que derrotasse o imperador do mal em nome dos sayajins.

E Goku o fez — sem recorrer a atalhos. Afinal, na vida não existem caminhos fáceis para grandes objetivos. Não existe forma fácil de conseguir um emprego, de construir uma reputação ou ganhar dinheiro. O fácil quase sempre pode causar um enorme prejuízo.

Grandes desafios demandam grandes parcerias

Goku e Vegeta: rivalidade que virou respeito e depois, amizade

Ninguém faz um trabalho satisfatório sozinho. E foi exatamente isso que levou a maior rivalidade da história dos animes a se tornar uma parceria em diversos momentos.

Na saga Majin Boo, Goku e Vegeta se veem em apuros depois que o vilão absorveu todos os guerreiros Z e se tornou mais forte. Para derrotá-lo, eles precisaram se fundir e criar o guerreiro Vegetto. Literalmente, trabalharam juntos, mesmo com a recusa inicial de Vegeta em fazer a fusão.

E assim como no anime, a vida real demanda grandes parcerias para superar grandes desafios. Um grande projeto tocado por uma empresa multinacional dificilmente pode ser tocado por uma só pessoa. E por mais que existam conflitos, a parceria consiste exatamente em deixá-los de lado e, tal como Vegeta fez, abrir mão do orgulho e lutar por um objetivo comum.

Embora dono de um imenso orgulho e individualista ao extremo, o caráter de Vegeta nos auxilia a aprender lições valorosas sobre trabalho em equipe, dedicação profissional e formas de alcançar o sucesso. E essas lições tem muito potencial de nos ajudar a ser, nas palavras do príncipe dos sayajins, a nos tornarmos os “guerreiros mais fortes do universo”.

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Luciano Rocha

Escritor freelancer, escrevo aqui todas as segunda-feiras. Para ler textos antigos, clique aqui: https://walden3site.wordpress.com