Reboot/NoFap: 60 dias

Luciano Rocha
2 min readSep 26, 2017

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Quem é leitor do meu blog sabe que iniciei em julho um desafio de passar 90 dias sem acesso à masturbação ou pornografia. Pois bem, eis que chegamos a 2/3 completos do desafio.

Portanto, o texto de hoje servirá para contar um pouco da experiência que tive dos dias 31 ao 60º dia – tanto do lado bom quanto do lado ruim.

Antes de prosseguir com a leitura, um aviso: se você caiu nesse texto de pára-quedas, sugiro que pare e comece aqui e aqui. Assim você vai entender melhor sobre o desafio e as razões que me levaram a fazê-lo.

Dito isso, vamos ao segundo mês!

O pior mês…

Em minhas leituras em fóruns de pessoas que estão seguindo o mesmo desafio, me deparei com vários relatos sobre como os primeiros dias sempre eram os mais difíceis, onde o risco de recaídas era maior.

No meu caso, isso ocorreu no período intermediário. As maiores vontades de desistir e voltar a ver pornografia ocorreram justamente nesse segundo mês.

Tal reação é justificável: para alguém solteiro é bastante difícil manter uma rotina de abstinência sexual – seja voluntária ou forçada. Lapsos de recaída, pensamentos negativos e irritação foram frequentes nos últimos dias.

Sem a dopamina liberada pelo ato sexual, o corpo acaba passando por mais momentos de estresse do que o comum. Isso também me levou a deixar a alimentação de lado, comendo mais do que o necessário. Por causa disso, o ganho de peso foi mais um sintoma negativo (cheguei a ganhar 3kg devido à má alimentação). Como não havia dopamina pelo sexo, o corpo pede através de outras fontes.

Além disso, um aumento no meu sedentarismo não ajudou a aliviar a situação.

… mas sempre há luz

Por outro lado, nem tudo foram espinhos no caminho.

O maior aspecto positivo foi a consciência em relação a minha própria resiliência. Alguém viciado nunca se recupera totalmente; mas saber que é possível controlar o vício é a melhor recompensa de qualquer desafio dessa natureza.

Por fim, a ausência de estímulos sexuais tornou meus sentidos mais aguçados. Consigo ouvir e raciocinar com mais paciência, o meu senso de longo prazo aumentou – o que por sua vez diminuiu minha ansiedade e stress – e praticamente todas as melhorias descritas no primeiro texto se aprofundaram.

Conclusão

Quando vejo que é possível me recuperar de algo tão difícil quanto consumir pornografia, o meu cérebro rapidamente se abre para novos desafios.

A próxima ideia é passar pelo menos 60 dias sem consumir outra coisa extremamente nociva: refrigerante.

E aqui repito a recomendação do texto anterior: tente esse desafio você também. Especialmente se acha fácil ficar sem pornografia, sugiro que tente por pelo menos um mês. E deixe o resultado nos comentários. ;)

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Luciano Rocha

Escritor freelancer, escrevo aqui todas as segunda-feiras. Para ler textos antigos, clique aqui: https://walden3site.wordpress.com