Saída dos contos de fadas, a cidadezinha de Pucón
Read the English version here.
Bem na real, eu nem sabia que Pucón existia. Aí vi a foto de um vulcão e pirei. Queria ir logo para lá. Nunca estive perto de um vulcão e não perderia a oportunidade agora que estava tão perto. Nem bem cheguei e percebi que o lugar é muito mais que um belo pano de fundo pras fotitas do Instagram. Pucón é uma terrinha de aventuras, beleza, diversão. Fiquei lá por um mês e tenho planos de voltar em breve.
Como chegar: Pucón tá localizada no comecinho do Sul chileno. Fui para lá num ônibus partindo de Santigo, e o trajeto leva nove horas. Ir durante a noite é ótimo, pois as estradas são tranquilas e dá para dormir como um bebê.
O que fazer: essa é uma cidade para quem ama esportes radicais. Basta caminhar pela rua princial para encontrar diversas agências oferecendo rafting, kayaking, mountain bike, e a famosa subida ao vulcão Villarrica. Eu ignorei praticamente tudo por ser preguiçosa e dura. As atividades são caras e exigem a coragem que não tenho. Ainda assim, foi fácil aproveitar a cidade.
Ficar de boa às margens do lago Villarica, tomar banho nas termas Geometricas e ir ao parque Huerquehue são os rolês obrigatórios. Se o tempo estiver bom, vale subir até o Cerro San Sebastian, dentro do parque Huerquehue. É uma trilha de sete horas, mas a recompensa é ver oito vulcões e 14 lagoas, láááaá do alto. Lindo mesmo.
Onde se hospedar: Bem turística, Pucón é cara. Mas dá para char hostel por 13 dólares a noite. Não precisa se preocupar com a melhor região para se hospedar. A cidade é tão pequena que dá para acessar todos seus cantinhos a pé.
Segurança: eu me senti segura o tempo todo. E olha que eu sou desconfiada, viu? Mas é bom não dar bobeira, claro. Fiquei impressionada com a quantidade de bens caros que os gringos deixam atirados no hostel, ônibus e até em restaurantes. Nunca vi sumir nada, mas vai que…
Para os nômades digitais: Não achei nenhuma cafeteria de onde pudesse trabalhar por algumas horas. Por sorte, a internet do hostel onde fui voluntária era super rápida. E você acha internet livre nas praças da cidade, mas aí é só pra checar emails. Melhor do que nada…
Como nós brasileiros podemos ficar no Chile por 90 dias, tive que ir à Argentina no dia 89 para poder seguir viagem e ficar por mais 90. Foi bom. Se não fosse pela lei, eu provavelmente teria ficado em Pucón por muito mais tempo. E isso acabaria com o projeto de nômade digital. Mas a cidade ficou no meu coração.