“Quem somos? Somos mulheres que faz da luta melodia. Somos as que retomamos a terra roubada, as que insistem na festa sem se esquecer que permanecemos em guerra”
Somos mulheres do cerrado Das veredas, caatinga e pantanal Mulheres camponesas ou pescadora artesanal, Tem mulheres parteiras benzedeiras, tem indígenas politizadas Fazemos o enfrentamento ainda que não sejamos belas e recatadas.
Não somos recatadas Muitas vezes não somos e nem estamos no lar Nós temos um pé no chão da aldeia E o outro do lado de cá.
Tentaram tirar nossas pinturas do rosto, Nossas terras não nos deram mais, Nos chamaram de preguiçosos e ainda de incapaz, Porém não desanimamos, ai que lutamos mais.
Fotos 1 e 2: Juliana Lira / Cobertura Colaborativa
Foto 1: Juliana Lira / Cobertura Colaborativa / Foto 2: Juliana Pesqueira / Cobertura Colaborativa/ Foto 3: Katie Mähler / Cobertura Colaborativa— Mulheres Indígenas no plenário do Congresso Nacional durante Sessão Solene das Margaridas / Foto 4 e 5: Leo Otero / Cobertura Colaborativa
Texto por Célia Xakriabá, primeira mulher indígena a formar parte da equipe do órgão central da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, foi coordenadora da Educação Escolar Indigena e criou uma lei e resoluções específicas da escola indígena junto com povos de Minas Gerais.
Além da pauta da educação, Célia também tem forte atuação com mulheres, buscando chamar atenção para a ausência históricamente das mulheres indígenas nas posições de poder e políticas e estimulando a busca e retomada do protagonismo das mulheres indígenas em espaços institucinais.