Conheça os 30 artistas premiados na #QuarentenaProjetada

Mídia NINJA
10 min readJul 27, 2020

Com o objetivo de estimular a produção e difusão de arte durante esse período de confinamento e autocuidado a Mídia NINJA convidou seu público a produzir fotos, vídeos e poesias e postá-los nas redes sociais com a hashtag #QuarentenaProjetada.

Foram 14.189 obras postadas. Desse total, foram selecionadas 487 produções de 341 artistas diferentes para serem projetadas em 11 cidades das 5 regiões do Brasil.

Desses mais de 300 artistas, 30 foram selecionados para receber um apoio econômico nesse momento de crise, contribuindo para o desenvolvimento de seus trabalhos. O Projeto faz parte do Programa IMS Convida em parceria com o Instituto Moreira Salles.

Para a exibição das obras, além das postagens em nossas redes, a iniciativa realizou a Noite de Projeções no dia 05 de julho. Somaram-se mais de 2 horas de mostras simultâneas, com cerca de 400 produções artísticas, que ocuparam as cidades de Belém (PA), Rio Branco (AC), Brasília (DF), Anápolis (GO), Goiânia (GO), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Pelotas (RS), São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG).

Confira o vídeo resumo da noite de projeções do #QuarentenaProjetada

Tanto a seleção dos artistas quanto o critério de premiação passaram por uma curadoria que, além de garantir a pluralidade estética e artística dos trabalhos, preocupou-se em evitar a reprodução de um problema ainda muito comum no mundo das artes: a elitização, o embranquecimento e a LGBTfobia das curadorias dos principais espaços culturais no Brasil. Muitas obras da #QuarentenaProjetada são trabalhos sistemáticos de artistas da periferia, pretes e LGBTs que não têm as mesmas oportunidades em comparação a artistas economicamente e/ou socialmente privilegiados.

Conheça os 30 artistas selecionades para receber o apoio econômico:

@acoisaficoupreta — Gleyson Borges

Alagoano que assina como “A coisa ficou preta” desde 2018. Começou seu trabalho como uma retribuição a arte preta, que teve papel essencial na construção de sua consciência e autodescoberta como corpo negro. Quando teve essa percepção, decidiu que queria tentar ajudar outras pessoas a chegarem à mesma conclusão que ele: (re)encontrar sua própria negritude.

@adanrcosta — Adan Costa

Ator, cantor, compositor, performer, desenhista, diretor, escritor e bailarino. Nascido em Paracatu (MG), cursou teatro e canto coral e e street dance. Atualmente é graduando em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Ouro Preto — UFOP, onde atua também como bolsista e pesquisador no projeto Cia. Da Gente e na Coletiva “O que você quer Dzi?”, sendo um de seus co-fundadores.

@andreabak_ — Andrea Bak

Poeta, escritora, atriz, cantora, estudante de Química e sonhadora! Acredita na transformação das pessoas através do conhecimento e enxerga sua arte como meio de mudança. Em suas poesias, expressa o que o sistema tenta esconder: uma estrutura genocida e a diáspora histórica. Bak é integrante do grupo de rap Nefetaris Vandal e do coletivo de poesias Slam das Minas RJ compondo a cena da literatura e arte marginal.

@andreiamaressa — Andréia Maressa

Nasceu em São Paulo, tem 28 anos, é Bióloga, Multi-Artista e Educadora. Em 2013 criou o Maressando, uma plataforma online de ideias e produtos criativos, que vem ganhando cada vez mais força e engajamento do público com o Sarau no Instagram. Atualmente estuda na SP Escola de Teatro. É também atriz convidada da Cia. Karuna, estreando ainda em 2020, no espetáculo online “OneMatch”.

@arthur.moura.campos — Arthur Moura Campos

Goianiense nascido em 1993. Poeta, designer e arquiteto. Escreve vazios e desenha poemas. Seus trabalhos testam as fronteiras entre a poesia e outros campos das artes analógicas e digitais. Tem vários cartazes, plaquetes, vídeos e gifs publicados; sendo três dos seus livros carimbados com códigos de barras: “Meia Ponte” (edição do autor, 2017), “5INTO” (selo do burro, 2019) e “SAÍDA” (edição do autor, 2019).

@baseadoemcorposreais — Estevão Ribeiro

Autor de livros, ilustrações e roteiros para quadrinhos e TV. Criador da Rê Tinta, uma tirinha sobre uma garota preta e empoderada. Durante a pandemia criou o projeto @baseadoemcorporeais, ilustrações sobre fotos dos perfis de amizades virtuais. A obra aprovada, Gatilho, foi imaginada a partir da foto de Jackeline Freitas.

@brunogomesph — Bruno Gomes

Fotógrafo de Moda e Diretor Criativo. Nasceu e cresceu na zona oeste do Rio de Janeiro, especificamente em Santa Cruz. Apaixonado por cores, formas, arte, moda, música e fotografia. O meu trabalho é uma conexão entre arte e ativismo. Onde aborda a inclusão de pessoas negras na fotografia e principalmente no universo fashion.

@designalquimia — Francine Barros

Nascida em Salvador-BA, é uma pintora, desenhista. Sua formação artística se constitui a partir de pesquisas pessoais em história da arte e pela sua integração em movimentos artísticos. Francine trabalha com pintura, desenho, gravura, ilustração. Em suas artes, destacam-se os efeitos luminosos e a utilização de cores intensas.

@diana.salu — Diana Salu

De Brasília. Artista, escritora, designer, publicadora. Travesti e sapatão. Trabalha o hibridismo de linguagens e gêneros, com olhar para a poesia, o desenho, a paisagem e a memória.

@dorricojulie — Julie Dorrico

Macuxi. Autora de “Eu sou macuxi e outras histórias” (Editora Caos e Letras, 2019). Primeiro lugar no Concurso Tamoios/FNLIJ (2019). Idealizadora das páginas @leiamulheresindigenas e @leiaautoresindigenas no Instagram. Administradora do canal no YouTube “Literatura Indígena Brasileira”.

@fabioassuncao4 — Fabio Assunção

Morador do bairro da Terra Firme, periferia de Belém. Foi na graduação de Publicidade e Propaganda que descobriu a narrativa fotográfica como forma de criar mundos.

@helesalomao — Helen Salomão

25 anos, cria de Salvador-Ba. Fotógrafa e poetisa. Apresenta nos seus trabalhos, seu cotidiano, o empoderamento de mulheres e homens negros, periferia sem sangue, a poesia e não padronização dos corpos femininos. Estudou na escola de arte e tecnologia Oi Kabum, já expôs no museu de arte da Bahia, no Museu de arte moderna do Rio e no fowler museum at UCLA (Califórnia).

@hudrodrigues_ — Hudson Rodrigues

Nascido em São Paulo, Fotógrafo e filmmaker começou a fotografar em 2007. Em busca de uma estética, experimenta algumas formas de capturar imagens, tentando me descobrir em cada imagem.

@isabel.praxedes — Isabel Praxedes

Fotógrafa e jovem cineasta natural do Mato Grosso do Sul. Sua fotografia se volta principalmente a documentar a diversidade cultural no Brasil. No audiovisual, busca a experimentação a partir da relação entre teatro, dança e cinema.

@jmedeiros.ars — Jefferson Medeiros

Nascido em São Gonçalo, RJ, reside, trabalha como professor e toca forró na mesma cidade. A sua produção de artes visuais é um discurso organizado a partir do lugar social que ocupa, partindo das experiências compartilhadas pelas pessoas que habitam esse mesmo espaço. Entende como uma enunciação, uma epistemologia periférica de compreensão da realidade que experimenta em coletivo.

@juh_fotografia — Juh Almeida

Mulher, negra, nordestina, realizadora audiovisual, fotógrafa. Faz parte do DAFB coletivo das diretoras de fotografia do Brasil, do catálogo Women Photograph e é associada a APAN- Ass. dos Prof. do Audiovisual Negro. Expressa através do seu olhar de forma humanista e documental vivências e narrativas negras, mesclando assim vida e obra, pesquisa cinema negro e descoloniza as telas

@julianalinoc — Juliana Lino

Militante, performer e poetisa popular. Está entre as 20 autoras pretas da antologia poética Raízes: Uma resistência histórica que circula pelo país desde 2018. Faz intervenções políticas-poéticas em espaços públicos há 5 dos seus 25 anos de reexistências vividas e transpassadas para as suas performances que ecoam gritos de denúncia e utopias diante do ser mulher preta, nordestina, de origem periférica no Brasil.

@kaosdekairos — Kairos Castro

Nascido e criado na zona leste de São Paulo, transviado de 28 anos, é poeta, drag king, performance, produtor cultural, é um dos apresentadores e produtores do TRANSarau.

Transgênero não binário e ARTivista, suas poéticas dialogam com sua essência, mostrando parte do seu universo particular e a força dos corpos transvestigeneres, sendo não apenas militante pela a causa LGBT como também lutando contra outras formas de opressões, nessa sociedade machista, racista, LGBTfóbica e gordofóbica.

@leandro_cunha_fotografia — Leandro Cunha

Artista visual e morador do subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, bairro Piedade. Em seus trabalhos pesquisa a relação entre composição de imagem, memória e sua ancestralidade afro-indígena. Os elementos presentes nas culturas tradicionais negro-africanas — trazidas pela diáspora forçada e conservadas nas nações de candomblé — são alguns dos pilares que fornecem as referências éticas, estéticas e políticas para a sua produção artística.

@lizdorea Liz Dórea

“Baiana radicada em São Paulo, Liz Dórea tem 23 anos e é artista da imagem. Atrás das lentes, trabalha como fotógrafa e filmmaker. Na frente delas, é atriz.”

@luiza_romao — Luiza Romão

Luiza Romão é poeta, atriz e slammer. Autora dos livros Sangria e Coquetel Motolove (ambos lançados pelo selo doburro). Formou-se em Artes Cênicas pela ECA/USP, e atualmente faz mestrado na Teoria Literária e Literatura Comparada (FFLCH/USP), onde estuda o movimento do poetry slam.

@lupiamorim — Lupita Amorim

21 anos. Multiartista e Graduanda em Ciências Sociais na UFMT, utilizando o espaço acadêmico e artístico para pautar questões relacionadas à negritude e travestilidade para que a partir de sua voz possam ser construídos novos significados para a sociedade.

@mao.negra — Mitti Mendonça

Artista têxtil e ilustradora. Em 2017, criou o selo Mão Negra Resiste, tendo como ponto de partida alinhavar a história do bordado, que circula há quase 100 anos entre as mulheres da família. Sua pesquisa perpassa as poéticas negras, a memória, o afeto e ancestralidade. É natural de São Leopoldo-RS, onde reside e tem seu ateliê.

@menino_do_drone — Marcelino Melo

Produtor audiovisual, educador e fotógrafo aéreo. Residente da zona sul de São Paulo tem como foco e centro dos seus trabalho as periferias do Brasil. Em 2020 na pandemia, inicia uma série fotográfica com drone sobre a mudança de paisagem que a COVID 19 provoca na periferia da zona Sul de São Paulo.

@palosapudica — Bruna Barros

Multiartista e tradutora. Mexe com poesia, prosa, roteiro, cinema, quadrinhos e o que mais aparecer. Dirigiu o curta-metragem de ficção experimental “Amor de Ori” (2017, @amordeori) e co-dirigiu o curta-metragem documental “à beira do planeta mainha soprou a gente” (2020, @abeiradoplanetafilme). Traduz junto ao grupo de pesquisa Traduzindo no Atlântico Negro (UFBA, @traduzindonoatlanticonegro). Nasceu em Aracaju, cresceu e vive em Salvador.

@predo.oliveira — Pedro Henrique

28 anos, São Luís/Maranhão. Artista Visual graduando em Artes Visuais pela Universidade Federal do Maranhão. Desenvolvo uma linguagem ligada intimamente à simbologia e espiritualidade da cultura africana e afro-brasileira, resgatando na ancestralidade os elementos para construir uma arte de expressão pessoal, anticolonial, afrofuturista e crítica social.

@renanbenedit — Renan Benedito

Sonhava em ser jogador de futebol, mas acabou mergulhando nas águas profundas da fotografia. Autodidata, apaixonado por contar histórias e exalar sentimentos por meios das fotos que faz, explora os seus registros para que revelem o que traz dentro de si.

@stcruzgraphy — Ester Cruz

Trabalha com Fotografia Documental, Still, Fotojornalista, Retrato e Comercial. Participou do documentário Negra Luz e De quem é essa Terra. No ano de 2018 criou projetos fotográficos como: Deus é Negra (2018) Consciência Negra (2018), Arte é Preta (2019) e Re’torno (2019) tendo em seu trabalho o foco na estética negra, seus retratos são usados como uma busca para desenvolver um novo olhar ao negro, de uma forma além dos estereótipos e dando ênfase aos detalhes de cada especificidade da pele negra.

@tdcaos — Layla Bomfim

Artista visual e estudante de Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe, cria peças no segmento das artes visuais desde 2014, desenvolvendo habilidades em várias técnicas e propostas do design.

@trangressor — Tomás Araújo

Negro, fotógrafo independente em busca de construir novas narrativas de corpos dissidentes, palestrante, curador e graduando em Ciências Sociais na Universidade Estadual do Norte Fluminense, pesquisador do Laboratório de Som e imagem — UESI.

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