13 ideias para melhorar o transporte público de Natal

Equipe Fernando Mineiro
6 min readAug 20, 2016

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Quando se fala em mobilidade urbana em Natal, são muitas as queixas dos natalenses.

Afinal, ir e vir, utilizar o transporte coletivo, caminhar e andar de bicicleta na capital potiguar são rotinas cada vez mais difíceis e arriscadas.

Para uma cidade de todos e todas, é preciso melhorar a mobilidade. Veja aqui 13 ideias que propõem soluções possíveis para um trânsito melhor.

1 — Elaborar projetos de longo prazo para a reestruturação do Sistema Viário

O trânsito de Natal tem gargalos visíveis há muito tempo. E o natalense já constatou que as medidas paliativas não resolvem a questão de forma efetiva; apenas transferem engarrafamentos de um canto para outro.

É preciso abrir e alargar as vias de modo a contemplar as demandas dos transportes rodoviário e ferroviário, restringir a circulação de automóveis em áreas estranguladas e priorizar a circulação de ônibus, pedestres e bicicletas.

2 — Priorizar o transporte público sobre o privado

As cidades mais modernas do mundo priorizam o investimento em transporte público para que menos gente saia de casa de carro, poluindo menos o meio ambiente, e por entender que o direito de ir e vir deve ser assegurado a qualquer cidadão.

Natal precisa de um sistema de transporte coletivo eficiente, com linhas que atendam a todos os bairros da cidade e um serviço pontual e seguro. Além disso, é preciso investir nos trens urbanos e na construção e manutenção de VLTs e BRTs, que são mais rápidos e baratos.

3 - Articular medidas com a Região Metropolitana

Muita gente que trabalha em Natal mora na Região Metropolitana e vice-versa, o que gera diariamente um intenso tráfego nessa zona.

A gestão municipal não pode pensar a mobilidade da capital de forma isolada, mas realizar ações conectadas.

Os transportes rodoviário e ferroviário precisam atender aos principais municípios da região de forma segura e eficiente, reestruturando as linhas e itinerários para melhor atender à população.

Outra ação importante é fortalecer o Conselho de Desenvolvimento Metropolitano de Natal, para que pautas de mobilidade estejam em constante debate.

4 — Cuidar das calçadas e garantir acessibilidade

Em Natal, além das ruas esburacadas e sem pavimentação, há a absurda irregularidade das calçadas, que cria barreiras, bloqueios ao livre trânsito.

É preciso controlar a ocupação desses espaços públicos e convocar a população para discutir o problema, implantando um projeto de regularização que deverá observar as especificidades de cada rua e bairro, no sentido de torná-los acessíveis a todos.

5 — Fortalecer os espaços de participação popular no Plano de Mobilidade Urbana

A população precisa debater as questões que envolvem a mobilidade urbana de maneira ativa e participar, junto ao poder público, das decisões que dizem respeito à sua vida e rotina, como o trânsito e o transporte público.

Na construção de um Plano de Mobilidade Urbana, é preciso fazer uso de consultas públicas, audiências, seminários temáticos, câmaras setoriais, dentre outros instrumentos.

Desde a formulação ao monitoramento, as políticas de mobilidade devem ser pensadas em conjunto com os diferentes conselhos e comissões ligados à questão urbana.

6 — Realizar a licitação do transporte público

Em relação ao transporte coletivo, marcaram a atual gestão a ausência de melhorias no serviço, a judicialização da lei que cria o Sistema Municipal de Transportes Coletivos e a não realização da licitação de concessões.

É preciso executar o processo de concorrência pública das linhas de transporte coletivo, que possibilitará que as empresas prestem melhores serviços e apresentem propostas sobre melhorias na frota e novos preços, por meio da apresentação de dados transparentes sobre os custos para acesso de toda a população.

7 — Investir em ciclovias e respeitar os ciclistas

Boa parte dos natalenses utiliza bicicletas para ir ao trabalho e realizar suas atividades, inclusive de lazer. Mas a prática ainda é bastante perigosa, porque muitos não cumprem as regras de trânsito e as vias não estão preparadas para esse tipo de transporte.

A cidade precisa executar planos de investimento para projetos em ciclovias e pensar um sistema de transporte público para este modal, incluindo a delimitação de um circuito e bicicletários nos locais de maior movimento.

8 — Reestruturar a STTU

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) precisa ser repensada, ter reais condições de funcionamento e uma gestão eficiente do setor.

As mudanças devem garantir o real controle do seu sistema de informações, fazendo com que o órgão exerça, com maior clareza, o papel que lhe cabe no controle do processo de regulamentação do sistema de transportes coletivos.

Além disso, a secretaria deve executar ações de repactuação das responsabilidades entre poder público e iniciativa privada.

9 — Planejar o serviço de transporte coletivo 24 horas

O sistema de transporte coletivo da cidade não deve apenas assegurar um bom serviço para os usuários em horário comumente de trabalho, mas também à noite, quando boa parte das pessoas sai para se divertir e descansar.

A mobilidade deve estar garantida também no lazer, e sobretudo mulheres e jovens precisam de um transporte seguro e eficiente à noite e de madrugada. Para isso, é preciso pensar em linhas de ônibus especiais que circulem 24 horas e atendam a toda a cidade e também Região Metropolitana.

10 — Planejar as ações de mobilidade em conjunto com a Segurança Pública

Nos últimos anos, a violência urbana em nossa cidade tem se intensificado nos veículos do transporte público municipal: assaltos, assédio sexual e até homicídios passaram a fazer parte do cotidiano da população.

É preciso pensar e efetivar políticas conectadas de mobilidade e segurança pública. Para isso, é necessário mapear e fazer um diagnóstico de horários, locais e linhas de transporte com maiores ocorrências criminais e pensar ações da Guarda Municipal em articulação com a Polícia Militar, com ações de patrulha e policiamento preventivos.

11 — Construir estacionamentos em locais estratégicos

Um dos problemas da mobilidade urbana em Natal tem a ver com o estacionamento de veículos particulares pelas vias da cidade.

Os carros geralmente ficam dispostos de maneira irregular, em canteiros, locais proibidos, obstruindo calçadas e rampas de acesso para pessoas com deficiência, o que põe em risco a passagem de pedestres.

É preciso planejar e apoiar a construção de estacionamentos em locais de maior movimento da cidade, como os centros comerciais do Alecrim e Cidade Alta, próximo a feiras livres etc.

12 — Garantir abrigos de ônibus cobertos e seguros

Outra medida visando o bem-estar da população deve ser a padronização e a construção de paradas de ônibus que, de fato, protejam as pessoas do sol e da chuva e lhes ofereça conforto e segurança.

A deficiência desses abrigos, aliada à falta de iluminação e de manutenção das calçadas e insegurança, é outro problema enfrentado pelos natalenses que precisam do transporte coletivo para ir e vir.

Além disso, os abrigos devem conter sinalização com informações sobre as linhas de ônibus que circulam pelo local.

13 — Fortalecer a cidadania para um trânsito melhor com campanhas educativas

É essencial e é papel do poder público fomentar e realizar campanhas educativas para uma melhor convivência no trânsito, onde motoristas, ciclistas e pedestres se respeitam mutuamente em um espaço que é de todos.

Também é preciso ouvir a população, inseri-la nos espaços de debate sobre questões urbanas como a mobilidade urbana. Ao se apropriar dos seus direitos, as pessoas se conscientizam do papel protagonista na mudança da realidade e na construção de políticas públicas que garantam mais qualidade de vida.

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