A Cidadania e os Direitos Humanos como temas no universo escolar

UNIJUÍ
3 min readMay 30, 2016

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O projeto Cidadania para todos, desenvolvido pelo Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais Universidade, adota práticas alternativas para propor reflexões com alunos e professores, buscando maior protagonismo e compreensão da sociedade a partir da perspectiva cidadã.

Estudantes de escola participando de atividades do Projeto Cidadania para Todos

Violência, Direitos Humanos, cidadania. Temas que todos os dias estão no noticiário nacional, nas ruas, nas casas. E, mesmo que a gente não se dê conta, ou mesmo esqueça na correria cotidiana, são temas importantes. Por isso, a UNIJUÍ leva, para sala de aula, essa conversa, por meio do projeto de Extensão Cidadania para Todos. Os cursos de Direito e Psicologia dialogam com alunos e professores, propondo práticas e reflexões que demonstram a importância do protagonismo e da participação de todos no processo de construção dos direitos e de pacificação da sociedade.

Nas escolas, os acadêmicos realizam oficinas temáticas visando a educação para a cidadania e para os direitos humanos. O grande objetivo do projeto é levar a esses alunos um conjunto de reflexões, de cidadania e protagonismo dos sujeitos.

A professora Ester Eliana Hauser, coordenadora do projeto, salienta que são tratados temas relevantes do cotidiano desses estudantes. “O que a gente pretende não é simplesmente levar informações. Mas criar condições para que o público possa pensar as questões dos Direitos Humanos e o exercício da cidadania como protagonistas de suas histórias pessoais e coletivas”.

São trabalhados, então, temas como: violência escolar, familiar e de gênero, a inserção de jovens no mercado de trabalho, direitos e garantias previdenciárias, direitos da criança e do adolescente, direitos humanos em geral, com o uso de metodologias participativas, que tem a arte, a música, o cinema e os círculos como estratégias de trabalho.

Wagner, estudante do 6ª ano da Escola Emil Glitz, de Ijuí, fala do seu aprendizado com o projeto. “Eu aprendi que temos que respeitar as diferenças dos outros. Aprendemos sobre violência, que não podemos bater nos outros. Temos que respeitar os outros’’, observa.

E o aprendizado não se dá só para os estudantes, tem professor percebendo diversas mudanças a partir da atuação do projeto: “em relação ao início do ano, era a turma problema, uma turma grande, com alunos repetentes e com dificuldades de aprendizagem. Hoje essa turma não é mais a turma problema, então alguma coisa está acontecendo com eles’’ comenta a professora Márcia Roselí Ceretta Flores.

Com a preocupação de levar o debate a toda a comunidade escolar, os professores também participam das atividades e realizam oficinas. O objetivo aqui é justamente capacitá-los para as discussões dos temas propostos dentro de sala de aula.

Além dessa faixa etária, o projeto também acolhe alunos da Educação de Jovens e Adultos da Escola Chico Mendes, de Ijuí. Nesse desafio, os acadêmicos do curso de Direto, tem contato com um público onde a idade, em alguns casos, ultrapassa os 50 anos.

Para manter a comunidade estimulada pelo projeto também é organizado o Dia da Cidadania. Realizado uma vez por ano na Escola, esse dia é reservado para a comunidade participar. Outros projetos de extensão da universidade são convidados a participar, como por exemplo, da área da saúde, colocando-se em discussão os direitos fundamentais dos cidadãos.

Para a bolsista Carine Casagrande, o projeto também beneficia os acadêmicos que atuam como bolsistas e voluntários ‘’Esse é um trabalho em que a gente não só leva o conhecimento. A gente aprende muito com eles também’’, comenta. É possível transformar pessoas e o universo onde elas estão inseridas de forma didática e colaborativa. Nesse caso, tanto de um lado, quanto o de outro.

Com a coordenadoria da professora Ester Eliana Hausen, o projeto conta com o apoio e participação dos professores, Joaquim Gatto, Jóice Nielsson, Lurdes Grossmann, Maiquel Dezordi, Mateus Fornasier, Nelci Meneguzzi, Solange dos Santos Silva, Sonia Fengler e Marcelo Loeblein.

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