Com aumento gradativo na representação nos cursos de graduação em Engenharia Mecânica, as jovens alunas do Ensino Médio são desafiadas no Projeto de Concurso de Pórticos.
Matemática, Ciência ou Física é coisa de mulher, sim. Apesar de mulheres serem ainda minoria nas salas de aula do Curso de Engenharia Mecânica, elas têm espaço crescente na profissão. Para ajudar neste cenário, a Unijuí desenvolveu o Projeto de Pesquisa ‘’Concurso de Pórticos’’ pelo Departamento de Ciências Exatas e Engenharias da Unijuí.
O projeto foi desenvolvido no Campus de Panambi, e busca despertar o interesse de meninos e meninas pela Engenharia Mecânica ainda na escola. Segundo o professor Antonio Carlos Valdiero, coordenador do projeto, o concurso envolveu alunos e alunas de escolas públicas de Panambi, Ajuricaba, Ijuí, Condor e Nova Ramada.
Desde de 2013, o Concurso de Pórticos realizou competições de protótipos de estruturas mecânicas afim de despertar o interesse de jovens no Curso de Engenharia Mecânica. Esse foi o principal objetivo, segundo o professor.
‘‘É tratar de uma proposta pedagógica com a realização de competições que possam qualificar a formação de futuros engenheiros e engenheiras nesta área de conhecimento e também atrair jovens do ensino médio para a profissão de engenharia’’, salienta Antonio Carlos.
Logo após a formação das equipes, nas Escolas participantes, a competição começava. O primeiro passo das equipes foi realizar o estudo das medidas e dimensões que seriam usadas no projeto.
O objetivo das equipes foi realizar estruturas de madeira compostas por colunas e vigas, muito comuns nos chassis de máquinas, nas estruturas de equipamentos de pós-colheita. Essa estrutura tem a função de dar sustentação para os diversos módulos e componentes de um produto industrial.
O segundo passo era de confeccionar um esboço do projeto da estrutura, ou seja, uma maquete. Feito isso, os grupos teriam que pensar no destino dos resíduos produzidos. Essa tarefa era critério de avaliação e visou desenvolver a educação ambiental dos competidores.
Depois de feito tudo isso, começava a confecção das estruturas. As equipes deveriam ficar atentas a aspectos importantes na hora da construção: Tempo de fabricação, organização e segurança do trabalho, resíduos produzido, e claro, o design. Isso tudo seria avaliado. Quando prontas, as estruturas passavam por uma prova de fogo: a bancada instrumentalizada.
Essa bancada é utilizada para ensaios de deformação. Como a função diz, as estruturas são forçadas a quebrarem. Como você deve imaginar, a que se sustentava por mais tempo, ou até não quebrava, vencia.
Para Antonio Carlos Valdiero, despertar o interesse por estas áreas científicas nas estudantes de nível médio foi um dos principais resultados que o projeto teve. A contextualização do ensino da matemática, da geometria, da física e da química dos materiais, são fatores que contribuem significativamente no desenvolvimento dos alunos.
O fato de mulheres representarem uma pequena porcentagem no Curso se deve, segundo professor, a um fator: desconhecerem o amplo campo de atuação do profissional de Engenharia Mecânica. Apesar disso, o professor comemora o progresso que as mulheres vem fazendo em relação ao curso ‘’gradativamente tem aumentado o número de mulheres cursando a Engenharia Mecânica na UNIJUÍ’’.
Concurso de Pórticos é um subprojeto do projeto institucional da Universidade “Pesquisa em Mecatrônica orientada aos Desafios da Sociedade”. Teve como escolas participantes: Agostinha Dill, de Condor; Pindorama, de Panambi;: Instituto Federal Farroupilha, de Panambi; Comendador Soares de Barros, de Ajuricaba; Dr. Roberto Löw, de Nova Ramada; Paulo Freire, José de Anchieta, e Básica Poncho Verde, ambas de Panambi, e 25 de Julho, de Ijuí, e empresas patrocinadoras.
