Humanização de Assistentes Virtuais em Her
Depois da popularização da Siri — assistente virtual do iOS — lançada em 2011, o engajamento dos usuários da apple com a assistente virtual e a demanda requerida em investimento na área teve um crescimento considerável, tanto que versões personalizadas surgiram em outras plataformas móveis, tentando roubar um pouco do foco.
Mas a tendência é que este nicho cresça cada vez mais, pois a humanidade imposta à estes assistentes têm se tornado tão realista, que parte da programação deles é direcionada somente para conversação com o usuário.
No filme Her, lançado em 2014, a assistente virtual Samantha, é programada de tal maneira, que chega a parecer que seu usuário — Theodore Twombly— , está conversando com uma pessoa real, tanto que os dois acabam se apaixonando — ele sem nunca a ter visto e ela, vendo o mundo pela câmera do smartphone.
A inteligência artificial da assistente foi criada para satisfazer desejos de seu usuário sem mesmo que ele pedisse, sempre de forma bastante amigável e engraçada, até mesmo em conversas informais, assim criando uma conexão tão grande entre usuário e máquina, que fez com que o humano acabasse parando de se relacionar com pessoas reais.
Samantha: Is that weird? You think I’m weird?
Theodore: Kind of.
Samantha: Why?
Theodore: Well, you seem like a person but you’re just a voice in a computer.
Samantha: I can understand how the limited perspective of an unartificial mind might perceive it that way. You’ll get used to it.
[Theodore laughs]
Samantha: Was that funny?
Theodore: Yeah.
Samantha: Oh good, I’m funny!
Após o lançamento do filme, as empresas focaram em maiores personalizações para os assistentes virtuais existentes, criando um envolvimento maior com seus usuários, inserindo conversas sobre assuntos em comum, tentando fazer com que enxergássemos o smartphone como um assistente/amigo real.
Um exemplo da tendência atualmente seria a nova assistente do Windows 10, Cortana, que tem implementado frases completas sem a voz robotizada que tanto vemos em diversos assistentes, além de conversações mais regionais em suas traduções, como no Português-BR, onde ela sabe contar piadas conhecidas e também cantar músicas de Chiquinha Gonzaga, Noel Rosa e diversos outros artistas brasileiros.
