Introdução à problemática do cyberbullying.

Atualmente, as TIC’s — Tecnologias da Informação e Comunicação — estão cada vez mais presentes em nossas vidas, principalmente no uso crescente de redes sociais como o Facebook e Twitter, popularmente usados por usuários de faixas etárias diferentes. Embora haja diversos aspectos positivos nesse meio tecnológico, há também efeitos negativos com o uso frequente dessas redes, podendo gerar sérios problemas sócio-tecnológicos. Um deles é a prática do cyberbullying, onde mensagens, imagens ou vídeos mal-intencionados são compartilhados na internet — com o objetivo de humilhar, intimidar ou assediar indivíduos — por agressores que na maioria das vezes se protegem no anonimato, consequentemente se tornando ainda mais perverso do que o bullying tradicional praticado nas escolas.

A fuga parece ser a única saída para jovens do mundo todo que convivem diariamente com o bullying, no entanto essa saída quase não existe no universo da internet, dessa premissa nasce o conceito de cyberbullying. A falsa segurança proporcionada pela distância entre vítima e agressor, faz com que as ameaças e intimidações ocorram de modo mais violento, enquanto que o “anonimato” existente na web torna o assediador mais “poderoso”, essa combinação, juntamente com valores pútridos intrínsecos na sociedade são os ingredientes perfeitos para compor essa receita de opressão e abuso.

Esse projeto busca propor soluções de design para tentar sanar a problemática do cyberbullying, assim como abrir um espaço para debates acerca do tema, e todo esse estudo é baseado numa pesquisa realizada pela Universidade de Pittsburgh, liderada pela professora Leanne Bowler, intitulada Developing Design Interventions for Cyberbullying: A Narrative-Based Participatory Approach, onde são desenvolvidas sete soluções de design para tratar o problema do cyberbullying. Bowler ressalta a questão ‘’Porque não usar a tecnologia para evitar e combater o cyberbullying?’’. Ela e sua equipe espera que os designers levem essa pesquisa em conta para o desenvolvimento de novos sites e aplicativos para combater de vez esse problema, com o intuito de despertar reflexão e empatia nos agressores. As soluções propostas pela equipe são as seguintes:

Design for Reflection

Design for Consequence

Design for Empathy

Design for Empowerment

Design for Fear

Design for Attention

Design for Control and Suppression

Estes pontos serão abordados nos próximos posts, juntamente com nossas próprias ideias e soluções para casos reais de cyberbullying, que também serão apresentados aqui.