Hello M!

A ascensão do M-Commerce (Parte 1)

Em dezembro de 2009, analistas do Morgan Stanley previram que a internet mobile iria ultrapassar a internet do desktop dentro de cinco anos. Muitos tomaram essas previsões com um tom de ceticismo e desconfiança. Vale lembrar que nessa época a Apple ainda não havia nem lançado o iPad.

Por mais radical que essas previsões pudessem parecer, o tempo mostrou que os analistas do Morgan Stanley estavam na verdade sendo conservadores. No segundo semestre de 2013 uma pesquisa realizada pela ComScore apontou que o mobile já havia alcançado o mesmo número de acessos do desktop nos Estados Unidos.

Em maio de 2014 o uso de aplicativos para tablet e smartphones correspondeu à 51% do tempo gasto pelos americanos na internet. No mesmo período, o mobile em geral foi responsável por 60% do consumo de mídias digitais nos Estados Unidos. — ComScore

No Brasil temos um cenário parecido, segundo pesquisa realizada pelo CETIC (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) 31% da população brasileira (52,5 milhões de pessoas) usa Internet pelo telefone celular, número que dobrou de 2011 pra cá.

O que isso significa?

Houve uma mudança no “status quo” digital. A predominância de websites como alicerces do marketing está sendo contestada pelo crescimento do mobile.

A migração dos consumidores em direção aos tablets e smartphones exige uma mudança na forma como as marcas se relacionam com seus consumidores. É hora de adotar uma nova mentalidade: mobile-first.

Adotar o não significa só estar presente no ambiente mobile. Significa pensar estrategicamente sobre isso e enxergar como as funcionalidades que o mobile proporciona podem realçar as qualidades do seu produto, serviço ou a experiência do usuário.

Nos próximos parágrafos nós vamos discutir brevemente sobre como essa nova mentalidade pode impactar algumas das áreas mais importantes para qualquer negócio que queira se estabelecer como uma referência em mobilidade. Então prepare o papel e a caneta e faça suas anotações!

Usabilidade

Como adaptar seu conteúdo para a telinha do celular?

Se existem dois termos que estão presentes em quase todas das discussões sobre estratégias móveis são: Design adaptativo e Design responsivo. Ambas nomeiam métodos utilizados para otimizar o conteúdo da web para o mobile e são o fruto de dúvidas de todos aqueles que querem adaptar-se às tendências de consumo de conteúdo atuais. Mas a pergunta que fica é: qual deles é o melhor?

A Froot, uma empresa de design especializada em mobile, criou uma série de GIFs para traduzir algumas das diferenças entre o web design responsivo e o adaptativo.

Nesse caso a resposta é simples: depende. As perguntas que devem ser feitas são outras, como:

  • Qual deles atende melhor minhas necessidades, orçamento e objetivos?
  • Quais são as vantagens de cada um?
  • Com isso em mãos podemos dar um panorama geral.

Design Responsivo: Ele é mais barato e leva menos tempo para ser implementado, já que não é preciso criar um site novo. O conteúdo e a url sempre serão iguais aos da versão para desktop, a atualização é muito mais fácil, já que estamos falando do mesmo site adaptado para telas diferentes. Mas, por alterar apenas o layout e não o conteúdo ou os elementos gráficos, ele também é mais lento, principalmente quando o usuário não está conectado à uma rede WiFi, o que geralmente é um pesadelo em questões de tráfego e conversão. E, além disso, ele não leva em conta o comportamento do usuário em diferentes dispositivos, que são essencialmente diferentes.

Exemplo do comportamento de um design responsivo em diferentes tamanhos de telas

Design adaptativo: Uma das vantagens de seguir com essa opção é a facilidade de aproveitar o código escrito para criar um aplicativo nativo, o que por outro lado significa custos mais altos e um tempo maior de desenvolvimento. Outra reclamação frequente é em relação à dificuldade de atualização, uma vez que serão versões diferentes de um mesmo sites para cada dispotivo. Em oposição ao design responsivo, ao produzir um site adaptativo os designers podem levar em conta o comportamento dos usuários no mobile, incorporando ações e gestos personalizados para cada experiência. Outro ponto importante é a velocidade, o processamento e carregamento das páginas pode ser reduzido ao mínimo em comparação ao design responsivo, já que todos os elementos do site para desktop que podem tornar a navegação lenta podem ser retirados ou repensados.

Ilustração de um design adaptativo.

Mas e em relação ao SEO? Como saber qual das duas opções afetará mais minha estratégia?

SEO (Search Engine Optimization)

Como manter a relevância no mobile?

Em dezembro do ano passado o Google reconheceu que sites que não são adaptados à experiência mobile frustam os usuários e, como forma de bonificar empresas que tem a preocupação de garantir uma experiência adaptada ao canal, foi criado um rótulo “” que pode garantir posições de destaque nos resultados de busca móvel.

Em discussões recentes, muitos trouxeram à tona as diretrizes de desenvolvimento do Google, assumindo que a recomendação feita por eles é de que os sites sejam feitos levando em conta o design responsivo e ponto final. O que é preciso entender é que nem sempre a melhor solução para o desenvolvedor será a melhor ou a mais apropriada para o seu negócio. Além disso, a recomendação de desenvolvimento sugerida pelo Google não significa uma preferência quando se trata dos resultados de busca.

Na verdade, o Google reconhece que um site inteiramente responsivo pode não ser a melhor solução para todos os casos. Olhando os guidelines de desenvolvimento podemos encontrar uma citação que esclarece isso:

Compreendemos que em muitas situações, o uso do design responsivo pode não ser possível ou apropriado. Por esse motivo apoiamos a criação de websites que fornecem conteúdos equivalentes usando HTML específicas para cada dispositivo. — Google Webmaster Central Blog

Ou seja, com suas recomendações o Google deixa claro que qualquer escolha de desenvolvimento é completamente viável, dependendo de como ela for aplicada. Essas recomendações foram escritas para a faixa mais ampla de webmasters — blogueiros e donos de sites pequenos — e, por isso, estão adaptadas para esse conjunto de usuários. O importante é saber que ao falar de SEO adaptado para o mercado mobile é preciso ter em mente três principais elementos: a experiência do usuário, a qualidade/relevância do conteúdo e a velocidade/performance do site, não importando qual seja o caminho escolhido.

Mobile-First

O que podemos tirar disso?

Com tudo isso dito, é fácil ver como a mentalidade do já está mudando o mundo digital. Essa é uma estratégia que não pode mais ser ignorada. Se você quiser desenhar a melhor experiência possível para seu usuário inevitavelmente você precisará colocar o mobile em primeiro plano.

Mas é bom dizer que não existe uma receita mágica para isso, vivemos em um mundo onde não existe solução nem resposta única para nada. É preciso considerar o contexto e o comportamento dos usuários sempre, a natureza da sua audiência é que vai determinar qual a melhor estratégia digital a ser seguida. À medida que novos dispositivos continuam surgindo no mercado é preciso se manter atualizado, procurando entender como os usuários reagem e se comportam nos mais variados contextos diante das inovações apresentadas. Portanto, continue acompanhando nossas postagens nas quais vamos comentar sobre esse e outros assuntos!

Você já colocou em prática o

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