UNICEF Portugal
3 min readNov 24, 2015

Mais de 500 milhões de crianças vivem em áreas onde as cheias são extremamente frequentes e 160 milhões em zonas de seca severa, o que as deixa altamente expostas ao impacte das alterações climáticas, segundo dados constam o novo relatório divulgado pela UNICEF O Impacto das alterações climáticas nas crianças”.

Consulte o relatório aqui. [Sumário Executivo disponível aqui.]

Dos 530 milhões de crianças que vivem nas zonas propensas a inundações, cerca de 300 milhões vivem em países onde mais de metade da população vive na pobreza — com menos de 3.10 dólares por dia. Daquelas que vivem em zonas de seca muito severa, 50 milhões encontram-se em países onde mais de metade da população vive na pobreza.

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“Os números por si só sublinham a urgência de actuarmos agora. As crianças de hoje são as menos responsáveis pelas alterações climáticas, mas elas, e os seus futuros filhos, são quem irá viver com as respectivas consequências. E, como muitas vezes acontece, são as comunidades desfavorecidas quem enfrenta a maior ameaça.” Anthony Lake, Director Executivo da UNICEF.

As alterações climáticas significam mais secas, cheias, vagas de calor e outras condições climatéricas severas. Estes eventos podem causar morte e devastação, e podem também contribuir para uma maior propagação das principais causas de morte de crianças, tais como a malnutrição, a malária e a diarreia. Esta situação pode criar um círculo vicioso: uma criança privada de água e saneamento adequados antes de uma crise será mais afectada por uma inundação, seca ou tempestade severa, terá menos probabilidades de recuperar depressa, e correrá um risco ainda maior perante uma crise subsequente.

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A grande maioria das crianças que vivem em zonas expostas a um risco extremamente elevado de cheias encontram-se na Ásia, e a maioria das que vivem em zonas propensas à seca encontram-se em África.

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Consulte aqui a página da UNICEF ‘Ambiente e Alterações climáticas’
The Digital Youth Mapping Project — disponível aqui.

Os líderes mundiais que vão reunir-se em Paris para a 21.ª conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas [COP21] — que decorrerá de 30 de Novembro a 11 de Dezembro — vão tentar alcançar um acordo sobre a redução de emissões de gases com efeito de estufa, uma medida que a maior parte dos especialistas afirmam ser crucial para limitar os aumentos de temperatura que são potencialmente catastróficos.

Sobre o Digital Youth Mapping Project (Projecto de Mapeamento Digital da Juventude): Este projecto permite aos jovens de todo o mundo participar com relatórios, fotos, vídeos, mensagens/testemunhos, mapeamento de riscos de desastres sobre questões climáticas ligadas à saúde, à degradação ambiental, e melhores práticas locais na resolução destes problemas. Muitos dos “mapeadores da Juventude Digital” vão participar na Conferência da Juventude (COY) em Paris para liderar oficinas interactivas sobre storytelling, rádio, social media, vídeo, foto e mapeamento.

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