Precisamos educar as crianças para educar a sociedade: conheça a nova campanha da UPWIT
A infância é o momento mais importante da construção de uma pessoa. As experiências com a família, com professores e professoras e com outros grupos sociais serão o molde para as opiniões que a criança irá formando sobre si. Acreditamos na importância de proporcionar às crianças ambientes e aprendizados iguais, sem discriminação de gênero, contribuindo para torná-las adultas mais justas praticando o respeito e a empatia.
Pensando nisso, a UPWIT está lançando a Campanha Coisa de Criança, uma campanha online que tem como propósito repensar a educação das crianças e adolescentes, de forma a oferecer oportunidades e aprendizados igualitários para todas as pessoas. Sabemos que os estereótipos de gênero são ruins não apenas para as mulheres, mas para os homens e, sobretudo, para as novas gerações que continuam sendo educadas da mesma forma há muitas décadas.
É muito comum a nossa sociedade determinar o que é coisa de menina e o que é coisa de menino, mas tal prática é injusta e limita as crianças, impedindo que elas se divirtam e descubram todas as possibilidades da infância. Todos os brinquedos, oportunidades e experiências devem ser coisas de crianças, sem distinção de gênero.
A campanha será composta por depoimentos de pessoas que estão fazendo suas partes por uma educação igualitária, em relatos pessoais e inspiradores, criando um movimento de conscientização e empatia nas redes sociais. Escolhemos o mês de outubro para realizá-la por ser o mês das crianças, reforçando o valor da educação igualitária para as crianças, homens e mulheres.
Precisamos de uma educação mais igualitária
Uma pesquisa desenvolvida pela Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) concluiu que as meninas — mesmo aquelas com alto desempenho escolar — tendem a ter baixa performance em comparação aos meninos quando são convidadas a pensar como cientistas, a exemplo de quando são convidadas a formular argumentos utilizando linguagem matemática ou interpretar fenômenos científicos.
Ainda de acordo com a pesquisa, os pais são mais propensos a esperar que seus filhos, em vez de suas filhas, trabalhem em um campo da ciência, tecnologia, engenharia ou matemática — mesmo quando seus meninos e meninas de 15 anos de idade apresentam o mesmo nível de desempenho em matemática. É a velha história de que “meninas brincam de boneca e meninos de videogame”. E se as crianças fossem estimuladas durante a infância da mesma forma? Provavelmente teríamos mais mulheres nos campos de exatas e mais homens em áreas consideradas “femininas”.
Precisamos educar as crianças para educar a sociedade, pois a perpetuação destes estereótipos reflete em uma opressão cultural e social cada vez mais difícil de ser sustentada por homens e mulheres. O homem não deve ser o “provedor” e a mulher não deve ser a “dona de casa” por imposição. Precisamos fazer nossa parte hoje para ter uma sociedade melhor no futuro.
Vem com a gente?
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