Quarto Doctor — Parte 1

Yoana Carmo
16 min readFeb 7, 2017

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*postado originalmente no blog https://blogdayoana.wordpress.com no dia 22 de julho de 2014.

“Well, of course I’m being childish! There’s no point being grown-up if you can’t be childish sometimes.” — 4th Doctor (Robots)

Aviso de SPOILERS!

O Quarto Doctor

Sempre me perguntava o porque de o 4th Doctor ser tão amado, aclamado e o favorito entre a maioria dos fãs de Doctor Who. Havia chegado o momento de descobrir, e assim que o 3th Doctor regenerou e as lágrimas de Sarah Jane secaram se iniciava uma era, que chega a ser á parte de qualquer outro Doctor já representado na série.

Quando desperta de sua regeneração o 4th Doctor é frenético, soltando quase que mil palavras por segundo, e com uma voz de arrepiar, que é de longe uma das marcas desse Doctor. Suas mãos também eram um personagem a parte, ele não mexia freneticamente, mas as usava constantemente como alguém que orquestra algo.

Se para as outras encarnações tínhamos termos pra definir (Grandfather, Cosmic Hobo, 007), a de Tom Baker poderia ser chamada de… Tom Baker? Fica claro, que o ator dá tudo de si e isso é literalmente. Ele entrega a própria personalidade ao Doctor, uma composição esplendida de fato.

Se o 4th Doctor é tão atraente, tão encantador, isso se deve a esperteza que Tom Baker teve ao compor cada faceta, cada detalhe dessa encarnação. Seu tom lúdico era tão forte, que quando começava a falar, parecia um contador de histórias, agarrando minha atenção.

As expressões, a voz (um importante componente, e que voz!), a aparência com seus cachos, seus olhos arregalados que de tão azuis pareciam ser da cor violeta, o sorriso aberto que as vezes dava medo, e sua altura.

Apesar de todos esses detalhes que tornam o 4th Doctor uma encarnação esplêndida, a primeiro momento me causou espanto. O espanto foi pela sua personalidade, que é muito forte e trouxe uma carga dramática gigantesca pra série. O 3th Doctor era um herói, um 007, diplomata, com uma voz aveludada que deixava qualquer um calmo, como se fosse uma canção de ninar.
Como falei anteriormente, a voz de Tom Baker é forte, ela trás um tom de gravidade a partir do momento em que se pronuncia, seja de modo engraçado, bravo, triste… e demorou alguns episódios pra mim poder digerir essas diferenças, nada que me impedisse de ama-lo.

Quando Tom Baker foi chamado para ser o 4th Doctor, estava trabalhando como carregador de tijolos em uma construção, isso se deve ao fato de os papeis estarem escassos na época. Antes disso ele abandonou a escola aos 15 anos para se tornar padre, abandonou a vida religiosa e serviu a Marinha Mercante.

Além de compor cada detalhe, e interpretar brilhantemente o 4th Doctor, Tom escolheu a scarf, que é o maior simbolo desse Doctor. Assim como modificou roteiros de episódios e improvisava (o que tornava cada detalhe mais especial) na hora de gravar. Teve grande contato com os fãs na época, pois a popularidade do 4th atingiu níveis inimagináveis, ele literalmente se tornou um ícone.
Excêntrico é talvez a palavra que defina melhor o 4th Doctor, ele desarmava qualquer inimigo, ou persona que encontrasse com um sorriso e aperto de mão. Nem sempre era o sorriso e aperto de mão que desarmava seus inimigos, a voz poderosa e forte levava qualquer personagem a ter absoluto respeito por ele, e muitas vezes medo.
Esse é mais um dos lados geniais do 4th Doctor, ele assusta, quando essa encarnação ficava brava, eu me sentava direito na cadeira. Ele não precisa de discursos, ou sair gritando “I’m the Doctor” “I’m a Time Lord” ele poderia falar qualquer coisa, e você imediatamente vai pensar “fodeu”.

Quando precisava se defender ou a qualquer pessoa e não tinha alternativas, chegou a lutar algumas vezes, e era um esplendido espadachim. O seu scarf (cachecol) é uma de suas melhores armas, servindo como corda, e até algema em algumas situações.

O figurino do 4th Doctor é uma mistura, as vezes usando dois casacos em cima de coletes, blusas de lã, eram camadas infinitas de roupas. Jamais abandonava qualquer adereço, constantemente com seu chapéu, e manobrando seu scarf ao redor do pescoço e corpo.
Era um desastrado nato, ele perdia desde os mais simples objetos, até companions, geralmente a Sarah Jane. Sempre caindo, quando dizia pra outros personagens tomarem cuidado, fazendo barulhos, quando tinha acabo de recriminar alguém por fazer.

Quando chegava a algum lugar (poderia ser qualquer lugar), ele pedia uma xícara de chá, comidas… e como gostava de comer! Acho que essa encarnação foi a que mais vi comer em Doctor Who até o momento.
E claro, porque não? Sempre carregando sacos de Jelly Baby em seus bolsos (ele disse algumas vezes que amava bolsos), o que me leva a pensar que tem um estoque gigante de Jelly Baby dentro da TARDIS.

É justamente essas balas que causam um dos momentos mais bonitos dessa encarnação, e que não vou esquecer tão cedo. No arco The Sunmakers, quando toda uma raça está sendo escravizada, e o Doctor é a esperança, um personagem enxerga as Jelly Baby, e tem momento de felicidade absoluto, por saber que aquilo representava o Doctor.

Como qualquer obra, seja ela uma série, filme, livro, Doctor Who era um retrato da sociedade, que naquela época vivia a Guerra Fria. Por essa influência o 4th Doctor liderou rebeliões, libertou populações, lutou contra opressores e opressão, em sua mais diversa forma. Era contra qualquer tipo de autoridade, ou dominação sobre raças e seres.
Por esse motivo que não aceitou continuar trabalhando na UNIT e literalmente viajou pelo espaço, retornando poucas vezes á Terra.
Mesmo sendo refugiado de seu planeta, o 4th Doctor ajudou sua raça, e chegou até a se tornar Lord President Of Gallifrey. Também diferente do 3th Doctor, não era acostumado a abraçar e ter momentos ternos, isso não quer dizer que não sentia tristeza quando se despedia de alguém importante… como Sarah Jane, que chamava constantemente de sua melhor amiga.

As frases mais marcantes do 4th Doctor são:Would you like a Jelly Baby? ou “Have a Jelly Baby” como forma de cumprimentar alguém, ou em momentos de tristeza e descontração.
Entre as outras estão “Who knows?” (mas as vezes essa pergunta era em forma de gesto, quando tocava o nariz), “Killing me isn’t going to help you. It isn’t going to do me much good either…“, “To the rational mind, nothing is inexplicable; only unexplained.“, “First things first, but not necessarily in that order.“, “Answers are easy. It’s asking the right questions which is hard.”, “It’s the end…but the moment has been prepared for….” e posso acrescentar também a forma como chamava a Sarah, porque a pronuncia do Tom era muito engraçada, então ficava algo como “Sérah” e claro, a frase que está no começo desse texto.

Companions

Sarah Jane Smith, a melhor amiga do Doctor (era assim que ele a chamava). Quando chegou a UNIT como uma jovem jornalista, Sarah Jane tinha coragem, bravura e inteligência. Sabia lutar pelo o que queria, mesmo não tendo muita experiência, e se jogou em uma aventura, conhecendo assim o Doctor.

Ainda como uma jovem presenciou a forte experiência de ver o 3th Doctor regenerar, e com lágrimas nos olhos o pediu para não morrer. Assim como eu, Sarah não sabia o que esperar daquele novo Doctor, que era um explosão, uma loucura, e ainda tendo esse espirito jovem, por querer descobrir, achar e se maravilhar, Sarah embarcou na aventura de viajar com o 4th Doctor.

Com um pouco mais de experiência, ela teve que aprender a entender e amar essa nova faceta do Doctor, que era desligada, aventureira, e principalmente tinha os mesmos anseios que ela, pois era um encarnação mais jovem. Em determinado momento, quando um personagem morre, Sarah questiona a frieza do 4th Doctor perante a uma vida perdida, ela que estava abalada, não conseguia entender como ele conseguia não se deixar afetar. Sarah era o amor, a amizade, os sentimentos que a excentricidade do 4th Doctor não demonstrava. Ela era INCRIVELMENTE humana…

E mesmo que se ligasse cada vez mais ao Doctor, ela não deixava sua forte personalidade de lado, sempre buscando investigar, enfrentar perigos e questionar (até o próprio Doctor), tomando a frente das situações, lutando e como sempre falo… sofrendo!
Sarah é uma das companions que mais sofreu, desde hipnoses, torturas, prisão, possessão e até QUASE ter partes do corpo tiradas. Não era de menos que seu psicológico estava afetado quando chegou ao final de suas aventuras com o 4th Doctor.

Com Sarah Jane, a série não era mais “o Doctor e uma companion” era “O Doctor e Sarah Jane Smith”, o amor por essa personagem cresceu entre os fãs, a ponto dela ser tão importante quanto o Doctor, a TARDIS e qualquer elemento que a série carregava consigo.
A triste saída de Sarah Jane ocorre no arco The Hand of Fear, em certo momento Sarah fica irrita porque o Doctor nunca a escuta (e nesse momento ele não está mesmo escutando ela, distraído como era, estava concertando a TARDIS). Triste ela fala

Oh, I must be mad. I’m sick of being cold and wet, and hypnotised left right and centre. I’m sick of being shot at, savaged by bug-eyed monsters, never knowing if I’m coming or going or been. Oh, I want a bath. I want my hair washed. I just want to feel human again… Oh, and boy am I sick of that sonic screwdriver! I’m going to pack my goodies and I’m going home. I said, I’m going to pack my goodies and I am going home!

Ela sai pra recolher todos os pertences que tinha dentro da TARDIS. Enquanto isso, o Doctor recebe uma ligação urgente de GallifreyAfter all this time, Gallifrey. I can’t take Sarah to Gallifrey. Must get her back home“.

E aqui entram as teorias… na verdade não sei se posso chamar de teorias, mas elas existem. O Doctor diz que não pode levar a Sarah pra Gallifrey porque lá não são permitido humanos (porém Jamie e Zoe estiveram lá, assim como futuramente Leela e Tegan, Nyssa com o 5th).

Existem aqueles que dizem que o 4th não quis levar Sarah para Gallifrey por causa dos Time Lords, mas também aqueles que dizem que o Doctor (após escutar tudo que a Sarah falou) resolveu levar ela pra casa, pois ela estava se distanciando cada vez mais de sua vida e família.

O Doctor conta que ela vai ter que voltar para a Terra, ela fica triste e diz que tudo o que falou não era verdade. A cena é muito bonita e emocionante, e é latente o quanto aqueles dois adores, Tom Baker e Elisabeth Sladen, deram de si para seus personagens e para aquela amizade crescer e se tornar inesquecível. Inclusive, quem escreveu a cena de despedida dos personagens foi Tom Baker e Elisabeth Sladen, e ninguém na produção de Doctor Who ousou modificar. chorando rios de choros

Leela (Leelandredloomsagwinaechegesima), ou a Selvagem, como muitas vezes o Doctor se referiu.
Leela entrou na série no arco The Face of Evil, e estava programada pra participar de apenas mais dois arcos, mas a personagem ganhou carisma e participou de uma temporada completa com o Doctor.

As primeiras impressões são as que ficam: Leela era uma guerreira, sabia lutar, caçar e se defender (com uma faca que carregava e não tinha medo de usar), tinha um coração bom e inocente, e instantaneamente confiou no Doctor.
Pra mim, a Leela é uma das companions mais interessante que já passou pela série, principalmente porque ela e o 4th Doctor se entediam, eles não sofreram grandes complicações pra se relacionar. A forma de pensar dos dois era a prática e extremamente parecida.
Leela não era domesticável, e nem domada, não importava as ações que o Doctor tomasse, ela não gostava de usar vestidos (como quando visitaram a era Vitoriana em Londres), era simples, e tratava a todos como iguais.

A atriz, Louise Jameson não aceitava que os escritores colocassem Leela na posição de uma mulher indefesa e muito menos que gritasse o tempo todo, só aceitou tomar tal ação, quando achou necessário no arco The Talons of Weng-Chiang.
Leela é considerada uma das companions mais violenta da série, ela chegou a matar, e usava constantemente da força física e de sua faca pra se defender. E foram nesses momentos que ela e o Doctor tiveram grandes conflitos. Era também uma boa articuladora, muito mais que o Doctor… eu costumo dizer que Leela e K9 juntos poderiam começar ou acabar com qualquer guerra.

Rendeu momentos muito engraçados, quando tentava defender o Doctor e o mesmo não aceitava. No começo o Doctor ficava ofendido, e fica a pergunta se era por ela ser mulher, ou por ela ser desconfiada e achar que ele precisava de atenção e cuidado o tempo todo.

De fato, ele era um desastrado, e Leela sabia proteger ele. Quando se acostumou com esse lato guerreiro de Leela, Doctor não se importava quando ela tomava a frente nas situações, e o defendia.
Ela tinha até um lado “místico”, e pressentia coisas ruins que iriam acontecer (e realmente aconteciam, a série não deu nenhuma explicação sobre isso). Como sempre, o 4th não aceitou esse lado dela, e sempre descartava quando ela falava “o que sentia”, mas mais uma vez ele passou a respeitar esse lado dela, e a escutar.
Quando já estava familiarizada com o Doctor, Leela começou a aprender as mais diversas coisas, e chegava a argumentar com o Doctor sobre termos científicos, inclusive sabendo se comunicar com o K9 e se afeiçoar ao amigo canino.

O que mais me incomodava era a personagem ter usar roupas curtas e de pele, achava que isso iria só afirmar um esteriótipo da personagem selvagem, e de fato teria se a personagem não tivesse sido bem escrita, trabalhada e interpretada pela Louise Jameson.
Leela era muito maior do que roupas e esteriótipos, ela se provou uma verdadeira mulher, ela era uma Braveheart.

A única tristeza que fica, é sua saída precoce, a personagem tinha muito mais a mostrar, e sua química com o 4th Doctor era sensacional. Mais triste ainda, é o fato de Leela sair da companhia do Doctor, porque se “apaixonou” pelo personagem Andred, que era da Chancellery Guard de Gallifrey. A situação apresentada não condizia com a personalidade de Leela e com todas as atitudes, e evolução que tinha apresentado. Ela permaneceu em Gallifrey, junto com K9 Mark I e se casou com Andred.

Romana (Romanadvoratrelundar)

Romana I: Foi enviada pelo The White Guardian para ajudar o 4th Doctor localizar e reunir os seguimentos da Key to Time.

Sua primeira encarnação foi interpretada por Mary Tamm, ela era bonita e elegante o suficiente para o 4th Doctor notar isso (ele que não ligava para aparências).
Acima de tudo, Romana I era uma Time Lady, e essa é a primeira vez que temos a oportunidade de conhecer uma. Por ter se formado recentemente na Time Lord Academy Romana é muito inteligente, apesar de não ter experiência.

Como estava relutante em aceitar a nova companheira, o Doctor fica constantemente irritado quando Romana demonstra suas habilidades, conseguindo pilotar a TARDIS e mexer nos controles da nave.

Romana não estava acostumada com o universo fora de Gallifrey, e demorou a compreender o Doctor e sua personalidade, assim como entender como era a vida em outros planetas.

Com o passar do tempo ela começou a interagir melhor com os mais diversos personagens e mostrar apreço pelo Doctor, e sua vontade por aventura. Quando o papel de Romana (como companion) foi oferecido a Mary Tamm, ela inicialmente não queria aceitar, pois achava que o papel estava ligado a “donzelas em perigo”, teve a garantia dos produtores que a personagem não seria assim.

Mas quando Romana começou a se distanciar do que tinham prometido, Mary decidiu deixar o programa após uma temporada. Ela se ofereceu para filmar uma cena de regeneração, mas os produtores não aceitaram. Quem entrava no papel de Romana II era Lalla Ward, que havia participado da série no último arco (The Armageddon Factor) da busca pela Key to Time como Princesa Astra.

A explicação por ser parecida com a Princesa, é que Romana havia gostado da aparência dela e por isso se regenerou com suas feições. A regeneração foi uma opção dela não é mostrada, ela também acontece algumas vezes, chegando a mudar de aparência três vezes, até retornar a da Princesa Astra.

Eu não gosto do começo da Romana II e posso explicar porque: A Romana I foi tirada de contexto num momento crucial, ela já estava estabelecida como personagem, sua personalidade forte era extremamente legal e engraçada (da forma que era), e ainda estava em processo de transformação, porque começou a se libertar das “amarras de Gallifrey”.

Quando ela regenera, e assume a aparência da Princesa Astra (ela NÃO É A PRINCESA, vale ressaltar, só pra deixar claro, só assume sua aparência), ela quase que fica sem personalidade, e até sem voz nos primeiros arcos.
Existiam momentos em que personagens secundários dos episódios tinham mais participação, atenção e personalidade do que ela. O arco City of Death começou a mudar isso (ainda que lentamente), e depois disso o carisma da personagem começou a crescer.

Romana II voltou a apresentar os traços de personalidade forte e determinada que tinha. Inclusive superou sua encarnação anterior, ao interagir melhor com o Doctor, e mostrar sua inteligência de forma mais ampla.
Isso geralmente acontecia, porque ela chegou a pilotar a TARDIS tanto quanto o Doctor, e assim como Leela, criou afeição pelo K9 Mark II.

Romana II encontrou o ritmo perfeito no final da 17 temporada e depois disso se tornou uma personagem muito querida por mim. A independência que ela conquistou ao viajar com o Doctor, a fez não querer retornar para Gallifrey. Assumindo os mesmos conceitos de liberdade que o Doctor, Romana optou por ficar no E-Space (explicarei na segunda parte do texto), e ajudar os Tharils, junto dela ficou K9 Mark II, e o 4th continuou a viajar com Adric.

Harry Sullivan era um Tenente cirurgião da Marinha Real, contratado pela UNIT. Ele aparece pela primeira vez quando Brigadier Lethbridge-Stewart o chama pra cuidar do 4th Doctor logo após a regeneração.
Quando o arco Robot acaba, Harry começa a viajar com o Doctor e Sarah Jane, e participa de um momento muito importante para a série, no arco Genesis of the Daleks. Em seu início Harry era amedrontado, e aparentava ser um jovem de família rica, perto do Doctor teve que driblar seus medos e enfrentar coisas que não acreditava.
De fato, ele nem mesmo acreditava que o Doctor podia viajar no tempo. Apesar do pouco tempo na série — já que escolheu permanecer na Terra no arco Terror of the Zygons — Harry apresentou uma mudança interessante, e se afeiçoou muito a Sarah Jane e o Doctor.
Teve seus momentos de coragem e grandiosidade, só gostaria que a série tivesse mostrado um pouco mais do que aconteceu com ele.

Brigadier Lethbridge-Stewart e a UNIT (isso inclui Benton e outros membros) infelizmente tiveram poucas aparições na era do 4th Doctor. Estas foram no arco Robot, e Terror of the Zygons aonde o Doctor retorna a Terra por causa de um chamado do Brigadier.
Como citei no perfil do 4th Doctor, ele não gostava de autoridade, e principalmente de ficar preso em um lugar só, e decidiu que não voltaria a ficar na Terra pra trabalhar na UNIT. Mas em diversos momentos Brigadier e a UNIT são citados, principalmente no arco The Android Invasion.
A relação do 4th Doctor com Brigadier é bem mais amigável do que sua encarnação anterior (o 3th e o Brig viviam brigando e se amando, como gosto de falar), o Doctor continua excêntrico deixando o Brigadier sem paciência, e as poucas cenas entre os dois me tiraram risadas. É uma pena que Brigadier e a UNIT apreçam pouco, acredito que teria sido interessante ver, senti muitas saudades de todos.

Adric é um garoto do planeta Alzarius (que pertence ao E-space), e conheceu o 4th Doctor e a Romana no arco Full Circle.

Ele passa a viajar com os dois, quando Romana os deixa no arco Warriors’ Gate, ele e o Doctor passam a viajar sozinhos. Adric tem excelência em matemática, e por isso carrega um distintivo em formato de estrela. Apresenta uma personalidade bastante imatura, pois é novo, e seu irmão mais velho havia acabado de morrer. O Doctor é um guia para Adric, que mesmo com intenções boas, tomava atitudes erradas e precipitadas.
Adric se afeiçoa bastante ao Doctor e fica até o fim da era do 4th presenciando sua regeneração (e depois continua viajando com o 5th).

Nyssa uma princesa de Traken que conhece Doctor e Adric no arco The Keeper of Traken, aonde Master retorna em uma nova regeneração. Quando o arco termina, Nyssa não parte com os dois, mas reaparece no arco final do 4th, Logopolis e continua a viajar com o 5th.

Tegan Jovanka uma aeromoça australiana, que entra na TARDIS, pensando ser uma cabine policial, se perde nos corredores e viaja por engano com 4th e Adric pra Logopolis. Também participa da regeneração do 4th e continua a viajar com o 5th Doctor.

Como a era do 4th Doctor é grande, e é composta por muitos personagens e histórias, resolvi separar em duas partes. Nessa primeiro texto resolvi falar do 4th, sua personalidade e composição pelo Tom Baker, assim como de seus companions.

Espero que tenha gostado desse texto, e se quiser saber sobre as histórias, vilões, inovações, regeneração e minha opinião final sobre o 4th Doctor CLIQUE AQUI PARA LER SEGUNDA PARTE

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