Parte 1 - Como criar um fio condutor e artefatos que ajudem organizações a criarem suas comunidades internamente?

Mercedes
GabrielaMercedes
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4 min readJul 12, 2020
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Se você é um Community Manager ou uma pessoa curiosa e quer entender como um CM pode ter etapas e ferramentas que ajudem a construir uma comunidade dentro de uma organização, esse post é para você :) Irei dividir ele em duas postagens, neste falarei sobre como construir esse fio condutor e no próximo sobre a criação dos artefatos visuais :)

Eu sou uma pessoa movida por etapas claras e ferramentas visuais de todo e qualquer trabalho que costumo realizar. Isso é algo que o autoconhecimento nos ajuda muito. E o meu papel de Community Manager não era tão claro, até por que na época, existiam pouquíssimos materiais que me mostrassem alguma luz no fim do túnel.

A experiência na prática e o papo com outros líderes de comunidade foi que geraram insights e aprendizados importantes para chegar ao processo que aplico hoje, principalmente com foco organizacional. Vamos Começar?

A sua estratégia de Construtor/Gerente de Comunidade muda dependendo do foco

A primeira coisa que precisamos entender é que a maneira como lido e gerencio comunidades de startups, por exemplo, e/ou outro tipo de comunidade, fora do eixo organizacional, é diferente de como lido e construo estratégias para uma comunidade de marca.

E outro posicionamento que muda também é quando lido com comunidades offline e internamente, com foco ali nos colaboradores de quando meu foco precisa ser uma criação/gerenciamento de uma comunidade com olho para o externo, clientes e na marca daquela empresa.

Por isso a primeira coisa é entender muito bem o foco do nosso Sponsor e de alguma maneira desenhar um fluxo de trabalho que faça sentido e que caminhe para alcançar o objetivo ali da nossa fonte de financiamento.

Crie um fluxo replicável

Não tem condição de criar um modelo para cada cliente que iremos lidar né amados? haha Então é hora de criar uma espécie de esqueleto e colocar no papel o seu trabalho! Não tem como não falar que o espaço que gerencio hoje é meu grande laboratório de testes, hahaha, a prática me ajudou muito, sem dúvida alguma. E na real? É só assim que você entende. Mas enfim, eu comecei a desenhar a maneira que eu trabalhava assim:

Primeiro fluxo do que eu fazia e que tinha sentido para mim

E aí com o tempo, foi ganhando mais corpo e foi tendo uma visão de amigos, claro. Karol Borges e meu CEO João Silva, me ajudaram a organizar o que seriam essas etapas, e assim foi indo:

Etapas criadas com base no fluxo

Esse fluxo replicável nada mais é que o fio condutor de todo o seu trabalho. Isso precisa não só estar claro, mas estar alinhado com a motivação do Sponsor. No meu caso, o modelo replicável que eu criei é focado em organizações que desejam despertar a comunidade internamente, com seus colaboradores, e consequentemente, conseguir construir a comunidade externa. Eu não tenho expertise em Brand, por exemplo, comunidades online para mim ainda é um processo de descoberta, então eu deixo isso bem claro.

Sobre o meu fio condutor:

  1. Mapeamento de perfil: Formulários, pesquisas, observações e conversas 1:1 para entender quem são as pessoas dessa organização. Responda a pergunta: Quem são os membros dessa comunidade que estou buscando ressurgir? Quais suas motivações, sonhos e hobbies? Levante dados para termos nosso ponto de partida. Essa pesquisa vale para líderes, sponsor e a própria comunidade externa.
  2. Convergindo os perfis: Após coleta e análise desses dados levantados no ponto 1, eu busco sempre convergir para um desafio único. Esse será o meu ponto de partida antes de planejar a comunidade.
  3. Planejamento da comunidade: Aqui foi onde criei o que falei no título desse post, os chamados artefatos, mas falarei sobre essa etapa no próximo post ;)
  4. Comunicação e engajamento: Hora de definir todos os canais de comunicação do que será essa comunidade. Lembrando, todo esse processo é feito por um squad da comunidade que definimos antes mesmo da primeira etapa de mapeamento de perfil.
  5. Monitoramento e Resultados: Como mediremos o progresso da nossa comunidade? Quais ferramentas usaremos? Aqui muito baseado no resultado do nosso planejamento.

Talvez esse meu processo já seja até parecido com o seu. Quem sabe você curta compartilhar comigo também? Fique a vontade. Aqui tá bem por cima porque o foco é você perceber a importância de se ter esse processo bem documentado. Dentro de cada ponto desse eu uso as ferramentas visuais. A etapa que mais adoro é a de pesquisa. Descobrir pessoas e seus sonhos movem qualquer trabalho. E garantir que os sonhos dos membros estejam alinhados com o propósito da empresa é o nosso maior desafio. Nos próximos posts irei trazer exemplos que apliquei para você conseguir ter um exemplo real aplicado. Até o próximo post e sua continuação. Beijosssss :* Espero você lá ein?

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Mercedes
GabrielaMercedes

-Ai Gabi, só quem viveu sabe-. Chegue mais, pegue um café e vamos conversar ?