UI e UX são para todos!
Não deixe de aplicar boas práticas por não ser uma grande empresa ou um produto reconhecido
Sempre fico de olho no resumo semanal de “ocorrências em resultados de pesquisa” no meu perfil do LinkedIn. Vejo a lista, entro na página e também visito o site das empresas em busca de informações.
Ocorre que dia desses entrei num site de uma consultoria/recrutamento e fui surpreendido por um estrondoso audio institucional da empresa. Nada contra, é uma forma de “vender o peixe”, afinal.
O problema é que o site não apresentava ao usuário qualquer forma de controle do áudio que estava tocando, um player para poder pausar, nada!
E é esse o ponto. O usuário foi deixado de lado, comprometendo o resto da navegação no site. A partir daí tive três opções: fechar a página, desligar o som da aba ou desligar o som do sistema inteiro.
E é aí que entram as boas práticas em se desenvolver algo. Não deveria ser responsabilidade do usuário mas sim da interface em que ele está, prover as interações necessárias para a navegação.
Não é à toa que grandes pesquisadores da área se debruçaram sobre o tema para buscar melhores formas de se construir interfaces e de torná-las amigáveis para os usuários, além de úteis, claro.
Jakob Nielsen, num de seus 10 princípios sobre usabilidade de interfaces do usuário, Visibilidade do status do sistema, define que:
“O sistema deve sempre manter os usuários informados sobre o que está acontecendo, através de feedback apropriado dentro de um prazo razoável.”
E uma ideia, que cai como uma luva para esse caso que encontrei, é um dos princípios encontrados no livro de Ben Shneiderman, chamado Designing the User Interface, onde ele expõe que “Os usuários devem ser os iniciadores das ações, e não os respondentes.”
“É importante dar controle e liberdade a seus usuários para que eles sintam que são responsáveis pelo sistema, e não o contrário. Evite surpresas, interrupções ou qualquer coisa que não tenha sido solicitada pelos usuários.”
Esses princípios e outros, abordados por ambos os autores, são uma espécie de guia que devemos levar em conta na hora de criar interfaces. São essas boas práticas descritas nesses guias que fazem com que não se negligencie o usuário e sim, o traga pra dentro da sua experiência.
Aplicar esse conhecimento na construção da UI e UX do seu produto digital, seja um site, um app ou um sistema web, independe do tamanho do seu negócio. Você pode estar perdendo usuários não estar levando em conta esses detalhes importantes.
Lembrando que você é responsável pela imersão do usuário dentro do seu produto digital, torná-la agradável é um passo muito importante para conquistar muitos outros.
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