A variante Bolsonaro
Manaus já tinha mais de 60% da população infectada em outubro, quando surgiu a variante P-1. Um belo campo de treinamento para uma mutação que permitiu reinfecções.
É o que ocorre quando se atinge a tal "imunidade de rebanho" que o Bolsoasno defende.
Estudos iniciais mostram que com maior carga viral, a P-1 é de 1,4 a 2 vezes mais transmissível. Escapa da imunidade prévia entre 25 e 61 por cento dos casos. O risco de morte aumenta de 10 a 80 por cento.
Em outras palavras: é um vírus mais transmissível; que infecta quem já teve; e que mata mais quem ele infecta. Pega jovens com maior intensidade também.
Sobre as vacinas, com base no que ocorreu com a variação da África do Sul, o que se espera é que a variante P-1 consiga infectar os vacinados mais do que o coronavírus "convencional" infecta; mas que os vacinados infectados não precisem de internação ou UTI. À confirmar.
Antes que algum espertalhão venha aqui pra soltar a groselha, com algo do tipo "ah, mas a vacina pode ser driblada também", lembro que vacina não deixa sequela. Quem lambeu corrimão achando que "estaria livre" e não morreu, ganhou sequelas e uma nova chance de morrer.
Pronto, xenófobos de plantão: temos um vírus para chamar de nosso. O mundo todo está preocupado com o "vírus brasileiro".
Aliás, deveríamos chamar de Vírus Bolsonaro. Afinal, é o maior aliado do vírus no mundo.
Links para os estudos na última live do Átila.