[UX] Como Abordar Wicked Problems
Traduzindo para o português poderíamos chamar de problemas cabeludos ou problemas capciosos. Um exemplo de wicked problem é a saúde pública no Brasil: não é possível identificar exatamente qual o problema ou encontrar uma única solução que resolva tudo. Mas como diferenciar um problema complexo de um wicked problem?
O que define um wicked problem?
O termo wicked problem foi formulado em 1973 pelos teóricos Horst Rittel e Melvin Webber para definir problemas extremamente complexos, de escala e escopo indeterminados.
Características dos wicked problems que os diferenciam dos tame problems ou problemas determinados:
- As causas do problema não são apenas complexas, mas profundamente ambíguas;
- O problema não se encaixa bem em nenhuma categoria conhecida;
- Cada tentativa de encontrar uma solução muda a compreensão do problema;
- Não há uma regra clara sobre quando parar; é difícil dizer quando o problema está “resolvido” e como será a solução depois de se chegar a ela;
- Não existem soluções definitivas.
Podemos dizer que wicked problems são problemas do mundo real
que admitem a complexa interdependência de diversos fatores
e stakeholders, ao invés de abstrações simplistas e lineares de causa
e efeito que isolam o produto de design do contexto.
A seguir algumas características que, segundo os autores, ajudam a definir um wicked problem:
Como trabalhar com wicked problems?
Como estamos lidando com um wicked problem precisamos quebrar o problema em muitas partes e escolher uma delas para solucionar. Uma abordagem possível é combinar o pensamento sistêmico (systems thinking) com metodologias ágeis. O pensamento sistêmico nos ajuda a entender os componentes de um problema e a relação entre eles, enquanto a metodologia ágil ajuda a desenvolver soluções de forma colaborativa e iterativa. Novos problemas exigem um pensamento inovador, e ideias inovadoras surgem através de novas perspectivas.
Trabalhando com um wicked problem na prática:
Bibliografia
Facing Complexity: Wicked Design Problems — Daniel Christian Wahl
Dilemmas in a General Theory of Planning — Rittel and Webber