Você comunicador, já ouviu falar de Vieses do Inconsciente?
Ele influencia o seu comportamento o tempo todo e você nem percebe.
A primeira vez que eu ouvi falar de Vieses do Inconsciente foi no Fórum dos Princípios de Empoderamento da Mulher em 2017, evento promovido pela ONU Mulheres. Foi em uma palestra da PWC e depois do Santander, eles estavam treinando seu empregados para perceber os “vieses do inconsciente”.
Mas, o que seria isso?
Viés do Inconsciente é o preconceito que existe em cada um de nós e que nós nem sabemos que está lá. É aquele julgamento que passa despercebido, mas está enraizado na sociedade. Nosso “bom” e velho estereótipo.
Uma campanha do Estado do Paraná de 2016, pode nos mostrar com mais clareza como funciona. Veja aqui.
O caso desta campanha foi focado no racismo, mas muitos outros estereótipos estão dentro de nós e a gente não percebe, e é claro que isso afeta nossas ações como comunicadores. A Bia Bonani da Saatchi&Saatchi, fala nesse vídeo o que nós temos a ver com isso.
Trago esse assunto porque é muito importante que a gente assuma nossos vieses e estejamos atentos, com uma postura mais ativa para fugir deles.
Afinal, nós podemos quebrar ou reforçar preconceitos e assim impactamos no mundo e nos resultados das nossas empresas.
É preciso lembrar que não estamos vendendo ou nos relacionando somente com pessoas que pensam igual a nós. Além disso, podemos evitar crises de imagem, já que o consumidor está cada vez mais consciente e exigindo que as marcas se posicionem corretamente.
Você sabia que existe uma Aliança Mundial pelo não Estereótipo na publicidade? (www.unstereotypealliance.org)
“A Unesteotype Alliance é uma plataforma de pensamento e ação que usa a publicidade como uma força para impulsionar mudanças positivas. Procura erradicar os estereótipos sexistas e prejudiciais. A aliança está focada em empoderar as mulheres em toda a sua diversidade (raça, classe, idade, capacidade, etnia, religião, sexualidade, linguagem, educação, etc.) e abordar masculinidades prejudiciais para ajudar a criar um mundo com mais equidade de gênero.”
Em maio de 2018, durante a Global Marketing Week, em Tóquio, a WFA — World Federation of Advertisers, lançou um guia para auxiliar as marcas a garantirem que seus anúncios reflitam uma retratação mais responsável de ambos os sexos: O Guia para a Retratação Responsável na Publicidade: o caso de anúncios não estereotipados. Em julho deste ano a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) apresentou ao mercado brasileiro esse guia. Confira aqui.
Você pode concordar ou não, que existem “vieses do inconsciente”, mas pode ter certeza que as grandes empresas estão atentas a isso, criando comitês de diversidade e desenvolvendo ações afirmativas para a equidade. Elas sabem que isso produz um impacto positivo nos resultados corporativos.
Ou você entra nessa onda, ou vai ficar de fora do mercado.
#ficadica
Bjs e até a próxima,
Aline.
