Goldman Sachs: 5 perguntas sobre crypto que você deveria saber as respostas

Allex Ferreira
3 min readAug 10, 2017

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Em recente relatório divulgado pela analista de criptomoedas do Goldman Sachs, Sheba Jafari, o banco de investimento criou uma breve seção de perguntas e respostas para elucidar os investidores tradicionais sobre aspectos e conceitos importantes que giram em torno das criptomoedas. Vejamos abaixo o que o banco disse:

Perguntas frequentes:

1) Criptomoeda é “moeda” ou “commodity”?

Depende a quem você perguntar. A complexidade existe porque as criptomoedas têm atributos relativos a uma moeda (por exemplo, oferecem confiabilidade como um meio de troca) e a uma commodity (por exemplo, sua escassez inerente). A classificação das criptomoedas varia de acordo com o país, o governo e até mesmo a aplicação. Nos Estados Unidos, o IRS (“Internal Revenue Service”, o equivalente à Receita Federal norte-americana) determinou que moeda digital não tem status legal em qualquer jurisdição. Para efeitos fiscais, o IRS trata a moeda digital como sendo “propriedade”.

2) Quão grande é o mercado de criptomoedas?

Quase US$120 bilhões. O bitcoin ainda é o maior e corresponde por quase 50% de todo valor de mercado.

Existem atualmente mais de 800 criptomoedas disponíveis, embora apenas nove delas possuam valor de mercado acima de US$ 1 bilhão.

Embora o seu crescimento tenha sido impressionante, o valor de mercado agregado das criptomoedas equivale a menos de 2% do valor de todo o ouro extraído no mundo.

3) O que é Ethereum?

Em primeiro lugar, uma plataforma. Em segundo lugar, uma criptomoeda. O Ethereum difere principalmente do bitcoin no que diz respeito a ser uma criptomoeda. Enquanto o bitcoin foi programado para ser uma alternativa ao “dinheiro real”, o Ethereum caracteriza-se mais por ser uma plataforma programada para rodar qualquer aplicação descentralizada e automaticamente executar “contratos inteligentes” quando certas condições são atingidas. O Ethereum oferece uma moeda digital como o bitcoin — chamada ether — mas isto é apenas um componente da sua habilidade de executar contratos inteligentes e é principalmente utilizado para facilitar e recompensar o uso de sua rede. Contudo, o crescimento do Ethereum não veio sem solavancos, incluindo o roubo de algo em torno de US$ 60 milhões devido ao hack do “The DAO”, uma organização descentralizada que tinha como missão investir em start-ups cujos projetos eram baseados na rede do Ethereum, mas que devido ao problema não está mais operando atualmente.

4) Como alguém negocia criptomoedas nos Estados Unidos?

Por meio de corretoras digitais, aquisições em larga escala e (em breve) derivativos.
Os investidores individuais podem negociar moedas digitais em várias corretoras online. Os traders institucionais permaneceram em grande parte fora do mercado de criptomoeda devido ao seu tamanho relativamente pequeno, estrutura de mandatos e volatilidade, mas negociações em grandes quantidades existem para facilitar a execução de ordens maiores. Além disso, derivativos de bitcoin existem e são negociados em corretoras offshore. Futuros e opções podem também em breve chegar aos Estados Unidos. No dia 2 de agosto de 2017, a CBOE (Corretora de Opções de Chicago) chegou a um acordo com a Gemini Trust Co para permitir a liquidação em dinheiro de instrumentos futuros de bitcoin a partir do último trimestre de 2017 ou início do próximo ano.

5) O que é uma Initial Coin Offering (ICO)?

Resumindo: é levantar recursos por meio de uma venda de tokens. A quantidade de dinheiro financiando ICOs cresceu exponencialmente e a velocidade pela qual os fundos são levantados por meio de um white paper (artigo técnico) e um navegador de Internet fizeram soar os alarmes de entidades, como a SEC (o equivalente à CVM, nos Estados Unidos) e o Banco do Povo da China. De acordo com a Coin Schedule, os ICOs levantaram US$ 1,25 bilhão neste ano, ultrapassando o financiamento global de capital de risco para a Internet nos meses recentes.

tradução: Milton Leal

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