A influência de Luís XIV na moda, arte e sociedade.

Amanda Mitie Shigematsu
14 min readJun 1, 2020

O texto procura entender a sociedade da corte do rei Luís XIV na França entre os séculos XVII e XVIII, e relacionar esse modo de vida considerado por eles de civilizado, e usado como um instrumento de poder e prestígio, que influenciou a moda, a estética, as artes e os costumes das pessoas de sua época.

Luís XIV nasceu no dia 05 de Setembro de 1683, e era filho do rei Luís XIII e Ana da Áustria. Seu pai morreu quando ele tinha 4 anos e sua mãe torna-se sua regente, porém o poder do Estado ficou nas mãos do seu primeiro-ministro, o cardeal Giuliano Mazarin.

Aos 13 anos, Luís assume o trono, embora apenas começasse a reinar efetivamente aos 24 anos, após a morte de seu primeiro-ministro. Casou–se com Maria Teresa d’Áustria, filha de Felipe IV da Espanha, para selar um laço de amizade com os Hasburgos, além de outros interesses políticos no qual o matrimônio representava uma relação de poder.

Luís XIV, conhecido como “Rei Sol”, seu reinado foi o mais longo da história da França e durou 72 anos, seu governo era absolutista, porém isso não significava que ele governasse sozinho, pois possuía conselheiros que o auxiliava na tomada de decisão. Luís se cercou dos mais habilidosos administradores, e um dos mais importantes foi Jean Baptiste Colert.

Luís foi responsável por várias reformas tributárias e com o pagamento regular de impostos conseguiu reorganizar o exército nacional dando maior poder bélico, fortaleceu o comércio interno principalmente a indústria têxtil e do vestuário, aumentou as frotas de navios destinados ao comércio externo, e adotou uma política imperialista na tentativa de expandir seu poder, para isso, ao longo de seu reinado entrou em guerra com os Países baixos espanhóis (Guerra da Devolução), Holanda (Guerra Holandesa), Espanha (Guerra de Sucessão Espanhola) e outros países da Europa pela região do rio Reno que atravessa a Europa (Guerra dos Nove anos).

Este período também ficou conhecido como a idade de ouro da cultura francesa, Colbert foi responsável pela abertura de várias academias de artes, ciências, pintura e escultura, e monopolizou o ensino com a proibição dos ateliês livres na França. Além disso, financiou pintores, escultores, músicos, escritores e arquitetos que realizaram obras magníficas para a exaltação da imagem do rei.

A arte assim como a moda são instrumentos de manifestação do homem e têm em suas produções uma submissão ao Estado neste período. Os conceitos utilizados para se apreciar e produzir a arte e a cultura estavam ligados ao contexto histórico e social, e essas ideias apesar de estarem fortemente ligadas à política, teologia e a moral foram importantes para o processo de autonomia da estética e da arte.

Não há neste período uma definição exata da “Arte” como uma unidade, principalmente por seu uso ainda estar relacionado às atividades manuais dos artesões. A palavra era escrita no plural e sempre acompanhada de um adjetivo que definia a sua especialidade (artes-liberais ou artes-mecânicas), e eram conhecidas por “belas-artes”.

Marc Jimenez define o século de Luís XIV, período clássico da arte, como um “laboratório de ideias” que permitiu a crítica e o discurso estético na metade do século XVIII. Há também uma mudança de habitus da sociedade que favoreceu a valorização das artes, e que não é atribuída à natureza ou razão humana, mas sim a incorporação das condições sociais às pratica individuais, onde a sociedade da corte e seu modo de vida corroboram com os pensamentos de Descartes e a percepção do “sujeito como dono, até mesmo criador, de suas representações”, um individualismo que buscava cada vez mais a valorização do artista como “gênio” possuidor de um dom divino e o homem como possuidor de afetos que determinam o sentimento diante da arte.

A filosofia de Descarte, apesar de não pertencer à filosofia da estética influenciou o pensamento da época, e quando ele disse “penso, logo existo”, dá ao homem uma autonomia. Sua teoria do sistema cartesiano e o sistema circulatório do sangue possibilitou a distinção entre o corpo e a alma, do material e imaterial, da percepção do sujeito que através do livre arbítrio se torna o mediador entre a razão lógica e o sentimento empírico, e dono de suas experiências estéticas. Ele também acreditava que a cultura, o costume, a tradição e a história de um povo influenciavam nos pensamentos do homem.

Para relacionar as questões sociais com a filosofia é preciso entender a sociedade da corte que possuía um modo de vida onde o rei era quem ditava a moda. Montaigne definia a moda como sendo uma combinação do gosto dos franceses com a autoridade por eles admirada. A moda vem de modus do latim e significa modo ou maneira, e normalmente está associado ao costume ou comportamento adotado por um indivíduo evidenciando a sua identidade e o grupo ao qual pertence, um meio de auto reconhecimento. E segundo Flávia Zambon Tronca “a moda era a representação da coletividade e também um modo de afirmar a individualidade.”, ou seja, uma relação de alteridade. Ela é uma ferramenta de leitura social que nos revela as relações humanas e suas mudanças, no qual o comportamento converge com as produções e representações do homem, e assim como as artes plásticas possui uma estética simbólica de mimésis.

A sociedade da corte organizava-se por meio da hierarquia e tinha como moeda a economia das mercês em que o título era considerado mais valioso que a riqueza acumulada, e o rei concedia títulos a nobreza como presente em reconhecimento pelos serviços prestado. Essa elite de raízes medievais se mostraram fiéis por meio da espada, mas com o surgimento do exército nacional o mecanismo para se obter título mudou e ganhou um novo significado em que a disputa saiu do campo de batalha entre armas e passou para um o campo comportamental em que as relações sociais nos rituais de cerimônias, a etiqueta cheia de códigos e a aparência luxuosa era uma forma de continuar no poder, e abrir novas oportunidades para se obter cargos públicos e títulos de nobreza mais altos.

A tradição familiar também era muito importante, pois era usada como uma forma de reconhecimento dentro da sociedade que valorizava a origem nobre e a hierarquia de cada família dentro da corte.

No início do Período Moderno a economia era estacionária em que cada um ocupava o seu lugar e deveria consumir de acordo com sua posição social, no qual a roupa assim como sua moradia e bens revelavam o status, e era reforçada pelas leis suntuárias. Ao longo do século, a França começou a crescer e os centros urbanos a se desenvolver, com isso a burguesia que viviam do trabalho no comércio (não da terra), e alguns exerciam cargos públicos, passaram a adquirir mais poder aquisitivo a ponto de se igualar aos grandes nobres aristocratas proprietários de terra, e essa classe social almejava sua ascensão imitando o modo de vida dos nobres, casando-se com nobres, comprando títulos, e rompendo com as leis suntuárias estabelecidas para conter o mimetismo social.

A nobreza para se diferenciar buscou desenvolver mecanismos de diferenciação social através do modo civilizado de ser e agir, era uma renovação composta por uma linguagem corporal e visual para o reconhecimento de seu grupo. A civilidade é a evolução e refinamento dos modos, e é indissociável da moral, religião, política e economia compunham a vida em sociedade, a civilização, ao contrário da palavra cultura que tem origem no latim da palavra culturae e significa cultivar, fazendo uma analogia do cultivo das plantas com o cultivo das capacidades intelectuais do homem. E kultur no alemão, é associado aos atos intelectuais, artísticos e religiosos e eram dissociados dos atos políticos, econômicos e sociais. Por isso a palavra cultura não se aplicava nesta época para determinar a sociedade da corte.

Para se portar como um nobre a educação era essencial e começava muito cedo com o auxílio dos manuais de comportamento chamados de espelhos de príncipe que eram usados nesta prática pedagógica como o De Pureris escrito em 1530 por Erasmo de Roterdã, um filósofo humanista do Renascimento. O homem cortês deve ser discreto e educado, sempre agir com prudência e moderação, dominar a arte da diplomacia e seu modo de vida deveria refletir sua grandeza.

A ética e a moral na retórica de Erasmo dizia que a civilidades determinava a conduta e a decência civil, e a roupa era “o corpo do corpo, e dela pôde-se inferir o estado da alma de um homem”, ou seja, era o reflexo e extensão do homem. A roupa tem um significado muito importante dentro do modo de vida da corte, e para se diferenciar buscavam constantemente novas formas de se vestir que eram imitadas rapidamente pelas classes inferiores, criando um fenômeno dentro da moda, o efêmero.

O rei Luís XIV determinou que a moda devesse mudar duas vezes ao ano de acordo com o clima das estações, e este ciclo favoreceu o comércio interno têxtil e do vestuário contribuindo com o fortalecimento econômico onde mais de um terço dos trabalhadores estavam empregados nesses setores, e ao mesmo tempo, foi um mecanismo importante para a sobrevivência da moda.

Era o rei que ditava a moda, e Montaigne a definia como sendo uma combinação do gosto dos franceses com a autoridade por eles admirada. A moda vem de modus do latim e significa modo ou maneira, e normalmente está associado ao costume ou comportamento adotado por um indivíduo evidenciando a sua identidade e o grupo ao qual pertence, um meio de auto-reconhecimento. “A moda era a representação da coletividade e também um modo de afirmar a individualidade.”, ou seja, uma relação de alteridade. Ela é uma ferramenta de leitura social importante para entender as práticas da sociedade deste período, pois nos revela as relações humanas e suas mudanças, no qual o comportamento converge com as produções e representações do homem, e assim como as artes plásticas possui uma estética simbólica de mimesis.

Daniel Roche descreve a roupa como uma produção humana de seu tempo, e refletem o modo de vida. O uso dos materiais eram elementos da “civilização cortesã”, em que cada tipo de tecido, cores, ornamentos e formas tinham um significado que representava uma classe/grupo social, e em alguns casos, certos trajes somente eram usados para cerimônias específicas. Alguns exemplos desta prática estão presentes nos uniformes dos regimentos militares, juízes e frades.

Não bastava aparentar nobre, era preciso agir e viver como tal, por isso a estética das roupas, a forma de agir assim como suas moradias eram considerada uma extensão simbólica desse modo de vida. Alguns elementos poderiam ser copiados facilmente pelas classes mais baixas por isso, era necessário esse conjunto de elementos combinados de forma equilibrada.

A residência de Luís XIV e de toda a aristocracia que vivia no palácio, onde cada família possuía o seu espaço de acordo com a sua honra, era o palácio de Versalhes que foi construído em 1664 e ficou conhecida por toda a Europa pela sua arquitetura de extrema luxuosidade, e se transformou em modelo a ser seguido.

As belas-artes eram uma das formas de expressão do homem civilizado, as cerimônias, os bailes e espetáculos teatrais tinham por finalidade fortalecer os laços entre os súditos e o rei, era um ponto de encontro da aristocracia e ao mesmo tempo um constante teste de civilidade onde a vida na corte se tornava uma armadilha para os que apenas fingiam ser nobre.

As cerimônias, os bailes e espetáculos tinham por finalidade fortalecer os laços entre os súditos e o rei, e ao mesmo tempo um constante teste de civilidade no qual a vida na corte se tornava uma armadilha para os que apenas fingiam ser nobre, pois a convivência diária exigia uma teatralização constante, e até mesmo as refeições em conjunto possuía uma etiqueta em que era preciso dominar os talheres e os gestos à mesa, em uma sociedade onde as classes inferiores ainda comiam com as mãos.

O teatro francês barroco feito por Moliére, mestre do teatro, e Lully, mestre da música, trabalharam em parceria na criação de espetáculos para a corte e exaltação do rei. Suas peças resgataram características da commedia dell’arte, uma mistura de teatro e balé, e teve como protagonista o Luís XIV, sua fama de “Rei Sol” foi devido a sua atuação na peça com o papel de astro maior, o Sol.

A pintura e a escultura possuíam várias finalidades como a função histórica de celebrar um acontecimento importante, simbólica para a glorificação do monarca e de Deus, e também de embelezar. A pintura era a principal arte da corte e tinha Le Brun como o pintor principal eleito por Colbert para registrar os grandes atos do rei e de seu reino.

As formas artísticas eram instrumento do Estado que buscava manter a ordem, a estabilidade, e a legitimação de seu poder adquirido pelo direito divino através da doutrinação do gosto, do belo e do imaginário popular. Nesta época ainda não existia o conceito claro sobre “propaganda “e muito menos de “opinião pública”, mas já havia uma percepção da importância da imagem, e Luís XIV se apropriou de elementos visuais e através de obras de artes como estátuas, pinturas, ilustrações, medalhas e edificações que se tornaram instrumentos importantes para criar uma imagem grandiosa do rei, e dominar o imaginário das pessoas. A experiência de ver em um período onde existiam muitos analfabetos era essencial e a imagem deveria “saltar aos olhos” e transmitir uma mensagem.

A imagem também era muito importante dentro do mecanismo de mimeses na moda, pois a burguesia ao ver a forma como os nobres se vestiam poderiam copiá-los. E a popularização e valorização das artes provocaram ao mesmo tempo o crescimento do questionamento da relação entre a razão e a sensibilidade, da percepção e o julgamento. A partir de 1680 há um enfraquecimento dos modelos clássicos, e uma querela dos Antigos e Modernos que culminou em uma profunda mudança de mentalidade.

O escritor Jean- Baptiste Du Bos foi um representante da doutrina clássica, porém possuía ideias modernas, uma nova estética que privilegiava o sentimento do sujeito e o gênio criador. Seu ponto de vista crítico adotou uma perspectiva de espectador e tem como ponto principal a natureza do prazer estético e dos efeitos que a obra de arte produz. Esses sentimentos são responsáveis por unir a reflexão e a imaginação, que fazem parte da composição da obra, com o modo de recepção, criando-se assim mecanismos importantes que mais tarde serão conhecidos como a crítica da arte.

Suas críticas à arte da pintura e da poesia que corroborava com a produção artística da época, e representava a ideia de como os quadros e gravuras, assim como as poesias e romances deveriam retratar a aparência de um nobre. Ele defende que a obra deve possuir harmonia em sua composição poética, entre a estética e a mensagem transmitida, além disso, a verossimilhança deve ser respeitada e se aproximando ao máximo de sua natureza.

Em seu livro “Reflexões críticas sobre a poesia e a pintura”, ele defendia que ambas deveriam possuir harmonia em sua composição poética, entre a estética e a mensagem transmitida, além disso, a verossimilhança deve ser respeitada e se aproximando ao máximo da criação de Deus. O belo estava ligado à harmonia da natureza, onde o artista devia ser capaz de exaltar a beleza de forma sublime, o ato retratado devia conter uma veracidade na história e transmitir uma ideia que seja fácil de entender até mesmo entre as classes mais baixas, condenado as representações simbólicas de seres mitológicos utilizados pelos pintores de forma exagerada e sem clareza.

A valorização dos sentidos ligados ao prazer nos permite perceber a relação da percepção com a razão, e que elas são complementares. Horácio, um poeta da Roma Antiga e adepto das ideias epicuristas, em sua obra “A arte poética”, diz “Que aquilo que inventamos para proporcionar prazer seja em tudo próximo da verdade; temamos tudo que a fábula exija que se acredite em tudo o que ela quer”. Para Du Bos a pintura é feita para surpreender, tocar a alma e provocar prazer.

Outro elemento responsável pela “democratização do gosto” era a produção de livros (romances) e periódicos sobre o vestuário entre os séculos XVII e XVIII. Os textos começaram com reflexões a respeito dos costumes e inicialmente voltados aos aristocratas, profissionais de alto nível e artistas. Havia um grande debate sobre o supérfluo e o exagero na indumentária que buscava denunciar a corrupção dos costumes pela burguesia, e nos romance eram temas de sátiras, pois um nobre possuía o equilíbrio exato nas formas de se vestir e agir, onde “a roupa se adequava a necessidade, posição e recursos” ao contrário dos burgueses. Quando os autores referiam-se a moda e aos produtos visando o seu consumo, havia uma preocupação não tanto em apenas vender, mas de contextualizá-lo em um estilo de vida enraizado em questões sociais e existenciais.

O jornalismo feminino e o papel da mulher cresceram entre os autores, e algumas usavam pseudônimos masculinos na busca por espaço, e outras utilizavam seus próprios nomes para encorajar as mulheres a se expressarem.

A primeira revista de moda, o Mercure Galant, criada por Colbert e Doneau de Visé em 1672, era publicado uma vez ao mês. Seu conteúdo era principalmente voltado à moda, com instruções de como se vestir e agir, mostrando a importância da vida na corte, diferentemente dos outros periódicos da época. E foi importante por ser o precursor que contribuiu para moldar gostos e costumes dessas práticas, apesar de seu acesso restrito somente as pessoas com dinheiro, isso não significa que as suas informações não circulassem na sociedade.

A mudança de linguagem dos poemas e tragédias em versos para os romances em prosas, também contribuiu para facilitar as formas de expressões e a “democratização dos gostos” no qual o Mercure Galant também foi importante. As publicações de seus textos eram em formatos de cartas dirigidas a uma senhora da província, e nela havia confidenciais, relatos detalhados e até mesmo reprodução de diálogos que estabelecia uma relação mais íntima entre o autor e o leitor. Em suas edições também trazia os romances, no qual o autor ao descrever de forma minuciosa as roupas, gestos e costumes, fazendo uma ligação do real ao imaginário dos que não tinham acesso a corte.

Em suas publicações a imagem ainda não era muito utilizada, ao todo foram apenas 12 imagens de moda no século XVII, mas foi importante, pois iniciou o uso de imagens acompanhadas de textos com a descrição.

No final do século XVII, com a popularização dos romances e imagens de moda que combinavam as informações através dos textos e das práticas descritas o vestuário e a cultura da corte se tornam de fácil acesso, combinada com a visualização das imagens detalhadas permitiu alcançar um público variado, até mesmo os que não eram capazes de ler, e isso possibilita uma análise do imaginário coletivo da época dentro dos limites historiográficos.

A moda neste período se torna um fenômeno social que se relacionava com o modo de vida da corte, por meio da popularização do comportamento e práticas os periódicos e os romances possuíram um papel importante neste processo, pois foram responsáveis pelo fortalecimento de um estilo de vida que ganhou autonomia das cortes e se disseminou pela sociedade posteriormente, tornando se uma cultura que sobrevive através do mecanismo do mimetismo, a Moda. Também foi responsável pelo fortalecimento das artes que aos poucos ganhou autonomia das academias de artes, e se disseminaram pela sociedade possibilitando o surgimento da filosofia da estética.

O reino de Luís XIV entrou em declínio por ter se envolvido em muitas guerras na tentativa de expandir seu reino, onde adquiriu muitas dívidas. O rei morreu em 1de Setembro de 1715 de gangrena, deixando o trono para seu bisneto, que foi proclamado de Luís XV. Seu legado na sociedade não se limitou apenas aos feitos históricos, mas um estilo de vida no qual ao longo do tempo ganhou autonomia e mecanismos próprios, sendo ressignificado pela burguesia em um mundo capitalista.

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