Ortografia, sim!

Sou o tipo de consumidora que desanima quando nota falta de zelo em textos, tanto em produtos digitais quanto nos físicos. Claro, trabalho com comunicação e sou redatora, mas ainda que não fosse minha área de atuação, eu pensaria da mesma forma. Simplesmente porque a redação é parte crucial de uma boa experiência.

Para mim, saber falar e escrever o português corretamente não é privilégio de quem trabalha escrevendo e/ou revisando. Todos os profissionais que tiveram acesso à informação precisam ter cuidado com a escrita — e a fala, conhecendo as regras básicas ortográficas para se comunicar de forma precisa e coerente. Sabemos bem que uma vírgula fora do lugar pode mudar completamente o sentido de uma frase, né?!

Contudo, o óbvio ululante precisa ser dito: é ainda mais obrigatório, para quem escreve para um produto ou serviço, seja qual for, ter domínio da gramática.

É verdade que português é difícil à beça. E, na minha opinião, nem é preciso saber de cor todas as classificações das orações para escrever bem. Mas saber pontuação, acentuação, semântica e sintaxe é essencial. Jornalistas, copywriters, webwriters e UX Writers, independentemente do ofício, essa habilidade deveria ser intrínseca. Mas não é. Muitas vezes, é um grande diferencial (ufa!).

O tanto que se vê por aí de mistura de pessoas do discurso… Geralmente usamos “você” como interlocutor. É um pronome de tratamento que, embora corresponda à segunda pessoa do discurso, os verbos são conjugados na terceira pessoa.

Sendo assim, não podemos usar o pronome pessoal oblíquo átono “te” se estamos falando com “você”. Por exemplo: vamos te presentear com um vinho, não, vamos presentear você (para não usar gênero) com um vinho.

Sem contar os erros de concordância verbal e nominal, alguns de digitação, eu sei, mas ainda assim erros. A meu ver, a regrinha de ouro para uma boa escrita é atenção máxima ao detalhe. Preocupem-se com a ortografia, gente. Ao sermos criteriosos com a gramática exemplar, além do tom de voz adequado das marcas, todos só têm a ganhar.