“Observe a Sua Vida Pessoal” Tenzin Wangyal Rinpoche
“Você se sente à vontade consigo mesmo?
Um modo de refletir sobre isso é observar com que frequência você precisa distrair-se.
Você preenche o seu tempo livre na internet, enviando mensagens, assistindo televisão, ou tirando um cochilo?
Você consegue dar uma caminhada, deitar-se na praia, ou dar uma volta de carro, sem ouvir música ou falar no celular?
Reflita sobre a última vez que você esteve com um estranho. Na ocasião, talvez você tenha observado uma leve sensação de inquietação, aperto ou desconforto no corpo ou na respiração. Se você sente essa mesma falta de conforto quando está sozinho, talvez seja porque você não se conheça verdadeiramente e, portanto, sinta-se desconfortável ao ficar sozinho consigo mesmo.
Conheço uma mulher que está sempre realizando tarefas e cuidando do seu filho jovem, mas nunca tira um tempo para si. Mesmo quando o seu filho sai e ela fica livre para fazer qualquer coisa que queira, ela sente que tem que colocar em dia o trabalho da casa. Seu lar poderia ser uma fonte de alimento e cura para ela, mas, como muitas pessoas, ela acha difícil ficar quieta, mesmo na própria casa. É como se os nossos pratos estivessem dizendo “Limpem-me!”. E, então, nós mudamos esta xícara daqui para lá e aquele prato de lá para cá.
Pergunte-se como você se sente quando está sozinho.
Você se sente confortável, conectado e renovado na quietude, no silêncio e na espaçosidade?
Ou você se sente inquieto e apático?
Talvez você tenha uma autoimagem negativa e raramente encontre um espaço reconfortante dentro de si mesmo.
Reconhecer o seu desconforto consigo mesmo é o primeiro passo no processo de cura.”
Copiado do livro “A Verdadeira Fonte da Cura — Como a antiga prática tibetana de resgate da alma pode transformar e enriquecer a sua vida”, Capítulo 1: Olhando a Sua Vida de Perto, Páginas 31 e 32.
