Retrospectiva

Olhando para atrás olho para frente

Andréa Korps
2 min readDec 7, 2016

Avaliação. Balanço. Resumo. Para o título deste texto pensei em várias palavras. Resenha. Síntese. Inventário. Computo. Apanhado… Entretanto foi ‘retrospectiva’ que me preencheu com uma sensação de adequação. Estou olhando para este ano de 2016 — que já acaba — me sentindo realizada. Durante a caminhada senti medos, raivas, tristezas e alegrias. Quantas dúvidas, perguntas, silêncios, ansiedades e vazios me acompanharam nestes 12 meses! Parecia, por vezes, que o que desejava não viria. Parecia que nem conseguia fazer um bom planejamento para que viesse. Parecia que tudo ficaria dentro de mim, sem sair e ver a luz do mundo.

Escolhi então uma e outra vez, agir, experimentar, renovar, praticar, inovar, conversar, aplicar, expandir, perceber, ouvir, expressar, compreender, reaprender, conscientizar, escrever, trocar, colocar novas lentes.

Deu certo. Estou aqui agradecida por tudo. Por cada derrota e cada vitória. E quero continuar escolhendo assim, me esforçando para agir com sabedoria. Quero viver. Muito.

Terei mais dúvidas, mais incertezas, mais medos? Claro. Sentirei raivas? Com certeza. Mas o importante enquanto caminhamos nesta vida é aprender a apertar o botão do desejo legítimo. Não apertar mais os botões que ativam aquelas coisas que queremos deixar para atrás. Desejos legítimos. Expectativas equilibradas. Sei que isso me ajudará a seguir viva.

Faça retrospectivas quantas vezes forem necessárias. Em qualquer momento do ano. Não espere dezembro. Faça retrospectivas para cada papel que exerce na vida, dentro de cada grupo que participa. E depois comece a escrever novos capítulos na tua história.

Lembra do pote de agradecimento? Será que não é hora de abri-lo? Talvez seja hora de começar a exercitar a gratidão. Talvez seja hora de parar de escrever, fazer uma retrospectiva e agradecer.

O essencial neste momento, e sempre, é escolhermos apertar o botão daquilo que realmente precisamos para seguir em frente. Pensa nisso.

Quando penso no futuro, quero desde lá olhar para o passado e, inspirada no Cat Stevens, poder dizer — Olhe pra mim, estou velha, mas sou feliz!

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