Facebook como centro de conteúdo

ariana luz
4 min readApr 9, 2015

e agências/social medias acomodados de forma errada.

O Facebook não é a ÚNICA solução.

Posso dizer que trabalho com essa tal de internet há quatro anos. Comecei numa época que fazer STREAMING por Twitcam era uma coisa extremamente inovadora. Acho que por ter uma bagagem grande trabalhando em agências, clientes e freelas há tanto tempo, posso falar com propriedade sobre o assunto.

Neste textão eu digo que sim, eu gosto de Facebook. Fiz uma monografia focada na rede e minha opinião é de que: sim, ela funciona. Porém o que muita gente esqueceu nesse último ano é que ele não é a única solução para sua campanha online. Seu público não está dentro de uma cúpula, em um computador com apenas uma aba aberta, exclusivamente nesta rede social.

Na minha visão, o atual público que consome internet é ágil, interativo e o principal: multiplataforma.

O Facebook não é a única rede social existente no mundo. Acho uma ofensa quem pega todo um planejamento de um cliente legal e vai lá focar TUDO no Facebook — aquela rede em que o alcance orgânico já está bem baixo. O que me deixa mais agoniada é que muitas pessoas nem pensam em pesquisar o público e qual rede está sendo usada por eles.

O cliente vai lá, pega uma grana alta (já que todos sabem que não é barato) e investe em você/na sua agência para fazer a comunicação digital dele. Você pensa que o Facebook é famoso e, por lógica, a campanha vai fazer mais sucesso lá. Seu cliente fica feliz e todo mundo fica bem. Desculpa jogar esse balde de água fria, querido leitor, mas não é bem assim que funciona — infelizmente.

Quando seu chefe te passa o job de planejar uma campanha de digital, você começa errado pensando que Facebook é a solução para tudo. Vou contar para vocês que existe, sim, uma fórmula para isso. E ela se chama

CONHEÇA SEU PÚBLICO!

Opções diferentes em redes famosas (e que, curiosamente, quase ninguém usa ).

Já pararam para pensar que os adolescentes estão "saindo" do Facebook e optando por redes com mais privacidade? Snapchat e Whatsapp estão aí para provar para todos que se eles não quiserem ver anúncio, conteúdo chato — ou até mesmo ter os pais enchendo o saco — eles VÃO e PODEM escolher pra onde quer ir. Tem uma situação que ilustra bem isso:

Eu sou uma assídua frequentadora de transporte público na minha cidade. Geralmente estou dividindo bancos e o balanço do buzão com adolescentes em fases de histeria crônica e tias mais coroas indo trabalhar. Todos, sem exceções, estão com seus respectivos smartophones nas mãos. Enquanto as tias sobem desesperadamente o feed de notícias do Facebook — esperando aquela mensagem de bom dia, ou aquela marcação na foto do churrasco, a galerinha do barulho está EN.LOU.QUE.CI.DA rindo dos snaps que recebe.

Pouquíssimas marcas conseguem fazer campanhas incríveis em redes de nicho, atingindo exatemente o público e criando engagamento. Por isso, nunca esqueça de uma coisa:

Pensar com a cabeça do seu público, por mais que dê trabalho, é MUITO útil!

Há algum tempo eu perdi esperanças de trabalhar em agências na minha cidade. Apenas uma conquistou meu coração e é a que eu trabalho atualmente. A grande maioria das agências locais, definitivamente, não sabe o que estão fazendo. É uma mistura de donos de agências que querem vender digital pelo simples motivo de "dá dinheiro" e, do outro lado, profissionais que não estão se especializando para fazer um trabalho bom.

A profissão de social media acabou virando algo como: "vida boa de pessoas que ganham dinheiro só postando no Facebook". E mesmo que só postar no Facebook fosse a única função de um social media, alguns não conseguem.

Acho que isso daria outro textão, mas minha visão de social media é uma pessoa que consegue pensar em estratégias para ações em diferentes plataformas. E o principal: conseguir fazer com que o cliente entenda isso.

Ano passado fui em um evento de marketing digital que me deixou muito decepcionada. Apenas um palestrante, um ex professor meu da faculdade, falou uma coisa que eu uso como lema em todas as estratégias que penso:

Você prefere morar de aluguel ou ter sua casa própria?

O Facebook é como uma casa alugada, em que você precisa pagar para atingir o público certo. Montando uma estratégia com conteúdo bom, autoral e nas plataformas em que seu público está, por mais clichê que seja, é o correto.

Agora é deixar a preguiça de lado e aplicar tudo isso corretamente.

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