São Paulo abriga o 1° Museu Aberto de Arte de Rua do Mundo

São Paulo hospeda o Museu Aberto de Arte Urbana que reúne mais de 60 obras dos principais grafiteiros da cidade

Arte, Cultura e Estética
3 min readNov 22, 2018

Por Lucas Bomfim / 1° Semestre de Jornalismo — RA:21080328

Foto da “entrada” do Museu Aberto de Arte Urbana

Localizado na Av. Cruzeiro do Sul mais especificamente nas 33 pilastras do trecho elevado das estações Portuguesa-Tietê, Santana e Carandiru da Linha 1 do metrô, encontra-se O Museu Aberto de Arte Urbana (MAAU) uma referência artística para todos os grafiteiros.

Tudo começou em abril de 2011 quando Binho Ribeiro , Chivitz e mais 10 artistas foram detidos após estarem grafitando e espalhando sua arte pelas pilastras e muros da Zona Norte sem autorização. Após o ocorrido, os dois grafiteiros apresentaram um projeto para a Secretaria de Estado da Cultura, ao presidente do Metrô e à diretora da SP-Urbanismo de transformar aquele espaço cinza e sujo, em um museu de arte de rua, com o objetivo de revitalizar o local, proporcionar e incentivar a arte à população. E em setembro do mesmo ano, o projeto foi aprovado e teve parcerias com o Metrô, a Secretaria de Estado da Cultura, Paço das Artes e a Galeria Choque Cultural. Inclusive foi a Secretaria de Estado da Cultura quem cedeu todo o material para que o projeto saísse do papel.

As 33 pilastras que compõem o 1° museu aberto de arte de rua do Brasil e do mundo foram transformadas em 66 obras expostas feitas por mais de 50 artistas, entre eles nomes de peso para o grafite nacional como Crânio, Tinho, Presto, Onesto, Minhau, Feik, Enivo, Magrela, Zn Lovers Crew. O tema das obras varia entre natureza, vida urbana e periferia, porem vale mencionar que as exposições são renovadas anualmente.

Obra da Minhau referente ao tema periferia

O museu, historicamente falando, é de suma importância para a arte de rua em si pois ele se situa no berço do grafite paulistano. Ele chama atenção por sua simplicidade e por ser de fácil acesso a população já que além de estar localizada em baixo de estações de metrô em uma avenida movimentada, há também uma ciclovia ao lado. Ou seja, você pode ver todas as obras a pé, andando de bicicleta ou passando pelo local de carro. Das duas vezes que fui, pude sentir o quão “fácil acesso” esse museu realmente é, pois, saindo da estação Portuguesa-Tiete já logo dei de cara com o início do museu. Me senti obrigado a ir até o fim dele, mas nem me importei já que estava tão encantado e engajado com a exposição e também porque a caminhada que fazemos do início até o fim do museu é simples e não cansa nem um pouco. Uma outra curiosidade interessante sobre a galeria é que a noite, alguns trechos da galeria servem para abrigar moradores de rua.

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Arte, Cultura e Estética

Conteúdos desenvolvidos por alunos da Universidade Anhembi Morumbi para a disciplina de Arte, Cultura e Estética, sob orientação da professora Nara Lya Cabral.