Stanford, San Francisco e infinitos aprendizados

De San Francisco a Palo Alto, da Product School a Stanford, o que mais me marcou nesses 3 meses.

Arthur Castro
5 min readJun 7, 2016
ahhhhhhhh San Francisco!

Já se foram 3 meses de bastante aprendizado por aqui. Seja nos cursos, nos eventos, nos asilos, é incrível ver como detalhes fazem toda a diferença e que compartilhar conhecimento é o que faz com que você aprenda cada dia mais. E no resumão de hoje temos alguns highlights e cases do Facebook, Uber, Vivino, Calm e alguns outros. It's time!

How to deploy features like Facebook

“Fail Early, fail often. But fail internally” — Jason Mark, FastCo

O pessoal da Apptimize (um serviço para testes A/B voltando para mobile) compartilhou umas informações bem interessantes sobre o processo de Deploy do Facebook.

A primeira coisa foi sobre o processo interno de testes. Os próprios funcionários são os primeiros a receber a primeira versão de qualquer app e também acabam simulando algumas situações de como usuários ao redor do mundo utilizam os apps do Tio Zuck.(você já deve ter lido sobre a "2G Tuesdays" que simula uma internet bem ruim como em algumas partes do mundo)

  • Strategic Rollouts: Após a 'validação' interna, as features começam a ser liberadas aos poucos. Estratégicamente e baseado em diversos fatores (não preciso nem falar quantas vezes você ficou se perguntando porque a timeline do seu amigo era diferente da sua). O Live Photos por exemplo, começou apenas com usuários de iPhone no Reino Unido e na Califórnia.
  • Conditional Logic: Da mesma maneira que libera aos poucos baseado em N variáveis, o Facebook também consegue bloquear features baseado em critérios e condições. Um caso bem famoso foi que umas funcionalidades não apareciam quando o usuário tava conectado na rede dentro do prédio do TechCrunch!
  • Toggles: Para não depender da Apple e do Google (mesmo que a Apple agora tenha diminuído bastante o prazo de review dos apps) o Facebook prepare tudo isso no backend com uma espécie de chave para ligar e desligar, conhecida como Toggle. Ou seja, caso alguma funcionalidade ou algum teste não saia como previsto ou alguma coisa esteja bem errada, eles simplesmente "viram a chave" e o usuário não vê mais as alterações.

#bonus1: Tem um webinar com o conteúdo aqui embaixo =)

Building a worldwide drive platform with Uber

“As a PM you need that team trust in you”

Mais uma palestra das quartas da Product School, dessa vez com um dos primeiros engenheiros do Uber.

A linha do tempo do Uber
  • O problema da internacionalização: Não é apenas replicar. Cada país tem suas particularidades, leis e desafios culturais (Na Índia por exemplo os usuários podem pagar o Uber com dinheiro). Ou seja, quando você pensa em ser global, prepare para ser 'localmente' global;
  • Sobre todo o time 'estar no mesmo barco': O Uber tem Product Managers para diversas coisas (onboarding, mobile releases, motoristas…). E isso se dá muito por conta do foco. Ter certeza que o responsável por cada uma dessas 'areas' está focado em resolver um problema, e todo o time está envolvido na busca pela solução;
  • Data-Driven: Por que fazer a feature X e não a Y? Sem números ou justificativas baseadas em pesquisas, features ficam no backlog. O mesmo vale para os testes.

Data-Driven Retention Hacks

"Your goal when user access for the first time, is provide value to second"

A Appsflyer (Ferramenta de App-events tracking e atribuição) organizou um evento que teve a participação de Alex Tew, CEO do Calm (app de meditação), Brant Cebulla, Marketing Manager na Vivino (app de reconhecimento e indicações de vinho), Justin Bauer, Head of Product da Amplitude (ferramenta de analytics, segmentação e machine learning) e Armando Osuna, Head of Account Management da própria Appsflyer, para falaram sobre métricas, growth, aquisição de usuários e tendências. Um muito obrigado a galera porque além do conteúdo de primeira, tinha bastante pizza e cerveja \o/

Só fera!
  • Custo de Aquisição: Adquira o tipo certo de usuário, e não se importe em pagar mais por usuários que façam sentido!
  • Retenção não é uma formula mágica: O que é retenção para seu produto? O que você espera do seu usuário? Mercados diferentes, retenção diferente.
  • Simplicidade: deixa as coisas o mais simples possível, mobile é micro-interação.
  • Monetização: Sim, receita é importante. Mas não adianta fazer qualquer coisa para conseguir uns cliques e visualizações e não se esqueça de analisar o quanto isso irá impactar a experiência do seu usuário (você só fica procurando o 'x' dos popups que não param de aparecer naqueles streaming de series free porque você precisa saber o que vai acontecer no novo episódio antes que os spoilers tomem conta da internet, mas você acha isso uma merda!)
  • Segmentação e análises: Analise o comportamento de seus power users e como eles podem te ajudar a entender como impactar outros usuários.
  • Updates e Testes: Tanto na Vivino, quanto no Calm, os testes são feitos primeiramente em Android. "Release quickly, learn fast!"
  • Contexto! Na Vivino, normalmente quando o usuário baixa o app, ele não tem um vinho para escanear. Baseado na geolocalização, ele identica na região onde o usuário está usando, o pico de scan de vinhos e envia push nesses horários.
  • Contexto! [2] No Calm, o processo de onboarding é continuo, o 'Continuous Onboarding'. "Não adianta mostrar todas funcionalidades logo no princípio, até porque seu usuário não lembrará".

#bonus2: o evento foi gravado, então é só dar o play ;)

E aqui termina mais um drops do mineiro em San Francisco. Em breve tem mais!

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Arthur Castro

Founder @ProductArena. Previously led products for millions of users at tembici, Yellow, InstaCarro, Youse, Movile, Dafiti, Turner and Meitu