Meu sonho

Bruno Oliveira
2 min readFeb 15, 2019

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Meu sonho,
sempre foi claro, como os montes
sempre foi branco, como as cabras
sempre foi…

Meu sonho,
era um uai, no meio da selva de pedra
era um hermano ao vento, que entrou na vanguarda
era, mas talvez ainda seja

Meu sonho,
foram os passeios no parque
foram as noites de vinhos e violão
foram os sons de Belchior e Modern Jesus

Meu sonho,
ascendeu em Câncer
foi proclamado por profetas, ao Extremo
passou por Adrianas, Bárbaras e Renatas

Meu sonho,
conheceu o silêncio da indiferença
conheceu a introspecção, a dor
mas também os ombros

Meu sonho,
demorou para servir, ouvir
demorou pra ser um pequeno príncipe
mas agora é… ou tenta ser

Meu sonho, se ressignificou
cresceu, para abraçar o mundo
cresceu, para conhecer política e artes
cresceu, e ficou maduro (para quase tudo)

Meu sonho,
pode ser uma menina Maria
pode ser uma aula, almoço de domingo
pode ser tudo! Maldito otimismo

Meu sonho,
costuma decepcionar as pessoas
costuma encantar outras tantas
e não é nada além disso

Meu sonho, (também é nosso)
também é o sapo, que chora no cerrado
também é a lontra, com bom coração
também é o urso! Mas esse deixa pra lá (deve estar com enxaqueca)

Meu sonho volta (ou Mendes)
quanta saudade bate neste poema,
esta saudade que só pode ser uma:
crônica!

Uma homenagem ao meu “bro” Lucas Mendes Voltarelli (que também é o ‘Eu Lírico’ do poema)

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Bruno Oliveira

Auditor, escritor, leitor e flanador. Mestrando em TI, tropecei na bolsa de valores. Acredito nas estrelas, não nos astros. Resenho pessoas e o tempo presente.