Inoxidável

Bruno Oliveira
1 min readFeb 15, 2019

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Era uma vez,
um coração, de um menino
com tons de embriaguez
com sede de quinino

Era um coração muito bom,
comovia as pessoas
bebia vinhos e Bourbon
comia saladas e quinoas

Gostava do transcendental
e dos mistérios do mundo
sempre alto-astral
jamais furibundo

Era inoxidável,
gostava de Soro, quando acaba
conheceu Santiago e Israel
mas gosta de vestir açoiaba

Gostava de Marx,
mas era capitalista e andarilho
aos inimigos de bolso, Antrax
aos irmãos de casa, Tempranillo

Meu ouvido não gostava,
sentíamos sua presença ao longe
odiava-o quando cantava
jamais poderia ser um monge

Ouvia Nascimento, não Djavan
adorava Elis, preferia Belchior
de Odair José era fã
das pocs, achava Pabllo melhor

Tenho que lhe agradecer
por me entender e cooperar
sempre que a minha cabeça arder
você vai estar lá para ajudar

Pois agora vá para Cuba
lá não piso, não volte mais
mas posso te visitar em Aruba
em busca de sua alegria e paz

Frequentemente carlava
fazia dupla com o Tiseo
a Rachel, amava
mas no fundo era todo meu

Uma homenagem ao meu grande parceiro, mais cirandeiro, Carlos Eduardo Tiseo - cuja alegria sempre me inspira

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Bruno Oliveira

Auditor, escritor, leitor e flanador. Mestrando em TI, tropecei na bolsa de valores. Acredito nas estrelas, não nos astros. Resenho pessoas e o tempo presente.