Medo

Bruno Oliveira
1 min readMar 1, 2020

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Não posso mais olhar no fundo
não consigo mais encarar as pessoas
sinto a covardia do arbítrio
não desista de mim, sou de carne

Tenho medo,
de vagar sem rumo, perder as rédeas
de entrar em colisão [comigo mesmo]
tenho medo de ter medo

Minha alma queima diante de poucas palavras
meu amor exige um pouco do futuro
mas minhas relações são pouco mais que instantes
tenho medo, a ponto de não poder mais andar

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Bruno Oliveira

Auditor, escritor, leitor e flanador. Mestrando em TI, tropecei na bolsa de valores. Acredito nas estrelas, não nos astros. Resenho pessoas e o tempo presente.