Case:
Batalha dos livros, Valentina Edition
Fazer conteúdo na internet é sempre um desafio. Em meio a tantas possibilidades e distrações, conseguir a atenção do usuário não é fácil. Você pode comprar visualização, fazer sua propaganda estar em todos os sites e em destaque no feed das redes sociais, mas engajamento é um pouco mais complexo para conseguir. Então eu criei a Batalha dos Livros, uma ação que aconteceu no Instagram da Editora Valentina em maio de 2018 e teve um resultado acima do esperado. Uma competição saudável entre os diversos títulos da editora, que acabou por divulgar os livros em lugares inesperados.
Essa ação foi totalmente orgânica, sem gasto em mídia. Tudo foi produzido com material já existente no escritório e usando recursos gratuitos do Instagram e do Google Docs.
A dinâmica
As votações que definiam o vencedor de cada batalha aconteceram através de enquetes — recurso disponível no Stories do Instagram. 24 horas de votação. Como são 4 etapas, toda a Batalha aconteceu no decorrer de 1 semana.
De segunda para terça — oitavas de final
De terça para quarta — quartas de final
De quarta para quinta — semifinal
De quinta para sexta — final (e já na sexta temos o livro ganhador)
Na sexta-feira anterior liberei a tabela para download (e impressão, caso alguém desejasse) explicando como funcionaria a Batalha dos Livros Valentina Edition, assim as pessoas que já acompanhavam e conheciam os livros poderiam analisar e escolher quem é o seu grande vencedor.
De segunda para terça, nas primeiras 24 horas de votação, antes do final das oitavas de final, foi liberado um formulário (do Google Docs) para os leitores fazerem suas apostas. Todos que acertaram o grande ganhador, levaram um kit de marcadores da Editora Valentina.
Deixando claro: o leitor tinha que apostar na segunda quem ganharia na sexta e não poderia mudar no meio do caminho.
Resultados
740 pessoas fizeram a inscrição de aposta na segunda-feira.
Na 1ª fase (Oitavas), a média de contas votantes nas enquetes ficou próxima de 1200. Lembrando que, nessa fase, eram 8 enquetes.
Na 2ª fase (quartas), essa média já subiu 35% em relação a anterior.
Na 3ª fase (semifinal) a participação de contas votantes foi um pouco menor que na 2ª, porém ainda 20% superior a 1ª fase.
Isso pode ser explicado quando analisamos que os livros que passaram para a final, foram com mais de 60% dos votos, dando uma boa margem aos ganhadores e não gerando a necessidade de campanhas com os amigos para o seu livro escolhido.
Já a final foi surpreendente, gerando um aumento de 166% de contas votantes em relação a 1ª fase.
Houveram leitores que viraram a noite pedindo para todo mundo que elas conhecem entrar no perfil e votar no seu escolhido. Teve foto de gente que escreveu no quadro da escola pedindo para os colegas de turma votarem no livro escolhido.
A disputa foi muito acirrada, o campeão levando com apenas 51% dos votos. Foram mais de 3k votos.
Algumas curiosidades:
Praticamente todos os livros da Batalha tiveram apostadores, o que mostra que não há unanimidade em relação ao que as pessoas pensam ser o mais popular. Porém vemos uma preferência grande por 2 títulos específicos.
O livro que ganhou foi o com mais gente apostando e o 2º lugar foi o 2º com mais apostas. O que faz sentido pois são mais pessoas fazendo campanha por aquele título.
Importante lembrar que as pessoas apostaram no título que elas acreditavam que iria ganhar, que fosse o mais popular da editora. Não necessariamente elas já tinham lido ou sequer gostavam da história, mas as pessoas que mais fizeram campanha, eram apaixonadas pelo livro em questão.
Tivemos participantes de todo o Brasil, inclusive de cidades que nem sabia que existia — no formulário o participante fazia a aposta e já deixava seu endereço.
Quanto ao perfil da editora, tivemos um aumento significativo no número de seguidores, mostrado no gráfico abaixo:
Capilaridade e o depois:
Após a semana da Batalha dos Livros, aconteceu um segundo momento da ação. Lembra que quem apostou certo ganhou 1 kit de marcadores da editora? Então, foram quase 300 pessoas que receberam marcadores. Muitas em cidades que não tem livraria, o 1º mimo que recebeu de uma marca, a primeira carta que recebeu na vida— o que gera um carinho muito grande para com a marca. E como é costume com esse público conectado, muitos mostraram nas suas redes sociais, fazendo “unboxing”, tirando foto, falando em grupos de Facebook e WhatsApp e possivelmente até pessoalmente para os seus amigos, o que gera uma grande capilaridade para a ação. Além disso, os marcadores enviados eram sortidos, de vários títulos diferentes da editora.
O leitor recebe marcadores de livros que não conhece.
Gosta da arte-título e pensa “parece interessante.”
Vai buscar nas redes sobre o que se trata.
Pensa “parece MUITO interessante”.
Coloca na lista de desejados.
Compra.
