A exposição Quadrinhos, realizada no MIS (Museu da Imagem e do Som) com curadoria de Ivan Freitas da Costa, é uma verdadeira aula de como o gênero se espalhou pelo Brasil e pelo mundo, saindo do status de arte marginal para conquistar o título de 9ª arte.
A jornada inicia com aquela que é considerada a primeira forma de representar a realidade através da arte sequencial: desenhos feitos nas paredes de cavernas pré-históricas. Assim, adentramos o museu como se estivéssemos nos aprofundando dentro de uma caverna, encontrando no caminho personagens conhecidos da nona arte, como Piteco e os Flintstones.
Você olha para um lado e se dá de cara com Stan Lee comprando quadrinhos de um artista independente. Olha para outro e percebe Dick Vigarista na fila para pegar um autógrafo. Como se isso não bastasse, atrás de você está rolando uma luta do Capitão América contra dois zumbis. Bem-vindo à CCXP 2018!
A Comic Con Experience é um evento que reúne milhares de interessados em cultura geek, o que inclui quadrinhos, action figures e estátuas, vídeo-games, filmes e séries de TV. No enorme galpão da São Paulo Expo, diversos cosplayers passeiam por entre os presentes, dividindo atenção com as atrações preparadas especialmente para o evento. …
Era uma sexta-feira 13. Pelas salas do Museu da Imagem e do Som, vários pássaros empoleiravam-se pelos cantos e alguns gritos desesperados podiam ser ouvidos pelos corredores. Aproveitando a data maldita, o MIS estreou a mostra “Hitchcock — Bastidores do suspense”, que faz uma retrospectiva da carreira de um dos grandes gênios do suspense.
Alfred Hitchcock tornou-se um dos principais cineastas da Inglaterra, criando um estilo muito próprio onde estética e técnica tinham papel importante. …
Na sexta-feira, dia 20 de julho, acontece a 30ª edição do Eisner Awards, a maior premiação do universo das histórias em quadrinhos.
Dentre os concorrentes ao Eisner 2018, está o paulista Marcelo D’Salete. Sua graphic novel “Cumbe” foi indicada na categoria de Melhor Edição Americana de Publicação Estrangeira. Lançada originalmente em 2014 pela editora Veneta aqui no Brasil, a revista foi publicada recentemente nos EUA pela Fantagraphics Books com o título “Run for It: Stories of Slaves Who Fought for Their Freedom”.
Conhecida principalmente pela sua contribuição musical ao mundo, a Jamaica é um país que carrega uma história de resistência.
A ilha sofreu nas mãos dos colonizadores, tornando-se plataforma para o tráfico de povos escravizados. Primeiro foram os espanhóis que reivindicaram posse da terra, depois foi a vez dos ingleses explorarem as lavouras de cana-de-açúcar aportando na ilha com vários africanos capturados para trabalhar para eles.
Da luta contra a escravidão, surgiu o cerne da cultura jamaicana: um eterno canto em busca de liberdade.
Foi-se o tempo em que tocar nas obras era algo inaceitável. A arte contemporânea abraçou com veemência o interativo. Talvez seja o reflexo de uma sociedade cada vez mais conectada, sempre atrelada a interações manuais com seus dispositivos de comunicação e mídia. Mas alguns artistas levam essa conexão a um novo patamar. Eles convidam o observador a entrar e fazer parte da obra, tornando ele um elemento da composição.
Recentemente, a Japan House recebeu a exposição “Oscar Oiwa no Paraíso — Desenhando o Efêmero”. Nela, além de uma seleção de quadros do artista plástico, o visitante encontra a instalação “Paraíso”, criada especialmente para o espaço. Nas paredes internas de um balão inflável de vinil, Oiwa desenhou uma paisagem onírica em 360 graus por onde as pessoas podem passear livremente. …
A ideia partiu do fotógrafo norte-americano Sandro Miller, amigo de longa data do ator. Miller pensou em organizar uma mostra para celebrar os criadores das imagens icônicas que impactaram a sua carreira. Para isso, resolveu recriar algumas dessas fotografias, utilizando como modelo ninguém menos do que John Malkovich.
Para o ator, o convite foi irresistível. “Eu sinto como se eu fosse uma tela em branco, esperando que pintem uma personalidade em mim”, declara Malkovich no vídeo da exposição. Sendo assim, o artista foi transformado em John Lennon, Alfred Hitchcock e Salvador Dalí, entre outras celebridades.
No dia 3 de junho, aconteceu a 22ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Para mim, um gaúcho recém chegado na cidade, foi a primeira experiência nessa que é considerada uma das maiores do mundo. Mesmo ciente de sua grandiosidade, eu não estava preparado para o que presenciei.
Enxergar a enorme Avenida Paulista tomada por cerca de 3 milhões de pessoas é emocionante. Não há melhor maneira de enxergar e entender a diversidade do que num evento com essas proporções. Nas ruas, vemos as mais variadas identidades de gênero e sexualidade expressando seu direito de existir e de amar. O clima é de protesto e de festa. Celebridades como Anitta e Pablo Vittar ajudam a tornar o evento ainda mais chamativo para a grande mídia. …
Sempre que tem uma exposição pronta, a artista sente-se totalmente despreparada. De seu mundo de tintas e cores, ela aterrissa em um território cinzento e alienígena. Mas o que ela pode fazer? Ela pinta um sorriso na cara e vai.
Fechar com uma galeria é sempre estranho, pois ela se sente cafetina e puta em um só coração. Alguns pedem que ela explique o trabalho, mas ela é artista e não tradutora. Ela não quer dizer nada com os seus quadros, ela quer que você o diga.
Durante a organização do evento, o que mais ocorre é desorganização. Ela rói as unhas, sofre por antecipação, quer que tudo dê certo — mas nada tudo certo dá. …
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