O que torna o design tão dinâmico e mutável?
No último dia do Interaction Latin America de Medellín (leia também os relatos dos dias 01 e 02 do evento) o foco foi o aspecto de constante mutação e adaptação que caracteriza o Design de Interação. Já parou para pensar que outros campos do conhecimento são (e precisam ser!) bem mais estáticos do que nossa área? Por que isso acontece?
José Coronado, que mediou dois painéis sobre mercado de trabalho em UX nos dias anteriores da conferência, começou os trabalhos com uma apresentação focada no futuro da prática do Design nos âmbitos pessoal, coletivo (times) e de impacto de negócios. …
Quais os caminhos futuros para a prática do Design que já se fazem presentes hoje?
Ainda na linha do relato sem muito tempo para reflexão e análise, sigo com minhas impressões sobre o segundo dia do ILA Medellín 2019. (Aliás, complementei o artigo sobre o dia 01 com breves resumos das principais apresentações que assisti — se ainda não leu, corre lá depois… e leia também o relato do dia 03, pra fechar esta série…).
No seu segundo dia o Interaction Latin America seguiu provocativo, trazendo diversos keynotes que buscaram tirar os profissionais de sua zona de conforto ao questionar alguns "dogmas" atuais do mercado de Design. …
Qual ainda pode ser a contribuição do bom e velho Design de Interação no contexto atual de contínua especialização, profissionalização, amadurecimento e valorização deste mercado?
Numa leitura bastante pessoal (e "à quente!"), este foi o principal questionamento proposto no dia 01 do ILA – Interaction Latin America – a principal conferência de Experiência do Usuário da região, realizada há 10 anos pela IxDA, desta vez em Medellín, Colômbia (primeira edição acima da linha do Equador). Veja também meus relatos sobre os dias 02 e 03 do evento.
Aliás, incrível pensar que nos dias de hoje, cada vez mais impessoais e menos altruístas, ainda seja possível acontecer um evento como este, "da comunidade e para a comunidade", totalmente baseado no voluntariado de profissionais do Design que doam parte de seus esforços e tempo apenas para a troca de experiências, estreitamento de amizades e evolução da disciplina/comunidade. …
Se até mesmo os designers estão preocupados em definir fronteiras e limites, quem vai estabelecer intersecções e pontes, compartilhando responsabilidades e resultados?
Entre os dias 26 e 27 de julho, aconteceu no Pavilhão da Bienal de São Paulo a segunda edição da Design & Experience, evento organizado pela Mergo User Experience com o apoio da comunidade de designers.
Na linha da crescente interatividade em encontros de profissionais da área, o evento aposta num formato interessante que combina os conhecidos keynotes de especialistas com espaços abertos para trocas entre participantes.
Embora o resultado nem sempre seja homogêneo e, em alguns momentos, até peque pela superficialidade, é importante reconhecer o empenho de construção exatamente das mencionadas pontes sem uma mediação ostensiva, reforçando a responsabilidade de cada um pela experiência coletiva final, através de círculos crescentes de inclusão e não de exclusão. …
Crescimento do papel estratégico do Design, ROI de UX, Jobs to Be Done, Personalidade de produtos e… O que vem depois do Design Thinking?
Tentar resumir o primeiro dia do Interaction South America 2017, que teve início neste dia 09 em Florianópolis/SC, é por si só uma tarefa praticamente impossível. O que dizer, então, de um breve resumo no "calor dos acontecimentos"?
Sim, porque os números impressionam: mais de 1.500 participantes de todos as regiões do Brasil e também do exterior (encontrei argentinos, chilenos, americanos, irlandeses…), três dias de muito conteúdo, quatro grandes “ilhas de conhecimento” com discussões sobre Humanas, Tecnologia, Comunicação e Negócios distribuídos por 8 palcos simultâneos! …
Todo brasileiro gosta de carnaval, futebol e samba, certo? Pois é, este é o problema dos pré-conceitos: olhando de perto, todo mundo é diferente.
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É uma boa prática ter muito cuidado com generalizações. Afinal, a realidade é dinâmica demais para encaixar-se totalmente em categorias e processos.Tratam-se de meras simplificações que nos ajudam a dar conta de ao menos uma parcela do dinamismo e complexidade da realidade, são um retrato momentâneo de circunstâncias específicas, racionalizações que facilitam as questões do dia a dia.
Ou seja, as metodologias deveriam ser encaradas como conjuntos de princípios que orientam o pensamento para que se alcance conclusões reproduzíveis e verificáveis, isto é, com um mínimo de rigor científico. Assim, não existem soluções metodológicas definitivas, visto que a realidade está em constante transformação e, com ela, mudam as bases que alicercem os métodos. …
O consumidor é uma importante fonte de informação para que sua empresa permaneça relevante em tempos em que o grande valor está na experiência que se oferece
(Texto introdutório originalmente publicado em http://blog.ciandt.com/pt/descubra-no-consumidor-um-parceiro)
Hoje, para qualquer empresa manter-se competitiva no mercado, ela precisa estar voltada para os seus clientes e concentrar esforços para oferecer a eles experiências de alto valor. No entanto, para conquistar isso é necessário ter um entendimento profundo a respeito de quem é esse consumidor. …
Um dia de boas provocações
O dia 2 do UX Conf BR 2017 (já leu o relato do primeiro dia?) começou sonolento mas depois engrenou e trouxe ótimos questionamentos, daqueles que consomem algum tempo para digerir, mas para não deixar ninguém na mão, arrisco compartilhar aqui minhas primeiras impressões.
Assim como no dia anterior, os grandes temas deste segundo dia foram estratégias de produto e diversidade, mas a proporção se inverteu, com as questões de estratégia de produto assumindo um papel mais marginal enquanto os protagonistas do dia foram os temas ligados à diversidade, mais especificamente, à necessidade de questionar os próprios pressupostos e buscar perceber a realidade com um outro olhar – transformando as relações entre as pessoas. …
… e começa a maratona!
Sem muito filtro, estas são minhas primeiras reflexões sobre o dia 01 da terceira edição do UX Conf BR, um dos maiores eventos nacionais sobre Experiência do Usuário que acontece nos dias 19 e 20 de maio em Porto Alegre. (Não deixe de ler o relato do segundo dia também)
Não estive nas edições anteriores, mas certamente o evento impressiona pela escala e pela organização (parabéns Pedro, Tiago, Rafael, Daniel e demais envolvidos). Claro que há espaço para melhorias (wifi e melhor design (!!!) …
E quando o profissional de UX dá bola fora?
Que atire a primeira pedra quem nunca errou no trabalho!
Sim, o designer projeta para humanos mas será que ele também se reconhece como humano? Ou seja, se errar é parte da condição humana, como o designer lida com o SEU próprio erro?
Obviamente é inevitável: por mais acertos que se tenha a felicidade de realizar, a possibilidade do erro é inerente—o outro lado natural da moeda. Mas o designer é capaz de reconhecer isso com naturalidade? Seja a ignorância num determinado assunto, um entendimento errado, uma falha de comunicação, uma pressa (ou até mesmo a falta dela) que prejudique um projeto em andamento, ou até mesmo uma simples escolha ruim que custa dinheiro e horas de desenvolvimento até que seja revertida… os erros estão por aí, distribuídos pelo cotidiano dos profissionais. …
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