Michelle Raiol
3 min readFeb 20, 2016

O RETRATO DA MINHA FELICIDADE

Hoje eu havia tirado um dia livre, tenho trabalhado desde o final do ano passado sem parar. Natal, ano novo, carnaval, sábado, domingo.
Alguns dias acordo 11:00 hr da manhã, outros dias vou dormir as 2:30 e acordo as 5:00 hr da madruga. É o que costumamos fazer quando trabalhamos no que gostamos, quando trabalhamos na hora em que queremos. O lance é que trabalhamos quase sempre, pois não percebemos que estamos trabalhando.

Eu trabalho em casa, tenho um escritório. Mas na maior parte do tempo, trabalho no sofá da sala, na mesa da cozinha e até na minha cama.

Mas hoje, no meu dia livre, passei o dia editando os vídeos de um treinamento para pessoas que querem abrir seu próprio negócio, que eu e a Josi Duarteestamos gravando.

De vez em quando acesso o facebook para falar com ela que é minha sócia, pois ela mora no Rio Grande do Sul e eu no interior do Paraná e precisamos estar diariamente nos comunicando. Na maior parte do tempo usamos o chat do fb, acabo vendo algumas postagens que surgem na minha TL.

Em diversas postagens vejo imagens de todo o tipo, que representam tanto descontentamento, quanto realização.

As vezes me deparo com imagens que representam realização pessoal e profissional de algumas pessoas, aquilo que chamamos de sucesso, fico feliz por estas pessoas.

Estes dias durante a gravação do treinamento, fui questionada sobre o que era qualidade para mim. Respondi que qualidade de vida para mim é a vida que eu tenho hoje. Também fui perguntada há alguns meses, que história eu gostaria de contar da qual eu me orgulharia quando eu for bem velhinha.
Eu respondi que a história que eu quero contar daqui à alguns anos, é a história que eu conto hoje.

Felicidade, sucesso, realização profissional e pessoal, qualidade de vida para cada pessoa é diferente. Hoje tenho cada vez mais certeza disso! Não só pelo que ouço de clientes que atendo, como de colegas da mesma profissão, como de parentes e conhecidos e pela minha própria história.

No fim da tarde, no meio da edição de um vídeo de quase 2 horas de gravação, começou a chover muito forte, a internet desconectou, deu várias quedas de energia.

Fui até área externa da minha casa, tem uma parte zen onde tem vários sinos de vento pendurados… Puxei uma cadeira para sentar, peguei meu cachorro (que se chama Zen, rs) no colo e fiquei contemplando a impetuosidade com que a chuva caía.

Logo o Gedi, meu esposo, chegou e sentou-se ao meu lado. Não satisfeita, sentei-me no seu colo e ainda com o Zen no colo, fiquei como uma menininha encolhida. Os respingos da chuva forte caíam sobre a gente, o que causava uma sensação térmica de frio e arrepio na gente.

O Zen que não é nada quieto, estava quase imóvel no aconchego do nosso colo. Quiçá os estrondos dos fortes trovões o deixava pianinho, rs.

Naquele nosso silêncio e contemplação, eu sentia que éramos todos um.
O Gedi, eu, o Zen, a chuva, os trovões, os relâmpagos, o som da chuva que caía no no telhado, da água que saía da calha e se colidia com o chão, dos diferentes sons de vidro e de metal, que saíam dos sinos de vento.

O céu que ia pouco a pouco escurecendo porque o dia estava se despedindo e a noite começara a dar o ar da graça.

Não, não pude bater uma foto para postar no facebook e compartilhar esta imagem com você. Estava tão conectada, queria aproveitar cada segundo. Chegava até a fechar os olhos para focar só nessa sensação de felicidade e paz.

Eu tb estava descabelada, rs. Não estava vestida adequadamente para uma foto de uma coach e empreendedora de sucesso. Nada que fosse causar impacto e inspirar pessoas, rs.

Mas deixo registradas as minhas palavras, que elas consigam imprimir o que eu quero dizer com sucesso, qualidade de vida e realização pessoal e existencial. São momentos, minha gente, o valor que damos a estes momentos é o que importa, e como olhamos para eles. Cada um que olhe para os seus e os valorize como lhe aprouver e segundo sua essência ou nível consciencial.

Não queira ser a vitrine dos outros.
Seja o seu bastidor o seu paraíso e a sua própria vitrine.