Conformismo social - Solomon Asch (1940)

O esquema abaixo sintetiza o processo de distorção de percepção/ação gerados no indivíduo por um grupo. A necessidade de aceitação e pertencimento são a engrenagem mãe para esse processo.

A questão que guiou parte das pesquisas do psicólogo Solomon Asch, foi: " Como líderes conseguem influenciar jovens a irem a guerra por ideias, sendo provável que morressem?"
Ele rapidamente percebeu que a explicação estava no grupo e não apenas na liderança. O grupo motivava, acolhia, oprimia o diferente e o condenava a exclusão. E para o indivíduo, estar no grupo era confortável e acolhedor.

Curiosamente, esse estudo se intensificou após as barbáries promovidas pela Segunda Guerra Mundial. A preocupação do psicólogo se dava em face aos demais colegas de pesquisa. Na ótica do especialista seus colegas profissionais, estavam ignorando, de certo modo, aspectos mais profundos do indivíduo que movimentava todas as ações coletivas, fossem elas benéficas a sociedade ou não.

Ao ter acesso a esse rápido olhar sobre a sociedade e sobre o lado mais íntimo do ser humano, é impossível não reestruturar o papel do "individual" na sociedade. Ou seja, o "meu eu" tem mais força em um contexto coletivo do que posso imaginar. Talvez, seja o momento de nos reconhecermos enquanto indivíduos portadores da própria ideia, crítica e desejo. Seja na política, na rede social, no transporte público ou no jantar de domingo com os entes queridos. É importante se posicionar de acordo com o que pensa/ acredita e gosta verdadeiramente. Ser verdadeiro consigo mesmo pode ser a tarefa mais difícil. A auto- aceitação é o antídoto da necesdidade constante em ser aceito pelo outro. E isso significa uma enorme liberdade. Pense nisso! CK

Base teórica: Asch, Solomon. Social Psychology. New York: Prentice-Hall, 1952.